sábado, 8 de agosto de 2009

Vai saber


Por mais que eu me esforce para não criar expectativas, eu simplesmente não consigo doutrinar minha imaginação. Não aprendi ainda a controlar meus medos, minhas mágoas, meu coração ferido. Mas por quê? Será que sou tão emocionalmente frágil e sonhadora a ponto de esquecer da realidade? Será que preciso deste mundo surreal que invento para me distrair? Para fugir dos dias monótonos que seriam sem a mágica dos momentos moldados por mim? Ah mas os primeiros momentos são inesquecíveis. Os primeiros olhares, os primeiros beijos, as primeiras palavras, os primeiros convites. É tudo tão espetacular. Eu deveria ser menos romântica. Afinal, isso parece ter ficado mumificado nos livros do século retrasado.

O tempo tem me tornado mais flexível. Ultimamente, tenha me apegado relativamente fácil às pessoas. Eu que tive sempre uma casca de rocha. Uma ostra. Estou começando a cogitar a ´hipótese de haver uma pérola 'inside'.
Será uma fase de carência ou será que mudei realmente? Será que estou vendo o lado bom das pessoas mais do que antes? Será que posso considerar isso uma evolução da minha parte? Será que agora consigo ver a beleza das pessoas com mais facilidade? Então deixei meu egoísmo e meu lado mesquinha para trás? Eu que me considerava inatingível, independente, despreendida. Me afligia qualquer tipo de apego maior. Temo que seria medo todos aquele tempo que fugia dos outros, eu estava era fugindo de mim. Era impossível conciliar liberdade e compromisso. E agora? Não tenho a mínima idéia do que eu penso. Talvez eu esteja valorizando mais qualquer tipo de momento que eu possa ter. Qualquer tipo de relação e sentimento. E isso é maravilhoso. Lidar com a vida como ela é: curta. Não há tempo a perder nem emoções a nao serem sentidas, ainda mais por medo. Pessoas a não serem conhecidas. Segundos inesquecíveis desperdiçados. Não! Nunca mais. Posso quebrar meu coração em mil pedaços milhões de vezes, mas pelo menos eu vivi intensamente. Surrealmente ou não.

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