quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O que seria a pior coisa?







Andei pensando, acho que a pior coisa numa relação, seja ela qual for, é tu não poderes ser quem tu realmente és. É ter que disfarçar. O que seria mais importante em um companheiro, seja amigo ou amante? Seria ele te entender, te compreender, se interessar pelas coisas que tu pensas. É preciso sintonia. A cumplicidade ajuda a manter os interesses de mãos dadas. É preciso sentimento, sim, mas em que ponto será que ele se torna intenso? Não é quando o outro parece adivinhar o que tu pensas? Ou então, achar as respostas perfeitas? Ah, eu estou concluindo que não entendo nada disso. Tudo são perguntas sem resposta, parecem me confundir mais ainda. Acho que o ideal é ser fútil mesmo. Vai ver um amigo meu tem razão, perguntar demais é querer saber demais, é a maior futilidade de todas, porque não se chega a nenhum lugar. Mas quem disse que eu consigo ser assim? E com certeza, os admiradores que conquisto por ser eu mesma valem mais do que qualquer coisa, enchem minha vida de significado e afeto.



Não precisamos de pessoas que não conseguimos ser quem eles gostariam que fossemos. Não podemos nos adaptar a ponto de mudar nossas atitudes e pensamentos. Sabem aquela frase da Ana "E não mudo me postura só pra te agradar"? Pois é. Va ver é assim mesmo que as coisas devam acontecer. Sendo eu mesma, aqueles que apreciarem, me compreenderem e me admirarem vão estar lidando realmente com a Liana. E é somente e completamente ela que eles vão amar.



A verdade é que existem muitas facetas, até mesmo escondidas em nós, e devido a isso, somos capazes de nos apaixonarmos inúmeras vezes. Temos tantos "eus" quanto são os indivíduos com quem nos relacionamos. Desejamos, talvez, encontrar aquele que descubra o nosso melhor lado, o que provocará uma sensação maravilhosa de querer estar sempre na companhia da pessoa. O certo então seria não sermos nós inteiramente visto que temos mais de um eu? Ou sermos todos em um só?



Suspeito ter concluido algo depois de tantos questionamentos. O importante é que o "eu" que uma pessoa despertar em nós seja suficientemente forte e intenso para que se torne verdadeiro, profundo. Seja um eu sustentável. E cada um sabe de si. Uma pessoa que for muito animada, deve encontrar alguém que goste de ouvir suas piadas e ria, não a julgando ou a achando ridícula. Uma pessoa que gostar de filosofar, precisa de alguém que a escute, a entenda e quem sabe, se não for pedir demais, acrescente. Uma pessoa que goste de viajar, precisa de alguém que a acompanhe. Uma pessoa que gosta muito de filmes, precisa de alguém que sente-se do lado. Mas que fique bem claro, que estes costumes humanos são muito menos importantes que os morais, intelectuais, sentimentais. Portanto, uma pessoa muito sensível não pode conviver com alguém ríspido. Só se ela mudar de atitude, e aí voltamos pro começo da conversa, onde eu dizia que mudar é errado. Mais do que errado, faz mal, é ilusório, hípócrita já que mudar é realmente muito difícil. Tem certas coisas que estão profundamente consolidadas em nós, podemos aprimorar, refinar, mas tranformar, me ensine quando conseguir.



Devemos nos sentir confortáveis ao máximo, assim seremos quem bem entendermos ser, com sinceridade e transparência. Agrade-se quem se agradar. Os interesses não correspondem a todos, e ainda bem que não. Já pensaram se todos fossemos iguais? Somos feitos de diferenças e semelhanças. O importante, enfim, é a singularidade das diversas e infinitas sintonias...

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