segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Eu finjo ter paciência


Eu sei porque os homens têm medo de mim. Não é porque eles me acham inteligente, interessante ou indecifrável. É porque de alguma forma eles enxergam que eu procuro sempre mais. Não me contento com pouco. Eu procuro o amor verdadeiro!!! Não me contento com mãos dadas sem sentimentos. Não gosto do vazio, do espaço não preenchido entre abraços. Vou me distraindo, me perdendo em breves intervalos de tempo. Mas sei que vou me achar em alguém. E se não acho ali, vou para outra. Não deixo me abater por pouco, sou do tipo "tough guy". Não deixo de acreditar que vou encontrar em algum lugar. Insisto, persisto e levo a esperança comigo. Tudo comigo funciona de forma tão intensa que às vezes esgota. Por isso durmo, rezo, medito. Me dizem, "Liana, leve as coisas mais leve, seja mais light". E como ser assim? Se eu não gosto, eu evito. Se eu me interesso, procuro. Posso ser tão pateticamente previsível. E meu rosto marcado pelos tapas que levei da vida, e todas as peças que ela me pregou, eu simplesmente não consigo parar. Não sei não ser radical. Tudo ou nada. É pegar ou largar.

Por isso tenho longos períodos de isolamento. Porque canso. E depois renasço. Esquecendo do que passou. Me sentindo indiferente. Deixei para trás as mágoas. Não trago rancores. Sou leve. Pronta para recomeçar, tudo outra vez e quantas vezes for necessário. Eu quero o melhor. Não me permito menos. Me desiludo, me firo, me destruo. Mas nada que seja eterno. Nada que não se vá. E o segredo disso? Continuo acreditando. Não estava ali, naquele quarto, naquele carro, naquela tarde, naquela festa. Simplesmente, não estava. E eu estou! Aqui, esperando o tempo correr depressa, será que temos esse tempo para perder?

Estou pronta para apostar de novo. Ainda tenho um monte de fichas. Até o último batimento de meu coração.


Um toque de Lenine..

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
E quando o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso
Faço hora
Vou na valsa..
A vida é tão rara


Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

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