sábado, 9 de junho de 2012

Igual a Qualquer Um


Melhor que eu não te conte novidades,
Nem diga nada muito diferente,
Nem faça teorias sobre a gente,
Nem fale dessa angústia que me invade.
Melhor juntar palavras já testadas:
Amor, Saudade, Beijo, Despedida.
Um saco de figuras repetidas,
Tão gastas que já não te digam nada.
Pois só o que for extremamente fácil,
banal como as canções do rádio,
Replay de algum clichê, lugar-comum
E nunca retratar a nossa vida,
Vai te deixar feliz e comovida
E te fazer igual a qualquer um.
(Leoni)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O que faz um sentimento não morrer? E o que faz ele morrer? Ou se transformar em outro sentimento? Às vezes mais fraco, as vezes mais forte? O que muda a ponto de mudar tanto? Todos os dias são recomeços para mim. Uma página em branco, uma página familiar, porém em branco. É assim que me sinto a cada novo amanhecer. Não sou a mesma que era no último. E o que pode me conquistar, me magoar, me surpreender, por vezes muda também. Ou já não é suficiente.
Quanto mais segura me sinto, mais reconheço do que preciso. E confesso precisar de coisas diferentes a cada dia que nasce. Mas a busca é minha, as respostas são minhas também. Ninguém pode me dar o que eu não tenho. Ninguem pode plantar algo que não esteja pronto para ser colhido daqui a um tempo. E eu só enxergo o que reconheço. Minhas vistas muitas vezes limitadas não veêm a forma do que se apresenta diante de mim. Mas não há dor perdida. Não há magoa irrecuperável. A vida sempre escolhe certo de alguma maneira. Essa energia maravilhosa que nos move, nos empurra para frente. Estamos interligados de maneira que nem imaginamos. Nunca estamos sozinhos. E isso me faz sentir algo próximo de certeza. A certeza de que no fim, tudo dá certo.