terça-feira, 31 de maio de 2011

Presentes - o pior do mundo

Fazíamos a lista dos piores presentes que já ganhamos e demorei algum tempo até que pudesse lembrar qual o pior presente que já ganhei de um ex-namorado, pois decidimos deixar de fora os presentes dados pelos familiares e pelas amigas. O pior ganhou o prêmio pois o rapaz passou a ser ex mesmo antes de me namorar, por conta do presente e da tonelada de descaso que transbordava a caixa vermelha recheada de bombons. Teria namorado aquele homem, não fosse o presente que ele me deu nessa infeliz vez. Àquela época, já havia decidido ceder aos insistentes pedidos, quando certo dia chego em casa e vejo em cima da mesa a caixa vermelha e sou informada que ela estava ali à minha espera. Medo, só fui gostar de surpresas depois de velha, naqueles tempos não era adepta das embalagens aleatórias chegando em casa (medo que se acentuou depois do incidente de oncinha, mas é caso para outra história). Tenho horror de quem escolhe presente no chute. Mulheres e homens são igualmente insuportáveis quando querem presentear mas não gastam um neurônio ou dez minutos pensando ou pesquisando algo que o presenteado poderia gostar. Tenho horror desses presentes que transbordam impessoalidade e descaso. Tenho horror que me deem livros - a não ser que saibam exatamente o que estão me dando.

O homem - que agora, relembrando a história, já sinto vontade de chamar de criatura -, me deu um livro. Dentro da embalagem, uma carta muito bonita e que está guardada até hoje na parte que me restou no guarda-roupas na casa da minha mãe. Junto com o livro e a carta, bombons. Logo para mim, que amo doces, ele conseguiu escolher o único bombom que não consigo suportar nem o cheiro. Ainda havia esperança no livro, esperança não só na intenção dele mas esperança de manter o que já tinha decidido. No livro, igualmente frustradas as expectativas. O presente não só era semelhante ao que tinha lhe dado no aniversário, com a sutil diferença que me prestei a saber os livros que ele gostaria de ler e quais os doces gostava de comer, mas transbordava o descaso que abomino tanto. Quando li a primeira página, pude imaginá-lo com pressa, comprando os primeiros bombons e arrancando da prateleira o best-seller que estava mais à mão. Até hoje ele não sabe que se tornou ex muito antes de ser atual e que a culpa foi toda daquele presente; até hoje ele não sabe que eu cogitei que ele pudesse ser o atual.

Desisti da ideia, do namoro, do moço. Imaginava qual seria a minha sina de dias dos namorados, de Natais e aniversários, me imaginava amontoando best-sellers e sacos de doces insuportáveis. Imaginava que, com tamanha desatenção, o próximo presente só poderia ser uma caixa de quindins. 
Impossível namorar quem te dá livro de auto-ajuda com bombons Amor Carioca.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cartas (e caixas) de amor

Guardo todas as cartas de amor num mesmo lugar. Percorro caixas, gavetas e classificadores em busca de mais alguma que tenha ficado perdida dos meus constantes cuidados de guardá-las na caixa preta de bolinhas brancas. Guardo todas as cartas de amor como um grande catálogo, um índice remissivo da minha paixão. Há aquelas que eu nunca consigo armazenar na caixinha que fica à vista bem no meio da sala, são as que se arquivam diante da nossa pequena (?) biblioteca de amor. Colecionamos livros com dedicatórias apaixonadas, como um adiantamento da herança aos nossos filhos. Empilhamos volumes e mais volumes com versos e diversas cartas na primeira e última página, amontoamos bilhetes e letras sublinhadas nos parágrafos dos tantos primeiros capítulos.
Guardo todas as cartas de amor pois não quero me perder nem do amor nem das lembranças. Guardo todas as cartas para que um dia elas sejam  lidas e tocadas por pequenos olhos e dedos curiosos em saber a origem de um amor anterior à sua própria existência. Guardo todas as cartas de amor pois vez por outra recorro à caixa para me deliciar durante a tarde; para que ele nunca se esvaia pelo meio dos nossos dedos. Conservo as cartas com a devoção de quem conserva o próprio amor, como uma forma de vê-lo sempre renascer e florescer diante de belas palavras e de poesias dedicadas. As nossas cartas de amor são como pequenos bombons em tardes de inverno, saboreadas devagar, apreciadas como a música de Elis, valsadas pela casa em silêncio.
Penso em separar os livros com nossas cartas dos outros volumes que se acumulam na nossa casa, em fazer  uma pequena biblioteca do amor - desde que tirei da cabeça a ideia absurda de arrancar as primeiras e últimas páginas de todos eles para que pudesse manter todas juntas na minha caixinha. Guardo todas as cartas como uma parte da herança dos nossos filhos. Para que a eles seja sempre palpável o amor que respiramos uma vida toda.

Oração





"Cabe o meu amor
Cabem 3 vidas inteiras..."

(A Banda Mais Bonita da Cidade)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Terças-feiras de solidão

Admiro quem sabe viver sozinho. Admiro aqueles que nascem sabendo seu lugar no mundo, que se orientam sem precisar de ajuda e que perseguem seus objetivos sem que haja alguém para guiá-los. Admiro quem sabe apreciar a solidão em tempo integral, o único prato na mesa, quem troca os móveis de lugar e fica satisfeito mesmo sem ter ninguém para quem mostrar a nova organização da casa. Eu não sou assim.
Sempre adorei solidão, porém aquela solidão com hora marcada para ter fim, aquela que se esvai com apenas um telefonema ou às quatro da tarde de uma quinta-feira, quando o outro deixou claro que chegaria em casa. Preciso de um tempo sozinha, mas minha solidão não é exigente. Sei ser sozinha com outra pessoa em casa, sei ser mais sozinha com alguém estalando os pratos na cozinha ou arranhando notas de violão pela sala. Com companhia, minha solidão é mais feliz.
Eu admiro e reconheço aqueles que vivem e erguem sozinhos suas vidas, mas pra mim esse caminho não funciona. Fico perdida sem o outro prato na mesa, sem o corpo do outro lado da cama, sem o rastro de toalhas molhadas que torna óbvio que mais alguém esteve ali. Não sei me arrumar para mim mesma, me enfeitar para mim, cozinhar para mim, viver só para mim. Preciso de elogios matinais, beijos inesperados, preciso ouvir o ranger da maçaneta enquanto preparo a comida ou ter a certeza de que há alguém lá, mesmo que do outro lado da casa. De alguém para quem me vestir, de alguém por quem me despir, de alguém em quem pensar em tempo integral. A vida só tem graça quando temos alguém por quem viver.
Hoje é o meu dia de ficar sozinha; são as vinte e quatro horas mais torturantes da semana. É a solidão indesejada, a que não vai ser perturbada nem interrompida, a certeza de que lerei o livro até o fim sem precisar parar para descrever o que leio ou para prestar atenção no que ele lê. Hoje é o dia que viro as costas para a minha casa, vou almoçar fora, remover da memória o lado vazio da cama, o prato e a casa que acordou hoje exatamente como a deixei ontem. Preciso de alguém que interrompa meus pensamentos, critique minha solidão, minha roupa, meu molho, minha maneira de organizar os livros. Preciso de alguém que divida comigo a casa, as tarefas, os sonhos, as angústias e os sentimentos. Preciso de amor, em tempo integral.

domingo, 22 de maio de 2011

tempo

O tempo insiste em não passar. O ponteiro se arrasta levando mais tempo do que o de costume para sair do um e chegar até o dois, os minutos não chegam, as horas não cansam de ficar paradas no mesmo lugar. Nem foi tanto tempo assim, mas é a tortura da incerteza do tempo que ainda falta e do relógio que atormenta com cada movimento que ecoa pela cozinha vazia o que desperta a ansiedade e o nervosismo de nunca chegar. O sono foi brincar com o tempo; insistem os dois em não se fazer voltar para casa. Escrevo "para" em lugar de "pra", para consumir mais alguns dos segundos na leitura silenciosa que faço de cada tecla digitada e de cada movimento incerto no escuro de casa.
Esse tempo não tem fim.
Assim como não teria tudo o que eu poderia querer dizer com isso.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Certezas

Nascemos em cima de convicções. Nossos pais decidem, desde muito antes de nascermos, quais serão os melhores caminhos para nós, se usaremos chupeta ou não, quando tiraremos as fraldas, qual será a idade certa para entrar para a escola, quais as características que deverão ser aprimoradas desde pequenos para que sejamos pessoas boas e honradas. Crescemos em cima de convicções. Cremos que seremos os melhores para nós mesmos - ou para os nossos pais e seus anseios -, que a escola é o único caminho de nos tornarmos alguém, que a faculdade é a única opção após o ensino médio, que a vida possui um roteiro a ser seguido para que não soframos ou nos decepcionemos e que, caso nos desviemos do caminho inflexível que ensinam desde que nascemos, seremos infelizes e frustrados. Crescemos acreditando que homens bem-sucedidos são aqueles que têm carro do ano, casa própria e diploma na mão; mulheres felizes são as que conjugam diversas funções, são as que nunca cogitariam abandonar a faculdade ou a profissão para se dedicar aos filhos, à casa ou simplesmente à musica ou alguma atividade que lhes dê mais prazer do que algo que traga dinheiro.
Nascemos e crescemos reproduzindo certezas, convicções infundadas e apenas repassadas de pai para filho, sem muitas vezes questionar se é essa a vida que queremos levar, se fazemos questão da faculdade, do carro zero, da segurança financeira. Nascemos e crescemos construindo, acumulando e reproduzindo frustrações. Quando crescemos mais um pouco e de dentro de nós está próxima a saída de um ser indefeso diante de tantas convicções, repensamos muitas das coisas que nossos pais e todos ao nosso redor sempre ensinaram como o certo a fazer. Questionamos as atitudes e as posturas daqueles que, apesar de terem pregado tantos ideais, muitas vezes se desviaram do caminho ensinado - seja por vontade, por falta de outra opção, seja para consertar algo que ficou para trás, seja para recuperar um tempo dado como perdido. Questionamos os valores que construímos para as nossas vidas e se realmente são aquilo que queremos e devemos passar adiante e, assustadoramente, descobrimos que uma reciclagem de nossos hábitos e principalmente de nossos pensamentos é necessária para que não sejamos responsáveis pela formação de alguém infeliz na sua essência.
Depois de um tempo, conseguimos libertar um pedacinho de nós mesmos dessas certezas absurdas e do molde ao qual tentávamos a vida toda nos adaptar e que, por alguma razão, não nos caía muito bem. Depois de um tempo, conseguimos perceber que nem sempre as convicções são tão convictas assim e que as certezas se esvaem diante da primeira pergunta a qual a submetemos. Depois de algum tempo, na ânsia de sermos diferentes, de proporcionar aos nossos uma perspectiva mais humana e a possibilidade de um pouco menos de frustração do que os nossos pais, mesmo que com a melhor das intenções, puderam nos proporcionar, reconsideramos as nossas atitudes diante da vida e reavaliamos a importância de diversas atitudes na composição daquilo que chamamos felicidade. Temos que descobrir sozinhos o caminho da felicidade e aprendemos da maneira mais difícil que a vida não é linear nem rígida, temos que nos descobrir e encontrar sozinhos o caminho que nos realiza, precisamos enxergar que os próximos passos serão sempre opções e não sentenças, que a felicidade pode se esconder atrás das menores coisas e que alguns de nós nunca nos consideraremos felizes apesar do carro do ano, a casa própria, o marido e os dos filhos.

Os pais não nos ensinam mas, depois de um tempo, percebemos que o amor supera as certezas e, principalmente, a falta delas. Os pais também têm que guardar os seus segredos, têm que nos cobrir de certezas para que possamos reagir, nos descobrir delas e encontrar nossos caminhos. 
O bom da vida é se mover de paixão, do despertar ao adormecer.

P.S.- ainda agradeço à minha mãe pelos conselhos com as drogas, com as minhas escolhas e, ultimamente, com as roupas de bebê. A felicidade ela confiou que eu descobriria sozinha, ela nunca duvidou que eu conseguiria.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Caos

As pessoas dizem que não sabem o momento em que elas se apaixonam. Mas elas sabem, sim, o momento em que elas se dão conta disso. A gente vive esperando por momentos assim, e quando acontecem, não sabemos o que fazer. E de repente, tudo fica mais complicado. Deixamos de ser seres racionais. Parece que dependemos da sorte, do telefonema, do convite. Quando ficamos tão desesperadas por atenção? Quando mudamos o foco? É por isso que não nos apaixonamos todas as semanas. Imagina, esse caos toda segunda-feira?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Diga


"Todo mundo sabe o que existe entre nós dois
Diga tudo agora e não depois..."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sentimentos - para as paredes 009

Hoje eu li algo que falava sobre paixão, que exalava paixão. Não aquela paixão da carne, não a paixão física, não por alguém, não a paixão direcionada, mas li sobre uma vida que se definia como sendo puramente paixão. Simples paixão.
Fiquei surpresa, atordoada com aquele tanto de paixão e comecei a procurar em mim onde estariam os vestígios dessa paixão gratuita, se é que ela existe em mim. Procurando paixão, encontrei-a nos lugares mais óbvios, consegui materializar a palavra em alguns rostos somados com mais uma meia dúzia de outras palavras igualmente apaixonantes, consegui encontrar paixão em alguns gestos, em determinadas atitudes e em uma pequena quantidade de objetos. Em nenhum lugar consegui encontrar aquela paixão gratuita. Não encontrei paixão em nada que faço além das atividades cotidianas. Tentei reduzir a significação de paixão para prazer - novamente não o físico, não o direcionado, não o personificado -, mas o prazer em algo além das obrigações cotidianas. Busquei o prazer e só consegui encontrar sentido semelhante nas coisas que não faço mais, nas coisas que não me permito mais. Encontrei em alguma quantidade significativa de livros, em algum gênero de música, em uma breve exposição ao sol e em alguns longos passeios despretensiosos pelas ruas de uma cidade quase desconhecida. Não consegui encontrar nada na minha rotina que me remetesse a paixão e prazer e que estivesse ligado somente a mim, sem personificação, sem rostos, sem terceira pessoa. Não consegui encontrar nem um rastro de paixão nas aulas que assisto, nos livros que sou obrigada a ler, nas pessoas com quem me deparo durante toda a semana. Ainda um pouco perdida nas buscas de significados no interior e na briga pela redução de sentidos para me convencer que nem tudo está tão perdido assim, tentei uma última redução. Busquei a satisfação, como algum rastro da generalização da paixão e em seguida do prazer também. Encontrei satisfação nas mesmas coisas onde encontrei paixão e prazer, mas não a encontrei onde já não havia encontrado seus irmãos mais velhos. Encontrei uma fresta de sol por entre as nuvens que hoje insistem em acinzentar o céu e que penetra com timidez a minha sala e encontra minhas pernas estiradas no sofá. Encontrei um rasgo recém aberto no peito com aquela frase que falava de paixão. Só não encontrei a satisfação nas coisas que precisava encontrar.
Mas às vezes é bom rasgar tudo, se perder. Uma leve batida de depressão faz todo o sentido com uma segunda-feira pela manhã. Vou sair buscando paixão, preciso me apaixonar, buscando vida, alguns sorrisos e, caso não encontre nada, pelo menos ganho as esperanças de um sol que conseguiu se desprender de trás das nuvens.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Eu não me lembro

Uma tarde gelada estava por terminar naquela pequena cidade. Ela estava visitando os amigos e parentes depois de um longo período fora. Somente seus olhos estavam descobertos, tamanho era o frio que fazia naquelas ruas cinzas. Foi então que ele passou, praticamente um desconhecido, e disse “olá”. Ela parou e ficou olhando para o chão. Na sua cabeça milhões de pensamentos se teciam como um novelo de lã. Ficou levemente tonta. Fechou os olhos e a imagem deles juntos veio à tona. Ela rapidamente se virou e tirou a manta que tapava seu rosto. Ele já estava um pouco distante, mas ela, mesmo assim, gritou:

- Eu não consigo lembrar.

Ele, confuso, retornou lentamente. Cada passo que dava era como se fosse rastejado, doloroso, duvidoso.

- Não entendi.

- Eu não me lembro da última vez que estávamos felizes. Eu não me lembro do nosso último beijo. Eu não me lembro do nosso último “te amo”. Eu só consigo me lembrar do dia em que fiquei sabendo da verdade. Nós fomos felizes? Pelo menos, por um dia?

As lágrimas corriam livremente pelas maças do rosto. Ela não sabia por que isso significava tanto para ela. Mas ficava pensando antes de dormir e não conseguir lembrar, lhe atordoava profundamente. Ela continuou:

- A gente nunca sabe quando vai acabar. Quando vai ser a última palavra. Quando vai poder dizer o que sente naturalmente. A gente simplesmente não sabe quando as coisas vão mudar. Quando a verdade não é bem aquela que imaginamos. E quando isso acontece, a gente não sabe dizer como foi e nem quando foi. É deprimente. E isso me mata por dentro. Isso me mata um pouquinho a cada dia que passa e me mata saber que não há nada que eu possa fazer.

- O nosso tempo passou, Liz. Isso não importa mais agora, tente seguir com a sua vida. Não pense mais nisso. Não tem utilidade nenhuma.

- Realmente? É isso?

Ela pensou estar surpresa, mas sabia, realmente, que ele não sentia as mesmas coisas que ela. Baixou os olhos e viu os velhos sapatos marrons, tão familiares. Não pode deixar de se sentir nostálgica e deprimida. Como havia tudo mudado?

- A gente caminhava pela beira d’água. Tirávamos fotos do céu e do mar. Eu, sem que você percebesse, tirava algumas fotos suas também. Eu não conseguia imaginar alguém mais linda. Seu irmão lhe ligou, nessa hora, e você ficou conversando com ele um tempo. Parecia feliz, parecia estar contando novidades, boas novidades. Esse foi o nosso último momento, pelo menos, o último que ficou registrado na minha memória. Todos os outros que vieram depois parecem ser um grande conjunto de imagens de um drama que inevitavelmente tinha de acabar.

Ele se virou novamente e continuou andando, indo na direção que previamente seguia. Um vazio enorme preencheu o peito de Liz. O ar frio inundou seu corpo, suas veias, seu coração.

domingo, 1 de maio de 2011

Mentiras e Verdades

Às vezes mentir é a saída fácil. Mentimos quando acordamos. Quando respondemos "tudo bem". Quando dormimos, sonhamos com coisas que mentimos para nós mesmos. Praticamos tão bem que nos enganamos. E nos acostumamos com as mentiras bem contadas. Por isso que a verdade dói tanto. Temos que enfrentar as coisas de uma vez por todas. Eaí, de repente, todas as mentiras escondidas aparecem e vão embora. É tempo de acordar. Por mais que a verdade possa ser decepcionante, nós temos a ela e ela a nós. O jeito que vamos lidar com isso é nossa decisão.

"Rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth."
Thoureau