domingo, 22 de maio de 2011

tempo

O tempo insiste em não passar. O ponteiro se arrasta levando mais tempo do que o de costume para sair do um e chegar até o dois, os minutos não chegam, as horas não cansam de ficar paradas no mesmo lugar. Nem foi tanto tempo assim, mas é a tortura da incerteza do tempo que ainda falta e do relógio que atormenta com cada movimento que ecoa pela cozinha vazia o que desperta a ansiedade e o nervosismo de nunca chegar. O sono foi brincar com o tempo; insistem os dois em não se fazer voltar para casa. Escrevo "para" em lugar de "pra", para consumir mais alguns dos segundos na leitura silenciosa que faço de cada tecla digitada e de cada movimento incerto no escuro de casa.
Esse tempo não tem fim.
Assim como não teria tudo o que eu poderia querer dizer com isso.

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