sábado, 28 de novembro de 2009

Dever

"O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa."
Se queremos mudanças, devemos começar por nós e, assim, poderemos servir de exemplo para o próximo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Que O Pra Sempre...

Quantas vezes já pensamos que algo nunca iria ter fim? Quantas vezes choramos por um coração partido, por acreditarmos que ele nunca mais conseguiria se recompor, não sabemos. Não teríamos dedos para contabilizar as inúmeras ou, ao menos, diversas vezes em que juramos que aquilo seria eterno. Sejam amores, amigos, dores, alegrias, certamente todos já pensamos que algo duraria infinitamente. Fosse aquela dor que arrebatava e partia, desmanchando o peito em centenas de cacos e que, com o tempo, acabamos por colocar de volta no devido lugar ou fosse por aquela felicidade de enxergar dias azuis sem fim.
Quantas vezes pensamos que não poderíamos suportar? Que o fardo era pesado demais, que a força não seria suficiente e que o corpo a qualquer momento poderia desmoronar de tamanha exaustão... E aqui estamos, depois de tantas provas e certos de que muitas mais estão por vir e que, muito provavelmente, nos tratão muitas mais dificuldades e lições do que jamais poderíamos imaginar. Aqui estamos, mais fortes do que viemos e mais fracos do que estaremos amanhã; muitas vezes convictos de que o que possuímos hoje é eterno, até que o vento mude, a maré suba e tudo nos seja arrancado novamente.
Cada vez mais me convenço de que talvez o caminho seja buscar a felicidade, a satisfação imadiata e não crer que tudo que nos é dado nunca será tirado. Por mais que lutemos por nossos sonhos, não estamos livres deles serem arrastados por uma das muitas tempestades que assolam nossas vidas de tempos em tempos. Cada vez mais resisto ao sempre e ao nunca, ainda mais quando ouço Cássia Eller me ensinando lentamente na sua canção que, não adianta... O pra sempre, sempre acaba.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Que Eu Peço




Não preciso de outdoors com grandes declarações de amor a toda semana para ser feliz. Não preciso de faixas penduradas na frente da minha casa ou no meio da cidade com palavras apaixonadas para me sentir completa. Não preciso de uma tatuagem que cubra metade do corpo do outro para entender que sou amada. Na verdade, eu não acredito que preciso de muita coisa.

Posso estar enganada, mas acho que peço pouco. Sou chata, ah se sou. Tenho minhas manias, faço manha, bato pé, incomodo. Mas qualquer coisa pequena já me agrada. Não peço presentes caros, demonstrações públicas de paixão ou saltos de paraquedas como provas de amor, até porque não acho que isso prove alguma coisa. Para mim, teu sorriso basta. O que eu peço é a mão colada, o abraço apertado, uma ligação fora de hora, um passeio na beira da praia, aquela preocupação quando a dor de cabeça me incomoda e o carinho com que a tua mão encontra o meu cabelo.

O que eu preciso são teus olhos vigiando meu sono, me fazendo cócegas e quase me matando quando preciso acordar cedo. O que eu peço é o olhar sincero, a alegria infinita e aquela palhaçada de sair com as minhas roupas pela casa; uma tarde tomando sorvete e uma noite com os amigos. O que eu peço é toda maluquice, toda alegria e todos os sonhos que nos rodeiam. São os planos, os objetivos, as pequenas conquistas. O que eu peço é aquela vontade de realizar. Mas o que eu mais peço, sinceramente, é pra isso nunca acabar.


E tudo o que eu peço, ah...Só tu sabes me dar!


P.S.- principalmente quando se trata de massagem no pé e sorvete na cama, aí só tu mesmo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dia


Muitas vezes a gente diz que algo é engraçado, quando na verdade, é triste, irônico, fatal. Eu ia começar dizendo que era engraçado esse misto de emoções humanas, você já se perguntou quantas coisas pode sentir em um só dia? Meu Deus, hoje eu vi: infinitas. São infinitas as sensações. Qunto mais nos misturamos, nos relacionamos, mais vamos coletando essas informações sentimentais codificadas pela razão e emoção. E na verdade, é engraçado a beça. Somos elevadores em potencial, ou melhor, montanhas russas, pois podemos subir e descer num piscar de olhos. Numa mudança tão radical, que nem lembramos por onde começamos essa loucura toda.

Hoje senti de tudo. Senti esperança, sim, de um mundo melhor com sorrisos e olhares, com elogios e conversas agradáveis. Senti reconhecimento. Senti, também, vergonha e fiquei vermelha. Senti conforto e consolação com uma pessoa em especial e muito especial que me abraçou quando eu estava desmaiando de calor e cansaço, que me pagou o almoço e o sorvete. Senti preocupação com as coisas que não se resolvem facilmente. Senti indignação com aqueles que só pensam em si mesmos. Senti um afeto gostoso e sincero de um amigo distante que me quer bem e que sempre tem uma palavra acolhedora para me acalmar e para me fazer sentir leve. Senti calor, senti o vento que me levou ao encontro inesperado de alguém que já não faz mais parte dos meus dias, mas que sinto que ainda tenho algumas contas para acertar, foi aí que senti arrependimento, logo depois passei para o sentimento de perdão, de aprendizado e por fim de resignação. Sim, porque para chegar onde estou, tive muito que aprender com meus erros e sofrer por isso já não cabe. Senti descontrole, humor exagerado, desespero da exaustão. Senti um alívio, após, com a chegada da Lua, e com meus queridos companheiros de estudo. Senti uma vibração linda, de entes queridos que já se foram, e de, tavez, alguém que eu começo querendo muito bem há pouco. Senti um olhar de admiração e carinho, um olhar de "nós não nos conhecemos de algum lugar?". Me emocionei, lágrimas caíram com histórias bonitas, histórias literalmente de outro mundo. Um convite para voltar, um sorriso aberto, uma sintonia de pensamentos e dom. Vi sofrimento também no fundo, não sei bem por quê, mas senti uma inquietude que me fez pensar. Mas isso não importa agora. Mudado de ambiente, por fim, senti decepção, sempre espero mais do que deveria. E de novo, senti esperança que agindo pelo bem e para o bem, as coisas tem jeito, as pessoas podem mudar, e as relações melhorarem. Influenciar, inspirar, espiritualizar aos que nos rodeiam com nosso exemplo. Não deve-se obrigar ou insistir com alguém a fazê-lo enxergar e, sim, mostrar-lhe o quanto a vista da nossa janela é bela, convidando-o para ver ao nosso lado.

Um dia de emoções. Como todos. Hoje eu só parei para reparar.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sol


Difícil apagar as imagens contraditórias e infelizmente verdadeiras do eu passado. Ah! O eu passado, adormecido ou esquecido em algum lugar, um lugar que não quero achar nunca mais. Tarefa árdua e prazerosa, porém, essa de mostrar a nova face, a nova moldura e o novo recheio. Forma-se um abismo entre os antigos prazeres, a antiga conduta com aqueles que já ficaram para trás e já não me acompanham mais nos dias de hoje. Ah! Se eles pudessem me ver! Se eu pudesse me ver há uns anos atrás. Se pudesse fazer tudo diferente, não faria. É ótimo ver o quanto se pode crescer e amadurecer. É marvilhoso expandir os horizontes, deixar as velhas mágoas, reflorescer, sim! Como um Girassol. No meu presente todos os dias são de Sol. E só tende a melhorar. Meu espaço, meu mundo, meu povo. Tudo será grandioso demais para ficar abafado e criticado. Tudo será simplesmente grande!

"A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor."

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Não duvide


Não duvide da força que uma amizade pode ter. Não cogite que não estarei lá para aliviar os sofrimentos, para alegrar o espírito, para comemorar e ajudar no que for preciso. Não ache que não estarei lá para alertá-la e repreendê-la ou que não saberei entendê-la e sempre que for necessário defendê-la de tudo e de todos. Não pense que não estarei lá para protegê-la daquelas pessoas que querem o mal das outras. Não pense que não estarei lá para incentivá-la e ampará-la nos tantos caminhos perigosos que a vida tem. Não duvide que não estarei lá para afundar no mesmo navio, para que, assim, tenha uma chance de salvá-la, mesmo que o preço a ser pago seja o meu viver. Não pense que não sei o quanto é puro e sincero o meu sentimento. Não insiste em achar que os nós atrapalham os laços, ao contrário, os tornam mais firmes. Não menospreze os meus votos de carinho e compaixão. Não tema que o que não pode se acabar, venha por ter fim. Não julgue as fraquezas, assim como não julgo as suas. Não pense que não estarei lá para pregar o amor, o perdão e o melhoramento dos dias, em busca de dias mais felizes. Além de ser meu dever, é minha conduta, é minha missão, é minha consciência, é o bem querer em se querer bem. Em querer o melhor, não para mim, e sim, para nós. Pois para mim seria muito triste evoluir só. Minha alma companheira, seria impossível deixá-la. Não viveria tão feliz como nos dias de hoje. Acredito, que onde tu vás, eu te seguirei. Até os fins dos dias. Até o fim do que chamam de infinito. Então, me perdoa, por não ter sido tudo que podia. Mas o que mais me atormenta no mundo é o medo que teus sentimentos sejam rancorosos e tristes por mim. É somando nossas sabedorias que chegaremos mais longe. Ninguém é melhor ou pior que ninguém. Uns precisam mais de apoio, outros de afeto, outros de ajuda, outros de atenção, outros de sentido. Todos somos almas carentes e imperfeitas. O importante é termos consciência disso e nunca deixar os maus sentimentos nos dominarem. O amor espanta todos os males. Deixemos que só ele possa fazer moradia em nossos corações. No fim, com certeza, agradeceremos.

Por onde andei


"Desculpe, estou um pouco atrasado. Mas espero que ainda dê tempo de dizer que andei errado e eu entendo. As suas queixas tão justificáveis e a falta que eu fiz nessa semana. Coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança. Por onde andei enquanto você me procurava? E o que eu te dei? Foi muito ou quase nada? E o que eu deixei? Algumas coisas penduradas?"


Não se pode voltar atrás. A vida é um caminho, uma estrada sem volta. E as histórias são feitas, são escritas, roteiros que não podem ser mudados. Erros cometidos, desculpas ditas. Mas é exatamente o que as pessoas são, o que muda o caráter das histórias. É a sucessão de minutos, de escolhas, de atitudes que transparecem os sentimentos - mesmo aqueles que tentamos esconder embaixo da máscara, embaixo da cama, embaixo de tudo. E o arrependimento é tão valioso quanto tentar colar um cristal que se quebrou em mil pedaços. É claro que eles ainda brilham, mas juntos, novamente, nunca mais.
O que se aprende dos tropeços de personalidade, da obscuridade dos objetivos é o que não queremos ser. O que não queremos repetir. Lamentar não é a melhor saída, talvez seja a pior. Não vai mudar nada, nem reconquistar quem se perdeu. Só atrairá mágoas, dor e tristeza. Melhor pensar positivo. Caminhamos rumo a evolução. Somos os erros de ontem, os progressos de hoje e os grandes feitos de amanhã. Somos todo o caos, endividados com uns e queridos por outros. Se estamos tentando nos tornarmos melhores, não há nada o que temer. A vida nos dá muitas chances para nos redimirmos. E muitas vezes, há tesouros muito melhores esperando por nós. Os verdadeiros tesouros. Os quais foram feitos e moldados para nós. Esperavam justamente pela nossa procura. Porque dessa vez, dessa única e rara vez nós, sim, merecemos achá-lo.
O destino não nos é falho. A vida caminha pro melhor e, pro melhor, nós iremos.

sábado, 21 de novembro de 2009


"A paz legítima emerge do coração feliz e da mente que compreende, age e confia"

Aquele Alguém


Como é bom saber que temos alguém para nos estender a mão. É bom saber que temos aquele alguém que pensa em nós e que nos deseja tamanhas alegrias quanto as que os desejamos. É tão bom ter amigos, irmãos e amores. Alguém com quem partilhar lágrimas e sorrisos, sonhos e conquistas, passado e presente e futuro. Uma bênção é possuir o coração leve pela presença daqueles que nos engrandecem e iluminam; ter na vida nem que seja um único alguém que fortaleça, acrescente e enobreça os nossos corações e nossas vontades.
Aquele alguém para quem ligar quando tudo parece dar errado, ou que com um simples abraço consiga afastar todos os males do coração. Companhia para acampar, conversar, animar, dançar, chorar, suar, beijar, pichar, beber, sofrer, correr, fazer qualquer coisa ou não fazer absolutamente nada. Alguém para dividir, somar, multiplicar e realizar; alguém com quem sonhar junto. Para desejar todo o bem e toda a felicidade do mundo, para nos ensinar o significado da lealdade, alguém com quem desvendar de mãos dadas o universo mágico e infindável do amor. Aquele alguém que desperte os desejos, que faça nascer sorrisos e até mesmo lágrimas de felicidade; que emocione, fascine e desperte em nós toda a capacidade de amar e admirar. Alguém que tanto faz se do mesmo sexo ou do oposto. Alguém que tanto faz se é de sangue ou não. Aquele alguém por quem, sem hesitar, se daria o mundo.

Para lutar, crescer e vencer junto. Aquele alguém em quem confiar.

P.S.- ainda bem que vocês existem. dá pra perceber o porquê da imagem né? :)

Busca Vida


"Vou sair pra ver o céu
Vou me perder entre as estrelas
Ver daonde nasce o sol
Como se guiam os cometas pelo espaço

E os meus passos
Nunca mais serão iguais

Se for mais veloz que a luz
Então escapo da tristeza
Deixo toda a dor pra trás
Perdida num planeta abandonado

No espaço
E volto sem olhar pra trás..."
(Paralamas do Sucesso)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A pescaria


Pescaria.. Ah! Mas que bela pescaria. Ando pescando corações tristes e os transformando em alegres, almas desesperadas e aflitas em serenas e calmas, decepção em aprendizado, deilusão em conforto, acasos em destino. Ando colhendo coisas maravilhosas! Sentimentos de paz interior, fé e coragem! Pessoas que brilham como estrelas, amigos impagáveis, reconciliações terrenas. Venho fazendo valer minhas palavras e minhas atitudes do bem e para o bem. Venho confirmando teorias e valores morais que é ajudando que saboreamos o doce gosto da caridadade, amor fraternal, agradecimento e melhora do próximo. Um trabalho que todos saímos ganhando, uma pescaria mútua, simbiose de evolução e alegria. Que muitos peixes venham brotar nas redes do meu coração e da minha benevolência! Que consiga sempre reparar os erros e as fraquezas, tornando cada vez mais o meu anzol firme e resistente.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


"Going to the chapel of love
Bells will ring
The sun will shine (whoa-oooooh)
I'll be his
And he'll be mine
We'll love until
The end of time
And we'll never be lonely anymore..."
(The Ronettes)

P.S.- não sei como nunca tinha postado nada deles, é bom demais.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Lua de São Jorge!


Essa canção me acalma por ter tamanha beleza na melodia, nas palavras e no sentimento. Sinto-me como se estivesse vendo a Lua, mesmo de olhos fechados. Lembro de momentos que estive a observá-la, admirando seus pequeninos traços e formas. Sua intensa luminosidade que brilhava dentro do coração trazendo amor e conforto. Sim, de tão linda, sempre que a vejo, compreendo a imensidão da vida e que tudo está perfeitamente encaixado nessa vida, no plano espiritual, nos mundos, nas galáxias. Encaixado como ela, na imensidão do nosso céu. Companheira da Terra. Um astro tão belo que irradia, que incendeia, que abre caminhos. Tudo é perfeito na singularidade do conjunto sólido e eterno. Ela está lá a nos admirar, a nos amar de longe nos dizendo: "Segue! Viva! Vença! Olhe para mim, não os deixo jamais, estarei sempre aqui. Serei companheira, luz infinita, paz inevitável." E é assim que me sinto quando me paro a admirá-la. Sozinha ou acompanhada, não me sinto perdida, me sinto reconfortada e os problemas se vão. A força vem dela e de mim, em uma simbiosa perfeita, fico apta para enfrentar o que antes temia, para sorrir os motivos que antes não enxergava e ajudar aos que precisam. É energia que corre nas veias e faz o coração pulsar mais forte. É o amor que se instala. E com ele tudo que vem de bom.


"Lua de São Jorge, Lua deslumbrante, azul verdejante, cauda de pavão. Lua de São Jorge, cheia branca inteira. Oh! Minha bandeira solta na amplidão. Lua de São Jorge, Lua brasileira, Lua do meu coração, Lua de São Jorge, lua maravilha. Mãe, irmã e filha de todo esplendor. Lua de São Jorge brilha nos altares, brilha nos lugares, onde estou e vou! Lua de São Jorge brilha sobre os mares, brilha sobre o meu amor. Lua de São Jorge, Lua soberana, nobre porcelana sobre a seda azul. Lua de São Jorge, Lua da alegria, não se vê o dia claro como tu Lua de São Jorge, serás minha guiano Brasil de Norte a Sul!"

Caetano Veloso

domingo, 15 de novembro de 2009

Sem meio

Hoje eu só queria ir pro final. Chegar lá, no "felizes para sempre". A angústia, a pressa, a insegurança tá me matando por dentro, corroendo minha confiança e esperança que as coisas dão sempre certo, por mais que os caminhos pareçam ser tortos e confusos. Sempre dá, porque tudo sempre faz parte de um plano maior. Mas hoje, eu queria ir direto pro último capítulo. Sem demora, sem espera, sem meio.

sábado, 14 de novembro de 2009

Fim de Tarde

Pela minha janela eu consigo ver o fim de tarde... O céu pintado de laranja, amarelo e azul. O céu pintado à mão, um presente lindo para encerrar o dia. O céu pintado certamente por Deus.
Nessas horas é que eu tenho a certeza de que Deus existe. É beleza demais pra ser apenas acaso.

E dá licença que vou ali me debruçar na janela pra agradecer por mais esse dia lindo.

No Pagodinho

Já corri muito. Olhei muito pra frente, sem ter tempo nem alguma vontade de olhar pros lados. Já corri demais, mesmo sem nunca saber aonde ia com tamanha pressa. Já fui diagnosticada pela linguagem do corpo, e talvez seja por essa minha mania 'futurística' que uso óculos há razoáveis dez anos. A linguagem do corpo me diz que quem tem esses meus problemas de visão é porque se ocupa demais olhando pro futuro e acaba esquecendo de olhar para o presente. É, sou obrigada a admitir que tá certo. Corri, corri e cansei de perder o fôlego sem saber para onde vou. Agora vou caminhando, vou a pé porque ainda não tenho dinheiro nem pra bicicleta, mas não vou correr mais. Vou com a vida, vou com calma, vou na valsa.

Vou como me ensinou Pagodinho: Deixo a vida me levar.

P.S.- ...vida leeeeeeeva eu!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hoje

Hoje me emocionei ao ver as fotos do aniversário de um ano da filha de uma amiga. E passa um filme todo na cabeça... É, a gente tá crescendo. Lembro de quando nos conhecemos, do vestido listrado de branco e cor-de-rosa que ela usava, das brincadeiras e da praia, das noites comendo e jogando e papeando. Lembro de quando ela me contou da gravidez, lembro da barriguinha crescendo devagar e do dia em que ela avisou que estava indo para o hospital. Lembro quando a filhinha dela nasceu, lembro que se fosse menino seria Otávio, lembro dos olhinhos azuis e de uma foto das duas ainda na maternidade. Lembro que ela foi embora, e nunca tive a oportunidade de beijá-la novamente, nem de beijar pela primeira vez a sua filha, que já completou um ano. Lembro também que não importa a distância, uma amizade verdadeira nunca vai morrer, por mais que o tempo passe e a rotina mude. Sei que termos nos encontrado não foi obra do acaso, e sim de um destino maravilhoso que trouxe mais um coração imenso e cheio de sorrisos para a minha vida. E sei que não importa aonde estejamos, meu pensamento e meu coração sempre terão aquele espaço reservado pra ela. Me emocionei de verdade, a filha dela já tem um ano, e isso significa mais de um ano que não nos vemos. Estamos crescendo, os caminhos mudando, mas a amizade é superior. Afinal, a amizade é um amor que nunca morre.

P.S.- com ela, tudo é "puro açúcar". love you sweet Lu

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Somos Um

"Você deve compreender que nem tudo vai ser só diversão, pois um dia, meu amor, a tristeza e a dor também virão. Mas vamos ficar juntos em todo lugar, quando não há caminho algum. Você vai nos seguir. E então vamos descobrir... Somos mais do que mil, Somos um! "

Oração


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.



A força para derrotar a tristeza vem com o entendimento da vida e tudo que se refere a ela. Deixa-se a raiva para trás, a mágoa, o desespero. Afinal, não há injustiças, apesar de sermos humanos e termos um coração ainda frágil. Temos que ampará-lo com a fé, com amor e esperança de que tudo faz parte de um plano maior e por esse mesmo motivo, nos encatamos pela vida, bela e única em seu jeito sagaz de moldar nossos destinos para nos, enfim, ensinar. Todos os caminhos levam a um só. Não há como fugir da verdade absoluta do reino espiritual. Aceitar o inevitável não é desistir, nem ser fraco ou se submeter. Ao contrário, é ser forte para nossa simples e ainda pouco consciência do plano espiritual. É saber não sofrer, é saber ser melhor do que se é. É saber ser menos humano em um mundo que só pensamos em nós. É pensar com o coração. O amor une, vence, está a frente de tudo.
Ah.. a dor vai demorar a passar. Mas ultrapassar limites é onde o ser humano se supera, ironicamente. Vai dar tudo certo. Tudo se cura com o amor. Até mesmo o incurável. Força para nós, força para todos. Luz e paz. E muito mais. Pois a caminhada é longa, sendo eternos.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

My Girl


"I've got sunshine
On a cloudy day

When it's cold outside

I've got the month of may

I guess you'll say
What can make me feel this way

My girl,
My girl, My girl
Talking about my girl

My girl...

*
I've got so much honey

The bees envy me

I've got a sweeter song
Than the birds in the trees

Well i guess you'll say

What can make me feel this way

My girl
, My girl, My girl
Talking about my girl

My girl..."


(Temptations)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Linda Rosa


Escrita pra mim...


"Agora sei não mais reclama

Pois dores são incapazes

E pobres desses rapazes

Que tentam lhe fazer feliz

Escolha feita, inconsciente

De coração não mais roubado

Homem feliz, mulher carente

A linda rosa perdeu pro cravo"


Maria Gadú

Nem

*
*
"Nem que eu bebesse o mar, encheria o que tenho de fundo..."

*
*

domingo, 8 de novembro de 2009

Em Uma Só


Tantas voltas a vida dá. São tantas as coisas que acontecem, acabam e nos deixam com a sensação de que o mundo inteiro vai desmoronar e que, no fim, acabam não significando mais nada. São tantas as emoções e tantos os personagens, sejam eles protagonistas ou apenas meros figurantes, que seria impossível manter todos em cena durante todos os capítulos dessa novela que se chama vida. São tantas as sensações, os cenários, que parece realmente que vivemos mil vidas em uma só, como se fossemos verdadeiros atores.

Coisas que há um tempo me atordoavam, hoje já não significam mais nada. Coisas que não tinham a menor importância, hoje se tornaram o cenário principal do roteiro atual. Nomes que não faziam o menor sentido, hoje não saem da minha boca. E olhando pra trás eu penso: "Como eu já gostei tanto daquela pessoa?", e muitas vezes não encontro dentro de mim a resposta. O que eu via naquela criatura, qual era mesmo a música que ele cantava? Aquele personagem está atirado, esquecido num canto da memória.

Somos os atores da vida, exatamente como aqueles das novelas. E quando surge um novo papel, um novo cenário, aquele antigo vai pra gaveta e fica lá até voltar num domingo de praia e nos fazer pensar. E chegar a conclusão que o bom disso tudo é que assim podemos ser vilões e mocinhos. Podemos ser bandidos e heróis, fortes e fracos, feios e bonitos. Podemos errar e recomeçar, com um novo penteado e uma outra trilha sonora. Podemos mudar os pares, os nomes, a história. Podemos ser felizes para sempre, por muitas e infinitas vezes.

Somos mil vidas - e mil chances - em uma só.

As curvas se acabam




Um brinde às pequenas revelações e comemorações de hoje. Um brinde a esse mundo que não pára de girar, às ondas incessantes desse mar que não param de chegar, às pessoas que mudam, às tranformações e às decisões que tomamos, todos as horas, por todos os dias de nossa existência.

Hoje um vento de mudança fez meu cabelo ficar um pouco bagunçado. Uma emoção só um pouco fora do padrão, do normal do resto dos meus dias molhou de leve meus olhos. Tirou minha calma, mas não minha paz, por uma meia hora. Fez eu saltitar até a cozinha e pegar o telefone. Gaguejando eu comemorei, rindo incessamente. O coração saltando pra fora do peito. Ansiosa, feliz, entusiasmado com a notícia. Ah! Esse louco rumo que damos aos caminhos que tomamos. Tudo de repente se encaixou e eu mais uma vez acreditei em destino.

Pode não significar grande coisa no futuro que se fará presente. Mas hoje, eu sonhei alto. E sonhei tanto que não queria acordar. Vou ter que dormir ou não, só pra ver o Sol nascer e parar de sonhar. Voltar à realidade. Porque talvez certas coisas não voltem no tempo. Certos momentos não se repitam. Ficaram gravados na nossa memória como belas lembranças e só. O tempo passa por nós, desfazendo laços e modificanto os sentimentos, as expectativas, a sintonia, enfim. E aí, tudo passou com ele.

Mas ficou guardado. Ontem e hoje. Amanhã, quem sabe.
Agora é tudo ou nada. Não é mesmo?


"Por favor me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo
Corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive
E vi pelo espelho na distância se perder
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar
As curvas se acabam
E na estrada de santos não vou mais passar!"


(RC)




sábado, 7 de novembro de 2009

O Rei da Selva



No começo da espécia humana, o homem não estava contente em ser o que era. Portanto, reuniu os animais da selva para que lhe ajudassem com suas insatisfações. O homem dizia que se sentia inferior, sem grandes poderes, sem grandes bençãos divinas. Então, pediu velocidade. A onça, muito veloz, deu sua velocidade ao homem. Ele se sentiu poderoso, no princípio. Corria mais rapidamente, se movimentava mais rapidamente, assim, era melhor em várias aventuras, caçadas, lutas. Era inimaginável o que não poderia alcançar com toda aquela velocidade. Mas um dia, viu que não era o suficiente, então, queria força, dessa vez, foi o gorila que lhe deu força para caçar, lutar e sobreviver. O homem usou aquele presente para caçar, ter mais resistência para correr, escalar, atravessas rios. Mas uma hora, não era mais tão prazeroso. Precisava ser mais hábil, mais cuidadoso, mais silencioso. A cobra, singela e sinistra, lhe deu mais este poder. O homem ainda achava que faltava alguma coisa, então pediu ser mais ágil, para poder se desvencilhar melhor dos perigos. A lebre, lhe deu este presente. O homem agora se julgava invencível. Podia competir de igual para igual com muitos predadores. Era mais veloz, mais forte, mais ágil e silencioso. No início era como o paraíso. Eles se sentiam orgulhosos, vaidosos pelas tantas qualidades que obtiveram nos últimos tempos. Presentes abençoados dos animais da selva. Ainda não sabiam ao certo porque eles teriam feito isso, sem pedir nada em troca. O homem não sabia que o coração dos animais era puro. O homem sofria antes por se julgar inferior, incapaz. Os animais acharam que dando o que o homem queria, ele ia ficar satisfeito e realizado. Ia conhecer a paz que eles conheciam. O sentimento de se sentir valorizado, útil e feliz. Mas foi tudo uma grande ilusão. A natureza deu ao homem tudo que ele pedira. E ele queria mais, sempre mais. Até que pediu o governo da selva, o lugar do pódio, o trono do rei. O leão, rei da selva, refletiu durante dias, semanas, até que veio ao homem e lhe comunicou que daria mais esse poder. Que lhe deixaria tomar conta da selva e de tudo que pertencesse a ela. O homem deveria organizar, cuidar e protegê-la, mantendo o equilíbrio de todas as plantas, de todos os animais, do ar, da terra e da água. O homem, não podendo conter seu entusiasmo dentro de si, mal conseguiu agradecer, comemorando aos pulos e gargalhadas ele havia enfim triunfado. Era o rei, o dono das matas, dos animais. O ser mais capaz e mais inteligente para administrar a selva.
Se passaram alguns anos para que o homem não se sentisse mais tão realizado e feliz com a posição que havia assumido. De repente, a vida teria se tornado monótona, sem graça demais para ele. Não havia mais nada a pedir aos animais, eles já o haviam dado tudo que tinham para dar. A natureza estava parcialmente destruída, com certos danos remarcáveis, as coisas não eram mais como antigamente. O desequilíbrio da selva era notável e com potencialmente destrutivo. Tudo isso causado pelo desinteresse do homem e pela sua ganância, vaidade, egoísmo. Ele usara de suas habilidades para escravizar outros homens, para encurralar animais, até mesmo extinguir espécies e matar os de sua mesma. No lugar da esperança e da calma do vede, veio a solidão e a melancolia do cinza. Novos valores tomaram conta dos pensamentos do bicho homem. Novas formas de constituir tribos. Maiores e incrivelmente mais independentes e individualistas. A troca se deu por moedas e papéis. As coroas eram de ouro, o mesmo ouro que alguém sofria para buscar. Exploração, pobreza, desigualdade. Dor, tristeza, frustração.

Então o Leão, pensou no que ele teria feito! Teria dado a sua selva tão amada querida para um animal que só pensava em seu bem estar, ferindo aos outros, desiquilibrando o sistema essencial e natural das coisas. Mágoas, abandono, destruição. Isso não fazia parte de seu reino. Onde estara com a cabeça quando dera o trono para uma espécie tão inferior? Tão mesquinha e pretenciosa? Tão julgavelmente insana e lunática? Uns se julgam melhores, enganados pela vaidade que corrompe e corrói os coraçãos sinceros e puros. Por que cometi tamanha atrocidade com meus amados companheiros? Então, ele permaneceu em silêncio. Na verdade, um leve sorriso brilhou em seus olhos dourados. O homem precisava subir para cair e quando estivesse lá embaixo, a bera da ruína, do fracasso total, do abandono, ia dar razão as coisas essenciais que triufavam antigamente na selva: o bem e tudo que vem com ele. A paz, a união, a cordialidade, a compaixão, o companheirismo, a amizade, o amor. O leão ficou satisfeito, tinha cumprido seu papel de rei da selva. Ele havia salvado o homem, ironicamente, salvo por ele próprio.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Equilíbrio


Acredito que, em alguma hora da vida, acabamos encontrando o equilíbrio. Um ponto da nossa jornada onde aprendemos a lidar mais calmamente com nossos conflitos e os problemas que nos rodeiam. Um ponto aonde nossas besteiras cotidianas não conseguem mais nos afligir tanto, nem nos fazer perder o sono ou a fome e o interesse. Tenho certeza que este equilíbrio não surge repentinamente dentro de nós, mas é o fruto de muito exercício de compreensão e paciência não só com quem nos cerca ou com aquilo que nos afeta, como também com nós mesmos. É necessário olhar para dentro, tentar entender porque determinadas coisas nos perturbam tanto. É necessário conhecer a si mesmo.

Precisamos voltar, ser sinceros conosco e com nossos corações; ter calma e entender que as coisas possuem um sentido, e que todas os obstáculos trazem consigo aprendizados. Somos submetidos a provações durante toda a vida, mas não é somente conseguir sobreviver à prova o que nos torna vitoriosos, e sim o fato de sairmos melhores e mais evoluídos de cada um desses 'testes' que a vida nos aplica. Necessitamos de justiça e paciência, além de muito amor e esperança para alimentar nossos corações; necessitamos de aprendizado para nos aprimorarmos e nos tornarmos pessoas dignas de tantos sentimentos nobres. Semear com consciência, cultivar com responsabilidade para colher em abundância. Precisamos nos tornar melhores como pessoas, para cativar aqueles que nos cercam a também serem melhores. Não podemos esperar que o outro decida melhorar-se primeiro: deve partir de cada um de nós a iniciativa.

Após muito trabalho, muita paciência e muitas provas, encontramos o que chamamos de equilíbrio. Aquele verdadeiro, cuja paz nada é capaz de abalar. Encontramos dentro de cada um de nós o caminho da própria felicidade, sem que para isso seja necessário um outro alguém e suas sementes. Nos tornamos suficientes para os nossos próprios corações e, a partir daí, tudo que vem a nós somente tem a acrescentar. Perdemos a idéia de que nascemos incompletos, e ganhamos muita força e confiança em nós mesmos. A semente que foi plantada é regada e com certeza será colhida. Estou recém no início da longa jornada, mas o quanto antes o bem for plantado, mais seus frutos serão doces quando eu precisar deles. É só um conselho, mas se eu fosse você, plantaria também.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Que Eu Também Não Entendo

"Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito prá ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir...

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...

Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo..."

(Jota Quest)

Só depende de você


Às vezes querer demais cansa. As chaves da prisão de ferro que construímos é lutar contra o que nos deixa deprimidos. E quando se quer algo demais, não prestamos atenção no resto das coisas que estão a nossa espera para serem valorizadas, descobertas e admiradas. Quando se quer algo com todas as forças, esse algo raramente chega porque agimos impulsvamente, somos abusivos e intolerantes. Sim, pois a ansiedade faz com que percamos a calma e a sensatez. É preciso de lucidez para tatearmos o chão que estamos pisando, para sabermos com quem lidamos, aonde queremos ir e com quem. Pergunte-se mais: "é isso que eu quero? O que eu desejo?"

Quando queremos alguma coisa de todo coração, exageramos na forma como agimos e pensamos para que a vontade seja consumada. Nos tornamos manipuladores e egoístas. Nessas horas, o relógio não parece contar para trás? Tenha paz para, assim, transmití-la e recebê-la. Ninguém vai querer apostar as fichas numa maluca psicopata que deseja alucinadamente encontrar o príncipe encantado. Não trate seus casos, paixões, amores, enfim, como se fossem presas. E muito menos fáceis. Pense que todos estamos aqui para aprendermos juntos, sim, mas que cada um é responsável pelo próprio caminho da felicidade e equílibrio. Por isso, o estado do espírito é algo individual, depende exclusivamente de nós. Não se deve cobrar os outros por nos fazerem felizes ou realizados. E nem dependermos dos outros para sermos felizes. Não se deve culpar o outro por não termos o que desejamos, nós temos o que merecemos ter. Por motivos reais e explícitos e/ou por fazermos parte de um plano maior.

Se não conseguir isso de imeadiato, tudo bem, mas pelo menos tente pensar assim. Verá que nada muito banal pode lhe abalar quando tiver a confiança de que a felicidade plena depende do quanto você nutre sua alma de sentimentos bons. E isso, só depende de você. A independência é algo que se adquire com doutrinas diárias das tantas batalhas que ainda precisamos ganhar. As batalhas da evolução. As conquistas pelas quais nos abrimos para algo muito maior do que podemos ver quando não somos livres. Livres da dependência do outro para nos sentirmos seguros e confiantes. Livres dessa ilusão que criamos e pela qual nos apegamos. Porque, na verdade, todos os sentimentos e atitudes que nutrimos sozinhos, continuaremos a alimentá-los quando estivermos em um relacionamento. Não deixaremos de ser egoístas e ciumentos, vamos continuar assim sendo se não mudarmos sozinhos. Não se muda pelo outro, se muda por nós mesmos.
Quando entendermos que só cabe a nós o papel principal dessa louca peça cheia de aventuras e surpresas que se chama vida, deixaremos a máscara de vítima, de mocinha que precisa ser salva para trás e aprenderemos a atuar sem máscara alguma, em busca do verdadeiro melhor. Aprenderemos que os valores sinceros estão dentro de nós. Eles só precisam de uma chance para subir no palco.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sob Medida


Tem pessoas que surgem nas nossas vidas e parecem que foram feitas sob medida para nós, em todos os aspectos. Nem que eu me parasse a 'encomendar' pessoas para me rodear, teria ao meu lado aquelas tão perfeitas para mim, em todas as suas características. Teria encomendado algumas amigas... Seriam lindas, inteligentes, compreensivas e companheiras de todas as horas. Mas não seriam tão diferentes entre si e, na verdade, não seriam tantas. Mas são um conjunto lindo de ver. Uma tem toda aquela calma, aquela paz e um jeito que adoramos imitar. A outra parece ligada na tomada, trabalha e estuda, estuda e trabalha, e nunca para de fazer piada. Uma nunca briga com ninguém, fala finiiiinho e é de uma organização incrível. Outra tem a fama de braba, mas faz bastante tempo que já não briga com muita gente. Uma é a namoradeira, vários casos e um esforço danado pra seguir o ritmo dela. A outra é a sinceridade em pessoa, um coração tamanho gigante e sempre uma bola fora pra fazer todo mundo rir. E nem que eu desenhasse todas à mão, seriam tão lindas como são naturalmente.

Mesma coisa com ele. Eu teria esquecido de algo que o faz tão especial. Sim, no meu desenho ele seria loiro, teria o sorriso lindo, entre muitas outras coisas que eu adoro. Mas eu não o planejaria mais novo, nem mais tímido, nem mais carinhoso - teria errado em todos esses quesitos. No meu plano ele não seria a dedicação em pessoa, ou talvez eu também esquecesse da família maravilhosa que ele tem, ou daquilo que ele tem de gostar de me fazer surpresas, ou daquele dom de me fazer dormir passando a mão no meu cabelo, ou daquele coração bonzinho e daquela mão que me aperta. Talvez esquecesse os ombros largos, os olhos castanhos com um pouquinho só de verde, a mania de usar boné e de não gostar de calças. Talvez esquecesse aquele jeito de me pegar no colo ou de segurar forte a minha mão - e aí nada mais seria tão perfeito.

Acredito que essas pessoas são feitas especialmente para nós, seja para crescermos ou para sermos mais felizes. E acredito também que suas presenças me tornam uma pessoa mais feliz. Há aquelas que nos ensinam com seus erros, outras nos realizam com seus acertos, algumas nos inquietam com suas dúvidas e outras nos estimulam com suas certezas. Mas nada é tão certo como a certeza de que nada é em vão. Se é assim, se alguém entrou em nossa estrada, é porque deveria ser assim. As pessoas são, talvez, como o nosso destino: feito sob medida.

"E quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho

E te mudou a direção

E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar..."

Metal Contra As Nuvens

"Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora.
Apenas começamos."
Legião Urbana

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vendo Desânimo


É, tem dias que tá tudo tão bem mas tããão bem... Que alguma coisa, uma das poucas coisas capazes de estragar tanta faceirice, acontece. E por uns minutos eu revejo os planos, os caminhos e me paro no meio da escada, sem muita certeza se quero subir ou descer. Por enquanto, quero mesmo é ficar parada. Deixa os prazos me afogarem, deixa meus pés pra cima, deixa meu humor detestável. Tô vendendo meu desânimo e pra quem não quiser pagar por ele, eu dou. Porque tem demais aqui e chega até a incomodar essa falta toda de motivação. Parei no meio do caminho, parei na contramão.

Em alguns momentos, voltarei com a animação habitual. Assim espero.

Estranha Paz


"Troquei você da minha estante pro álbum de fotografias e apaguei qualquer sinal da tua geografia. Sobrou o espaço que você deixou na minha vida. O tempo vai se encarregar de fechar essa ferida. Estranha paz invade as horas do viver, traz o bem que se quer pra esquecer. Depois que você se foi sobraram cacos pelo chão. Eu junto forças pra juntar os restos do meu coração. Ficou mais claro pra entender coisas que nunca serei dono. Esse silêncio é especial, mas enche os dias de abandono. A paciência vai trazer as chaves da prisão. De posse desse céu azul. Assinarei o teu perdão."
Alemão Ronaldo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tudo Certo


Eu adoro essa sensação, de que tá 'tudo certo'.

Por mais que algumas coisas sempre estejam fora do lugar e que nunca deixe de haver coisas a serem reparadas e aprimoradas, eu adoro sentir que as coisas estão certas. Que o caminho é o certo, que a decisão seja a acertada, talvez pela primeira vez na vida em algum sentido. Adoro me sentir caminhando na direção correta, e não somente deixando que a maré me leve com a sua correnteza. Eu gosto de ter claro dentro de mim que o caminho é bom e, principalmente, que a decisão de trilhá-lo foi minha. Eu gosto de me sentir segura, de hoje deitar a cabeça no travesseiro e pensar 'ainda bem, deu tudo certo'. Por mais que sempre haja complicações a resolver, caminhos para decidir e coisas a organizar, eu gosto de saber que no final vai estar tudo bem. Porque eu escolhi o meu caminho, e é exatamente aqui onde eu gostaria de estar.


E hoje eu vou dormir com essa certeza... Eu sei onde estou e muito bem aonde desejo chegar. Ainda bem.

O que é felicidade?


O que é felicidade pra você?


Se essa pergunta nunca passou pela sua cabeça, pelo menos assistiu alguma propaganda de margarina em que ela estava lá. Eles mostram que é através das pequenas coisas diárias que nos tornamos mais felizes. Será que somos tão apegados ao material? Tão agarrados nos nossos instintos para sermos felizes? Creio que sim. Mas será que é o suficiente?

Bem, se precisamos do doce para afastar o sabor amargo que a vida pode nos trazer ou se precisamos sentir o Sol esquentar nossos rostos para descongelar o coração ferido e há tanto adormecido. Se precisamos de um banho de mar para afastar o mal que nos corrói e a mágoa que machuca e a aperta o peito quando pensamos em alguém. Se precisamos de uma corrida desenfreada para liberar um pouco da adrenalina que está escondida naqules momentos que o coração bate forte e você não consegue raciocinar muito bem. Se precisamos caminhar na madrugada, de volta para casa, depois de uma noite de discussões, desentendimentos e olhar para a Lua para esquecer um pouco dos problemas que caminham ao seu lado, sem você, ao menos, notar. Bem, se precisamos de tudo isso e muito mais para aguentar e aliviar as dores humanas, eu digo que isso não é felicidade. Isso é remédio para a tristeza e para a decepcção. Somos mais que isso.

Porém, se é preciso uma corrida para ter mais saúde e enfrentar os problemas com tranquilidade. Se cozinhar um doce no final do dia para a família e reuní-los para conversar e contar como foi o dia. Se deixamos o Sol bater no rosto para sentir o calor gostoso que faz tão bem e notarmos como pode mudar o nosso humor para melhor um simples raio de luz como um conselho inesperado de sua melhor amiga. Se precisamos caminhar de volta para casa depois de uma noite difícil para reorganizarmos os pensamentos e acharmos a solução adequada para o problema que nos está acompanhando momentaneamente e se você me disser que se precisamos da luz da Lua para relembrarmos aquele lindo momento em que o luar iluminou dois pares de olhos brilhantes que admiravam as constelações que eles mesmo criaram, eu digo, sim. Isso é a felicidade fantasiada. Ou melhor, subterfúgios, caminhos, desculpas para que comemoremos os sentimentos valiosos que nos enchem o peito de alegrias e paz . Eu diria, que são entradas ou acompanhamentos, mas nunca, o prato principal.

Tudo depende de como você encara a vida e as barreiras que ela nos impõe. Assumir a responsabilidade dos atos e lutar com dignidade e coragem para vencer seja o que for. Se a montanha está lá é porque você pode montá-la e, assim, ver o horizonte de cima, de um ângulo muito melhor do que o de lá debaixo. Portanto, veja a vida de cima. Seja mais do que sequer cogitou que poderia ser, porque você pode. Felicidade é descobrir isso. Acreditar que não há fronteiras nem linha de chegada. Somos eternos.