domingo, 8 de novembro de 2009

As curvas se acabam




Um brinde às pequenas revelações e comemorações de hoje. Um brinde a esse mundo que não pára de girar, às ondas incessantes desse mar que não param de chegar, às pessoas que mudam, às tranformações e às decisões que tomamos, todos as horas, por todos os dias de nossa existência.

Hoje um vento de mudança fez meu cabelo ficar um pouco bagunçado. Uma emoção só um pouco fora do padrão, do normal do resto dos meus dias molhou de leve meus olhos. Tirou minha calma, mas não minha paz, por uma meia hora. Fez eu saltitar até a cozinha e pegar o telefone. Gaguejando eu comemorei, rindo incessamente. O coração saltando pra fora do peito. Ansiosa, feliz, entusiasmado com a notícia. Ah! Esse louco rumo que damos aos caminhos que tomamos. Tudo de repente se encaixou e eu mais uma vez acreditei em destino.

Pode não significar grande coisa no futuro que se fará presente. Mas hoje, eu sonhei alto. E sonhei tanto que não queria acordar. Vou ter que dormir ou não, só pra ver o Sol nascer e parar de sonhar. Voltar à realidade. Porque talvez certas coisas não voltem no tempo. Certos momentos não se repitam. Ficaram gravados na nossa memória como belas lembranças e só. O tempo passa por nós, desfazendo laços e modificanto os sentimentos, as expectativas, a sintonia, enfim. E aí, tudo passou com ele.

Mas ficou guardado. Ontem e hoje. Amanhã, quem sabe.
Agora é tudo ou nada. Não é mesmo?


"Por favor me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo
Corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive
E vi pelo espelho na distância se perder
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar
As curvas se acabam
E na estrada de santos não vou mais passar!"


(RC)




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