sábado, 31 de outubro de 2009

Wouldn't It Be Nice?


"Wouldn't it be nice if we were older
Then we wouldn't have to wait so long
And wouldn't it be nice to live together
In the kind of world where we belong

You know it's gonna make it that much better
When we can say goodnight and stay together

Wouldn't it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through

Happy times together we've been spending
I wish that every kiss was never ending
Wouldn't it be nice?"

(Beach Boys)

Kid Abelha


"Saí de casa a procura de ilusões, de coincidências e confirmações.

Alguém com seu nome, alguma lembrança, alguma palavra, aquelas canções.

O mundo assim parece tão pequeno

E eu continuo tendo visões.
(...)

O mundo assim parece tão imenso

E eu continuo vivendo em vão.
Fora tanto que eu me perco, fora tudo mais que eu penso..."

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Todos Estão Surdos


"Desde o começo do mundo
Que o homem sonha com a paz
Ela está dentro dele mesmo
Ele tem a paz e não sabe
É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo

(...)

Tanta gente se esqueceu
Que o amor só traz o bem
Que a covardia é surda
E só ouve o que convém."


Roberto Carlos

Meu último reajuste


Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o!


Fernando Pessoa


Olhei essa mensagem hoje e meu coração bateu mais forte. Resolvi mudar, há um belo tempo na verdade eu resolvi mudar. Hoje colho muito do que plantei, das tantas mudanças interiores que sofri. Mas, ainda assim, há alguns detalhes na pintura que estragam o conjunto, que ferem a beleza da paisagem. Já não podia conviver com isso. Foi uma questão de respeito, honra. Eu nem tenho mais orgulho, o que me resta era o medo e a ansiedade. Agora eu permaneço, digamos que... aterrorizada. Porém, tenho fé que manterei a compustura e a paz vai falar por mim. Era preciso arrumar o que me incomodava profundamente. Mesmo disfarçando, há certos desabafos e desentendimentos que necessitam ser reajustados. Pra isso, são preciso palavras. Ah! Eu confio no poder que as palavras têm para trazer a harmonia em corações há tanto aflitos. Eu acredito na minha intenção de nos melhorar como pessos enfrentando nosssos medos. Desafiando o inacreditável, perdoando os erros, esquecendo as mágoas de corpo e alma. A profundeza de sentimentos que escondemos de nós mesmos é algo incrível, nosso interior é uma labirinto obscuro. Contudo, com tolerância e paciência, eu sairei melhor do que entrei. Muito melhor. E você, também, meu bem. Há muito mais para se comemorar do que você imagina. Nada de ruim pode nos unir. E se não houver nada realmente de puro e bom pra nos manter juntos, seja pelo laço que for, eu seguirei em paz, enfim. Perdoar me parece tão fácil nos dias de hoje. Sabe-se lá onde meu rancor foi parar. Acho que nem sei mais como é sentir isso. E sabe que faz um bem danado? Eu tô é rido a toa..
Cada um tem o dom de se libertar de seja o que for que faz doer o peito, que faz só incomodar. E sabe no fundo como fazê-lo. Basta ver com os olhos da consciência. A consciência é o poder que Deus nos deu para observarmos o nosso coração mais de perto e escolher o melhor caminho.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Altar Particular

É, eu gostei...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sozinho

"Às vezes, no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando
O antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?"

(Caetano Veloso)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Yellow





















"Look at the stars,
Look how they shine for you
and all the things you do.
Yes, they wer all yellow.


(...)


So then I took my turn,
Oh what a thing to have done,
And it was all Yellow


Your skin
Oh yeah, your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
You know I love you so,You know I love you so


(...)


For you I'd bleed myself dry."


(Yellow - Coldplay)




Para um amigo especial.

O que se leva da vida...


As vezes estamos tão ocupados esperando grandes sonhos se tornarem realidade que esquecemos de olhar ao nosso redor. Ficamos... Torcendo para que o grande amor de nossas vidas bata na porta sem precisar de um motivo qualquer, torcendo para que aqueles números sejam verdadeiramente os da sorte e nos deixem ricos da noite para o dia, torcendo para que aquele emprego dos sonhos nos encontre em alguma esquina da vida e, de preferência, que seja numa esquina próxima. Ficamos tão ocupados planejando o que faremos no dia em que formos 'felizes e completos' que esquecemos de vez que a felicidade e completude estão aqui, bem dentro de cada um de nós.

Perdemos a grande amizade que pedimos nos sonhos, porque esperávamos que ela caísse do céu, sorriso aberto e mão estendida, e não que ela estivesse sentada na classe ao lado e que precisasse ser cativada para que se tornasse a companheira que tanto queríamos. Perdemos um grande amor, porque ele não tinha os olhos azuis nem estava montado em um cavalo branco, então nem nos permitimos 'perder tempo' conhecendo aquele ali, que no fundo teria toda a compreensão e aquele amor desmedido que buscávamos. Perdemos a semana sonhando com os planos para o sábado à noite, perdemos o pôr-do-sol porque estamos muito ocupados para olhar pela janela e pararmos diante de tanta beleza por dez minutos. Perdemos tanto por acharmos que nada é suficientemente bom para nos desviar dos caminhos dos nossos planos. É aí que perdemos as coisas boas da vida.

O pôr-do-sol, um abraço demorado, um banho de chuva, entrar na praia sem ter problemas em molhar a roupa, uma risada desmedida, o sorriso de um amigo, uma brincadeira de criança, uma flor desabrochando, uma borboleta que pousa no pé, o sol batendo no rosto, a beira da praia tranquila no início da manhã, um sorvete olhando os pássaros, um andar de mãos apertadas, um beijo digno de cinema. Quando se vê, o destino nos tomou pelas mãos e nos leva diretamente para aquilo que desejamos, para aquilo que nos faz felizes. Quando paramos de planejar e apenas fazemos acontecer, quando paramos de pedir o mundo e começamos a agradecer por este mesmo mundo. Quando paramos de pedir por paz e a encontramos por nós mesmos, seja no sorriso de uma criança, no carinho de um abraço ou na beira da praia olhando o mar. "Uma vida só é perfeita, quando chega no final". Então, durante o caminho, paremos para olhar a beleza das flores. Afinal, o que se leva da vida é a vida que se leva.


"Leva na brincadeira
Não me leve a mal
Nem tudo é de primeira

Nem tudo é banal

Uma vida só é perfeita
Quando chega no final

Não segue uma receita

É uma história sem moral
Você leva a vida inteira
E a vida é curta e coisa e tal

Se você não aproveita a vida passa
E tchau

Leva a vida mais simples

Que a morte é sempre ingrata

Se acabar ficando quites

É a vida que te mata"

(Tulio Dek)


Dente do Juízo


Eu tenho me comportado. Sido uma boa menina. Arranjei alguém, me apaixonei, comecei a entregar os trabalhos na data em que realmente deveriam ser entregues, mato pouca aula, bebo pouco, não fumo (não que eu já tenha feito isso, mas em todo caso conta pontos continuar sem fazê-lo). Tenho sido legal com a minha irmã, varrido a casa, lavado minhas roupas, me inscrito pra consursos, preenchido fichas pra vagas de estágio. Pratico atividades físicas, escovo os dentes todos os dias, rezo pro Papai do Céu, encontro minhas amigas sempre que posso e digo que as amo. Leio mais livros, como menos gordura, durmo menos do que as doze horas habituais, mantenho as unhas limpas e bem aparadas. Deve ser por tudo isso que sinto uma dor imensa do lado esquerdo da boca... Deve ser o tal dente do juízo.

É verdade, ando realmente mais decidida. Mais firme, mais responsável. Deve ser o tal dente do juízo que me incomoda tanto para que eu faça essas coisas... Resolva minha vida, evite as burradas que fazia com tanta frequência, entregue os malditos fichamentos e até tente me dar bem com as pessoas que não me dou normalmente. Deve ser esse dente que me faz ver essas coisas e adquirir um pouco mais de consciência sobre as minhas atitudes. Deve ser esse dente que faz eu me ajeitar agora, ou será que ele tá nascendo porque já estou uma mocinha com juízo? Bem, isso eu não sei.

A dor tá chata pra caramba, deve ser o tal juízo vindo pra fora. Agora mesmo é que eu não deixo de falar palavrão, nem de me empanturrar de doces nem de colar nas provas. Porque, se eu deixar de fazer, a outra parte do juízo vem. E duplamente ajuizada é sinônimo de duplamente dolorida. E essa dor vezes dois, ah não, muito obrigada.
.
.
P.S.- a hipótese desse juízo todo também ser amor não é descartada. mas isso fica pra outro post.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Só um desejo.


Tantas pessoas desejam um companheiro ideal. Muitos se enquadram neste estereótipo imaginável, no rótulo do bom partido: bonito, que goste de jogar futebol, que toque violão, que surfe, que goste de dançar pagode, que goste das suas amigas, que se dê bem com a família, que saiba ser romântico, que seja inteligente, dois anos mais velhos, d preferência cursando uma faculdade que encaminhe um bom futuro, olhos claros, cabelo castanho, alto, forte (mas não muito), que goste de ler, diga coisas interessantes, seja simpático, atencioso, carinhoso e fácil de agradar. Puxa. Em um mundo que é difícil estar apto para ser amado, eu desejo algo ainda mais complicado e difícil de ser alcançado. É, rapazes. Eu só espero uma coisa. Eu só desejo que ele me entenda. E o resto, seria tão resto, que eu nem iria reparar. O que viesse com ele, eu iria ficar contente. O jeito que ele fosse, eu aceitaria. Saberia admirar suas qualidades. Melhoraríamos juntos seus defeitos. Mas nada vale o preço da sintonia: sensação única, incomparável, eterna.

Como poder explicar a sintonia? É a transmissão dos pensamentos, dos sentimentos, em uma mesma vibração. Praticamente mútua. Pertencer a um mesmo nível moral e espiritual. Reconhecer-se no outro. Admirar-se e saber reconhecer os erros. Afinidades infinitas que aspiram o bem, a paz, a harmonia e a cumplicidade. Percebe-se a sintonia nas profudezas do coração. Um bem estar que vem da alma, que avisa a nossa consciência do quão prazeroso é estar ao lado da pessoa. Não há nada de racional, nem uma receita pronta com adjetivos e qualidades. Trata-se, simplesmente, da emissão de uma energia a qual nos faz sentir a vida mover o mundo. Nos sentimos agradecidos por compartilhar dessa sensação inexplicável. Por haver céus bem aqui, diante de nós. Por haver, sim, o paraíso e ele se encontrar na Terra.

Sem Sentido

Tem coisas que, por mais que eu tente, não entram na minha cabecinha. Uma dessas coisas que eu tento e não entendo é como eu consigo me enganar tanto com algumas pessoas... Eu penso 'como fulano mudou tanto', mas será que ele realmente mudou? Ou fui eu quem não quis ver como ele realmente era?
Se ele mudou, fico até contente. Porque se ele sempre foi assim, eu não consigo mesmo entender como me enganou tão facilmente. Eu que me acho tão esperta, tão vivida, tão imune. Eu mesma, que sempre me engano. E o 'ele' não é um alguém específico e sim todos os eles e elas que passaram pela minha vida e que me fizeram tirar conclusões tão erradas.
Mas com um ele específico, não me passa na garganta. Com aquele, nananinanão. Todo mundo diz que sempre foi assim. Eu sinto que não, mas começo a acreditar que nunca mudou aquele jeitinho desprezível. Aí eu lembro de coisas e penso que ou era um excelente ator, ou aconteceu de verdade, ou eu sou mais cega do que eu já supunha.
E, sinceramente, não sei mais qual das opções que eu prefiro.
Andar tateando o mundo talvez não seja o melhor caminho.

No Meu Mundo



















"Se esse mundo fosse só meu, tudo nele era diferente!
Nada era o que é porque tudo era o que não é
E também tudo que é, por sua vez, não seria.
E o que não fosse, seria.
Não é?
No meu mundo você não diria: miau
Diria: Sim Dona Alice!
Ó, mas é verdade!
Você seria como nós Dinah
Os animais falariam.Ó, no meu mundo...
Meu gatinho ia ter um lindo castelinho
Ia andar todo bem vestidinho
Nesse mundo só meu.
Minhas flores
Quanta coisa eu não diria as flores
Contaria histórias para as flores
Se eu vivesse nesse mundo só meu.
Passarinhos
Como vão vocês, meus passarinhos?!
Vocês iam ter milhões de ninhos
Nesse meu mundo só meu.
Poderia num regado a rir pode cantar uma canção sem fim
Quem me dera que ele fosse assim
Maravilhosamente só pra mim!"
Alice no País das Maravilhas

domingo, 25 de outubro de 2009

Ao contrário, o caminho está cheio de flores.



Será que só sentimos amor uma vez na vida? Eu acredito que sim, infelizmente ou felizmente. Infelizmente porque se amassemos com todas as nossas forças mais de uma pessoa, teríamos mais chances de acertarmos, porque infelizmente às vezes não sabemos amar, não sabemos lidar com tudo que sentimos. Para amar alguém e o caminho ser de luz, é preciso clareza, lucidez, ponderação, respeito. Nós erramos quando confundimos o amor com a paixão. É claro que se a paixão souber ser ponderada, ela pode nos motivar a ótimos feitos. As maiores conquistas da humanidade foram motivadas pela paixão que as pessoas sentiam, seja pelas respectivas causas, seja por outros motivos. O problema é que quando sentimos paixão, não sabemos racionalizar as coisas, diferenciar o certo do errado. Já vi acontecer de pessoas se acharem donas uma das outras, desejarem um outro ser no lugar do companheiro e por aí vai as demonstrações de vaidade, orgulho, possessividade, autoritarismo. E no fundo, elas não são felizes, porque só o amor incondicional aquece a alma.
Partindo por um outro ponto de vista, considero amar somente uma pessoa, plenamente, algo bom, porque não poderíamos confundir os sentimentos, visto que com aquela pessoa nos sentimos completamente diferente em relação a todas as outras. A alma e o coração ficam leves. E naquele momento sabemos que tudo que passamos antes foi para que chegássemos ali mais maduros, certos para o momento da entrega, da cumplicidade, da melhora conjunta. Entendemos que todo o sofrimento foi necessário para amadurecermos, sem os cafagestes, os idiotas, os mentirosos, os dissimulados, os egoístas, os possessivos, e até os que não foram correspondidos. Com certeza, não foi amor. Não foram amores. Nós temos milhares de jeitos de sentir afeição pelas pessoas. E pelo fato de querermos um grande amor, acabamos colocando toda a nossa energia na pessoa "errada", fantasiamos a fim de que ela seja nosso par perfeito.
Mas, se não fossem tantas apostas erradas, eu, realmente, não teria aprendido tanto. Ah! Tanto. E se ainda resta algum sentimento de afeição pelos que passaram, deixe estar. Deixe eles ocuparem o peito, sei que não atrapalham mais do que deveriam. Estou bem com tudo que sinto. Sei que não há nada ruim que me impeça de conhecer alguém especial. Ao contrário. Caminho pelo jardim da vida colhendo as flores mais belas. Quanto aos seus espinhos, não me atrapalham para sempre, é só ter cautela. Depois da primeira espetada, aprendemos a segurar as próximas da maneira certa para não nos machucarmos e podermos apreciar o perfume que exalam.

Espelhinho


Somos espelhos, nada mais do que simples espelhos. Nossas atitudes refletem nossos sentimentos, nossos medos e anseios. Se tratamos alguém mal, é provável que isso seja o reflexo de um medo, de uma angústia que escondemos em nós. Somos mestres em esconder as coisas de nós mesmos. Brincamos de pique-esconde com nossos sentimentos, e acabamos chutando as emoções alheias para o ralo, quando elas incomodam nossas convicções claramente não tão convictas assim. Não temos receio em magoar alguém para defender nossas certezas incertas, aquelas coisas que tentamos nos convencer a todo custo.


Tratamos os outros como tratamos a nós mesmos, e muitas vezes isso não significa necessariamente que é com o maior carinho do mundo. E deve ser por isso que vejo tanta gente estúpida nesse mundo. Gente que não abre um sorriso, que não mede as palavras ou que age sem pensar nas consequências. E, como a Liana diz, temos que nos contentar com isso, pois é o melhor que podem nos oferecer no momento. E é verdade... quem não consegue se permitir abandonar o orgulho, admitir uma dor ou abrir simplesmente um sorriso, pode no máximo nos dar alguma grosseria pelo caminho. Quando estamos mais felizes, mais satisfeitos, mais tranquilos, mesmo diante da maior ofensa não sentimos a necessidade de revidar, de magoar de volta.


Seria bom olharmos para dentro com honestidade. Olharmos no espelho e não ver apenas o exterior, e sim aquilo que nos angustia e desespera, assim como aquelas coisas que satisfazem e orgulham. Para quando estivermos tranquilos, que o seja de verdade e não uma semente falsa plantada fora de época. Para que deixemos de abandonar nossos sentimentos mais perturbadores numa esquina qualquer do peito, e sim trazê-los a tona, enfrentá-los sem medo e com toda a coragem, para que sejam exorcizados e não simplesmente esquecidos. Para que finalmente tenhamos paz e a felicidade de verdade, vamos precisar de espelhos.


E você, tem espelho em casa?


Walk Alone


Eu ainda tenho dificuldades para andar sozinha, como um bebê. Venho dando meus primeiros passos, mas não importa para o que seja, ou aonde quer que eu vá, preciso de alguém caminhando comigo. Não me sinto segura para seguir sozinha, tenho que sentir aquela mão segurando a minha, o sentimento de proteção, de amparo, de carinho.

Eu continuo imatura, como um bebê. Faço manha, uma criança, quase uma retardada. Não atiro as coisas no chão nem abro o berreiro, por mais que muitas vezes não falte a vontade. Continuo insegura, como um bebê. Necessito de colo, afago e uma canção gostosa pra dormir.

E se for pra caminhar sozinha, agora eu juro que sento. Como um bebê.
Ou melhor, eu empaco. Como uma mula.
E que depois alguém se vire pra aguentar meus cinquenta-e-quase-todos-quilos no colo.
humpf

sábado, 24 de outubro de 2009

Por Você...


...Não dançaria tango somente no teto, mas também dançaria em qualquer lugar... seja tango, pagode ou lambada. Não limparia somente os trilhos do metrô, mas também os do trem, o trilho de mesa e manteria limpos os trilhos das nossas vidas. Iria a pé do Rio a Salvador, de Rio Grande a Pelotas, do Oiapoque ao Chuí.

Nunca aceitaria a vida como ela é, e sim viveria lutando para melhorá-la sempre ao teu lado. Viajaria a prazo pro inferno, pra Paris, pra qualquer lugar. Tomaria banho gelado no inverno, banho de chuva no verão, banho junto todos os dias. Eu deixaria de beber, deixaria de comer gordura porque teu colesterol é alto, deixaria até de viver. Eu ficaria rico num mês, ou me mataria estudando e trabalhando pra poder viver a vida compartilhando cada fim de dia ao teu lado numa cama confortável, e te mimar e encher de surpresas. Eu dormiria de meias, dormiria de pijama, dormiria sem nada... mas, de qualquer jeito, dormiria ao teu lado.

Não só conseguiria ficar alegre, mas viveria rindo sem motivo aparente, sempre com o coração em festa. Pintaria o céu de vermelho, de verde como o reflexo dos teus olhos, ou de arco-íris, multicolorido como a minha felicidade. Eu teria mais herdeiros que um coelho, ou teria os quatro que tu sempre desejou, que por sorte ou acaso ou destino, são os mesmos quatro com que eu sempre sonhei.

Eu não mudaria meu nome porque com nenhum outro eu poderia ganhar de ti um apelido tão especial quanto o que me deu, mas mudaria minha desconfiança, meu jeito briguento, minha desorganização e minhas meias encardidas, que contrastam tanto com as tuas branquinhas. Eu não viveria em greve de fome, mas abdicaria um pouco dos meus doces de tanto que te preocupa a quantidade de guloseima que eu como, e também pra entrar naquele biquini que eu sei que tu adora. Desejaria todo dia a mesma companhia, o mesmo abraço, o mesmo beijo, o mesmo aconchego, o mesmo homem.



"Por você, por você..."
.
.
.
P.S.- eu só tenho a te agradecer por tudo. tu me fez enxergar a vida com outros olhos, e ver que o amor que eu tanto sonhei pode existir de verdade. obrigada, meu amor.



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

She Moves In Her Own Way


"But you don't pull my strings
Cause I'm a better man
Moving on to better things


Uh oh oh I love her because
She moves in her own way..."
*
(The Kooks)

Anti Ontem


Seria ótimo se houvesse um remédio que nos fizesse esquecer daquele passado que não queremos lembrar. Poderia ser cápsula, xarope ou vacina e muita gente, apesar do medo de agulha, faria fila para ter o alívio imediato do esquecimento. Esquecer que naquela casa mora aquele fulano, que usa aquele perfume, que fala daquele jeito, que tem aquele sinal, que gosta daquela série, que canta aquela música, que me deu um pé na bunda. Esquecer daquela decepção, daquela saudade que corrói o peito e daquelas pessoas que não merecem o pensamento.

Pensando bem, o tal remedinho existe, e está na palma das mãos de cada um. É o tempo. Ele faz fechar as feridas e torna aquela saudade que sufocava, apenas um barulhinho quase imperceptível ao coração. Faz o coração reviver, o corpo rejuvenescer, o sorriso reaparecer. Basta deixar que o tempo aja, que faça a sua parte, mas sem deixar de tocar a vida. Porque ele só faz efeitos naqueles que realmente desejam que ele funcione. Depende apenas da vontade de mudar, de não se contentar mais com aquela tristeza ou com aquela dor, de querer mudar de verdade. Depende somente de abrir a mão e ver que ele, o Anti Ontem, já está lá: bem na palma da sua mão.



P.S.- Afinal, já dizia o Roberto Carlos... "O tempo que transforma todo amor em quase nada"

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Cuidado com o que desejar

Cuidado com o que você deseja.
Essa frase, de repente, apareceu na minha cabeça. Se dependesse dos meus desejos, eu não estaria satisfeita hoje. Desejos são instantâneos, momentâneos e, realmente, não sabemos escolher quando pedimos. Pensamos somente naquele fase de nossa vida, de um aspecto superficial. Se dependesse do meu desejo de quando tinha dez anos, já estaria casada com dezenove anos. Quando tinha doze, queria ser magra que nem a Gisele. Hoje, não gostaria. E aos quinze queria ter a comissão traseira da Beyoncé, já pensou que proporcional comigo? Já desejei tanto ser loira. Tanto ser atriz. Ser pilota de avião. Ser advogada. Ser famosa. Ser Che Guevara. Ser rica. Partir pra África ajudar os famintos e doentes. Lutar contra o capitalismo. Já sonhei ir no senado e jogar tomate neles. Já desejei que certas pessoas fossem atropeladas por caminhões. Já desejei morrer junto de uma pessoa querida que se foi. Já desejei viver pra sempre. Já desejei muito ser um vampiro. Já desejei ter coragem pra queimar as roupas de um ex na frente da casa dele. Já desejei ter força pra bater em muita gente. Já desejei mais calma. Já desejei mais amor.
Já desejei muitas coisas, boas e ruins. Me envergonho de algumas, outras, simplesmente passaram com meu amadurecimento,. Certas, com minha fase, ou com meus valores que mudaram ou com a moda que ficou pra década passada. Enfim, o que eu queria mesmo, lutei pra conseguir. É dessa forma que analisamos a força de um desejo. Um sonho que vem da alma, do coração. E sonhos assim nunca morrem. Mesmo depois que conseguimos, eles ficam guardados, como troféus nas prateleiras da nossa memória. O que queremos de verdade, buscamos todos os dias, são mais difíceis de se conseguir, porém, não impossíveis. Eu não acredito em cenários invencíveis. Todos temos a chance de mudar o nosso destino modificando as nossas atitudes.
Os desejos que mais valem a pena lutarmos são aqueles que não envelhecem, não diminuem a sua intensidade com o passar dos anos. E mesmo que um gênio da lâmpada viesse e nos desse a oportunidade de pedirmos, não iríamos fazê-lo. Sabem por quê? Por que não é exatamente a conquista de um sonho que nos faz felizes, mas relembrarmos o quanto fomos tenazes, verdadeiros com nossas metas, fortes, disciplinados, curiosos, utópicos reais. É se não fosse o caminho que percorremos até chegarmos ao sonho, não teríamos nenhum sentido em estarmos vivos, aqui e agora, na Terra. Nossos dias seriam menos felizes. Viveríamos com menos entusiasmo, com menos prazer, com menos alegrias. Seríamos menos. Não teríamos ideiais, por isso não buscariamos nos aprimorar, melhorar para chegarmos aos nossos objetivos. Seríamos nada. Se o mel é o que faz da abelha especial, o sonho é o que nos faz únicos e inseparáveis. Sim, unidos pela paz, pelo amor, pela melhora que sempre buscamos para, assim, realizarmos nossos sonhos, e não, nossos desejos.

Pré-Verão

Hoje inventei de colocar o biquini do ano passado para ver se ele ainda serve para esse ano, e quando me olhei no espelho levei até um susto: como eu engordei! Não, eu ainda não tenho cem quilos, mas comparado ao que eu era, meu deus, eu tô quase a baleia azul. Pela primeira vez minha barriga resolveu colocar representação frente ao espelho, ela que nunca tinha se manifestado pra nada. Ainda por cima eu tô branca, mas tão branca que minha barriga parece um mapa rodoviário. Acho que tá na hora de fechar a boca e voltar pras corridas que eu abandonei já faz um mês, porque a crise pré-verão já me atacou. E pra você, se ela ainda não veio, se inscreva na academia e beba bastante água e evite os doces. É só um aviso, pra que o espanto não seja tão grande como foi o meu hoje.
O texto é curto, porque to saindo pra correr. E pelo visto não volto enquanto não devolver a minha barriga pro lugar de onde ela nunca deveria ter saído.

Amanhã é 23

"Amanhã é vinte e três
São oito dias para o fim do mês
Faz tanto tempo que eu não te vejo
Queria o teu beijo outra vez..."

(Kid Abelha)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Never Gonna Give You Up!

"Never gonna give you up
Never gonna let you down
Never gonna run around and desert you
Never gonna make you cry
Never gonna say goodbye
Never gonna tell a lie and hurt you!"
(Rick Astley)
.
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Adoro essa música, ainda mais pela lembrança engraçada de um ex que a dançou e cantou pra mim, com o vídeo no fundo. Começou a tocar aqui e decidi postar. Apesar dele ter 'give up', 'let me down', 'run around', 'desert me', 'make me cry', 'say goodbye', 'tell a lie' e 'hurt me', a memória da cena me rendeu ao menos umas boas risadas agora. Espero que ele continue rebolando feliz lá no submundo dos ex-namorados. E só por lá mesmo.

DezenovO!


Dezenove, novinhos em folha. É, parece que não odeio mais dias de aniversário. E isso se deu graças a um dia muito especial para comemorar meus dezenove anos na Terra. Eu nem resolvi ver as coisas de outra forma, meu coração falou mais alto. Esse ano prometi pra mim mesma que ia ser melhor, que ia aprimorar tudo aquilo que eu não gostava em mim e fazer o bem. Acredito que isso só tenda a tomar dimensões maiores com o passar do tempo, de acordo com meu interesse, minha disposição e as possibilidades. Então, nesse aniversário, deixei a emoção tomar conta do dia, da alma, do sorriso bobo. Deixei de lado as preocupações, o mau humor, o "ficar mais velha" e, no lugar de pessimismo, agradeci com o coração todos aqueles que me desejaram todas as coisas boas que existem no mundo. Ouvi atentamente aqueles que tinham aqueles elogios maravilhosos ao meu respeito, os quais eu nem sabia que poderia ter, mesmo que desejasse muito. Senti um calor brando no peito por demonstrarem tanto afeto por mim através de palavras sinceras, lindos presentes, abraços apertados, ollhares de admiração. Fiquei tão radiante que não conseguiria explicar, por mais que tentasse, não há palavras. Me senti privilegiada por ter tantos amigos que me estimam, entusiasmada por estar viva e descobrir o valor das lindas amizades que venho construindo, umas tão antigas, e outras tão recentes, mas de muito valor. Não me senti mais uma, nem A uma, me senti, apenas, eu. E descobri, enfim, o quanto isso pode ser maravilhoso.


Percebi que o aniversário é como se fosse um reveillon particular. Uma hora em que você pára, dá um stop na rotina cansativa, a fim de refletir no que conquistou, na pessoa que se tornou, quais sonhos têm para alcançar e quais caminhos irá percorrer. Até os vinte. Não que a trajetória não possa ter atalhos, ou rotas alternativas, mas os planos, começam agora. Ainda há muito o que fazer, e a parte boa é pensar com coração orgulhoso do que já é nosso, do que já faz parte da nossa vida, da nossa personalidade, das nossas mudanças internas. Aniversário não é simplesmente mais um ano, mais uma data. É o dia em que nos sentimos amados, queridos, desejados pela companhia. Pelo menos, eu me senti assim, pela primeira vez, aos dezenove. Não que não fosse amada antes, mas nunca enxerguei o meu dia assim. Me trancava no pensamento negativo em que percorria minha mente o fato de estar envelhecendo, menos tempo, menos vida. Ora, que besteira, não? Na verdade, não estava satisfeita com o que vinha fazendo da minha vida e sentia que no dia do meu aniversário isso me pesava. A minha consciência batia aqui dentro, dizendo, "você sabe que podia fazer melhor do que isso". É claro que há sempre o que melhorar, e é bom que haja para continuarmos na batalha por dias melhores, mas estar se sentindo orgulhoso, engrandecido pelo sentimento nobre de sentir que faz diferença na vida dos outros, é subir aos céus e voltar. Sentir-se útil e amado dá um calor na alma, um sorriso de orelha a orelha e um olhar leve. Minha alma, dessa forma, está se sentindo.
Espero no ano que vem encontrar todo esse conforto, essa satisfação, esse carinho imenso que senti ontem. Que Deus continue me abençoando com tantos presentes que a vida vem me dando, que eu me sinta honrada por estar aqui e que sinta fazer ainda mais a diferença na vida dos que convivo e até mesmo dos que não conheço.
Desejo para mim e para todos força para que continuemos na luta dos sentimentos, da melhora, da evolução. Perseverança para não desistir com as falhas, com as batalhas perdidas, com as decepções que inundam nossos coraçãos de lágrimas e parecem ser infinitas, porque elas passam e devemos aprender com nossos erros, com os erros dos outros, vamos consertando o que ainda não está consolidado e modificando nossas atitudes, até que tudo esteja em equilíbrio. Dignidade para nos sentirmos honrados, orgulhosos e tranqüilos com nosso prórpio valor diante dos outros. Amor para esquentar a alma e trazer felicidade plena e irredutível. Paz para tomar as decisões certas. Saúde para viver. Confiança pra saber distinguir o certo do errado, descobrir as verdades que nos rodeiam e sabe deixar que o que não podemos mudar, é melhor deixar nas mãos das leis Divinas. A vida é perfeita e nunca erra em como fazer para que aprendamos.
No dia 20 do 10 de 2010 eu farei 20 anos. Que não só a data seja bela, mas que minha vida assim me pareça também. Vou fazer de tudo para que assim seja. Já que descobri ontem que passar aniversário de mau humor dá um aperto no peito, uma renegação às leis que nos regem, uma rebeldia sem sentido. Tudo é do jeito que deveria ser, a natureza é sábia. Se irritar com isso e querer mudar é não entender o que ela tem a nos ensinar. É desrespeitar Deus, no lugar de agradecê-lo por mais um ano de realizações, de confraternizações, de alegrias, recomeços e muito aprendizado. Na época eu era muito egoísta para entender isso. Viva são, viva pleno, viva acima.
Dezenove! Lá vou eu!

"Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear. Eu vejo a vida mais clara e farta, repleta de toda satisfação que se tem direito do firmamento ao chão. Eu quero crer no amor numa boa que isso valha pra qualquer pessoa que realizar a força que tem uma paixão. Eu vejo um novo começo de era. De gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não. Hoje o tempo voa, amor, escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir, não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos permitir."

Esperando na Janela


"Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida
É o meu abrir de olhos do amanhecer
Verdade que me leva a viver
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor!"

(Cogumelo Plutão)

Cansa

Escrever sobre os próprios sentimentos cansa. Cansa sentir também. Já escrevi sobre amor, dor, saudade, perda, fim, recomeço, amizade, felicidade, sintonia, etc etc etc. E sinto que cada vez menos tenho sobre o que escrever. Vai ver meu coração venha batendo tranquilo demais. Vai ver meu coração tá anestesiado e precise de uma carga realmente forte pra que volte a sentir muita coisa. Ou talvez eu esteja verdadeiramente feliz, e eu sei muito bem que ler gente feliz demais cansa. E muito. Quando eu sentia dor, eu escrevia demais. Precisava colocar minha mágoa pra fora, minha tristeza, toda a frustração que eu sentia. Agora já descarreguei o caminhão em qualquer depósito por aí, e vai ver essa inércia toda seja cansaço.
Se tornar leve cansa, mas ser pesado cansava muito mais.
Ser feliz cansa, mas é aquele cansaço gratificante do fim da maratona.
Mas o que me cansa, de verdade, é ver essa gente que não cansa de ser infeliz.
Isso sim, acaba com a minha beleza.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lianinha...


O que te desejar hoje, nesse dia tão especial? Acho que vou começar te desejando a mesma coisa que desejei no primeiro abraço que recebeste no ano, que foi calma. Te desejo toda calma para que aproveites todas as coisas boas que o mundo tem a te oferecer; desejo muitos sorrisos e muita felicidade, e só não desejo que tenhas o mundo inteiro aos teus pés porque com um simples sorriso teu, és capaz de derrubar muralhas e construir pontes indestrutíveis, e então essa parte tu consegues sozinha. O que te dizer, minha amiga... Completamos meia década celebrando aniversários juntas, e nossa amizade cresce mais a cada dia. Nosso amor não é desse mundo!

Já comemoramos quinze anos, com festa e tudo mais; comemoramos aniversários surpresas; aniversários separados por um Atlântico inteiro separando nosso abraço, e felizmente hoje eu posso estar do teu lado para dizer o quanto te amo e só te quero bem! Nem um oceano inteiro foi capaz de diminuir o nosso carinho, nossa amizade, nossa cumplicidade. Só tenho que agradecer à Deus por ter te colocado no meu caminho, e quero que saibas que eu nunca vou te deixar ir embora. Somos irmãs do coração, e nada é capaz de ao menos suavizar a imensa admiração e gratidão que tenho por te ter ao meu lado. Por tudo que tu és, e por me fazer a cada dia uma pessoa melhor, eu te amo. E nada melhor do que o dia do teu aniversário para te lembrar as coisas que eu digo sempre que posso: não importa quais vão ser as tuas escolhas, qual o caminho que decidirás para a tua vida ou quais as chances que vais agarrar, eu sempre vou estar aqui, na primeira fila do teu espetáculo, te soprando a fala quando esqueceres e aplaudindo as muitas lindas cenas que eu ainda vou vivenciar.

Eu não sou muito boa para te desejar todas essas coisas, as mesmas que eu te desejo sempre. Que sejas sempre cheia dessa tua força e alegria, tua inteligência e capacidade sem fim! Estarei sempre do teu lado, te defendendo e ajudando a lutar pela tua felicidade. Agora me passa um filme na cabeça... São tantas noites, dias, festas, cartas, ligações, e-mails distantes, preocupações, noites mal-dormidas, mousses de maracujá, pores-do-sol no cais, livros emprestados, músicas descobertas... São textos, emoções, sorrisos, lágrimas, caipirinhas e bolachinhas divididas. São dias de sol, madrugadas vagando pela rua, noites de praia, reveillon com champagne, segredos, esperas, dúvidas, anseios. É coisa demais para tentar colocar em um único texto, é coisa demais para que muita gente possa entender que o que a gente tem não é dessa vida. Estou feliz se nunca encontrar um amor pra vida inteira, afinal, minha alma gêmea é tu! Obrigada por tudo. Minha amiga, irmã, companheira, conselheira, anjo, confidente. Tu és e sempre serás a melhor parte do meu dia, o sol que rege e ilumina minha vida. TE AMO DEMAIS!


Parabéns, minha amiga!


"Amigo é o irmão que a gente escolhe."

sábado, 17 de outubro de 2009

Burrice Universal



Somos mulheres poderosas, lindas, maravilhosas, de salto alto, com curso superior concluído ou em andamento, temos opinião sobre política e futebol, falamos mais de um idioma, somos viajadas, cultas, modernas, bem resolvidas e independentes. Queimamos os sutiãs, conquistamos o anticoncepcional, a liberdade sexual, o sucesso profissional, cargos de confiança, administramos casas e empresas com maestria e beleza, sem nunca faltar o perfume. O único problema feminino que ainda não foi solucionado, e que anda acorrentado às nossas almas cheirosas e bonitas é o que eu chamo de burrice universal: os homens.

Não importa o quão evoluídas estejamos para todos os outros milhares de aspectos de nossas vidas, quando o assunto é homem nós somos tão ou mais burras que nossas ancestrais pré-históricas. Apesar de conhecermos todos os jogos e canalhices da classe masculina e, muitas vezes estarmos vacinadas contra esse tipo de coisa, sempre aparece algum que nos faz emburrecer completamente. Isso é fato: toda mulher, por mais inteligente que seja para tudo e todos, é ou já foi uma anta em relação a algum homem.

Vejo mulheres lindas se submetendo a coisas inimagináveis. Mulheres inteligentes, interessantes e cobiçadas rastejando por algum imbecil que teve a sorte de despertar o amor da pobre criatura. Olho para trás e vejo a mim mesma como uma completa idiota, traída e trouxa. Ele era feio, era burro e não gostava de banho. E eu babava por ele. Ele me traía, eu chorava, ele ligava e em três dias nós voltávamos. A via crucis foi quase interminável, um suplício para as minhas amigas que acompanharam todas as vezes em que eu prometi que 'pra ele eu não volto mais'. Mas uma hora isso acabou, e vai ver foi nesse momento em que me amei pela primeira vez.

Continuamos sendo violentadas, abusadas e desrespeitadas. Não nos arrastam mais pelos cabelos, mas o fazem pelo coração. E o fazem porque, infelizmente, nós permitimos que isso aconteça. A partir do momento que eu me olhei no espelho e vi que eu não só poderia arrumar alguém muito melhor como eu também merecia alguém que me valorizasse e me amasse, o sofrimento terminou. Não foi por mais uma traição que eu decidi que aquele sentimento deveria morrer, e sim porque aprendi na marra a respeitar a mim mesma. Os outros só fazem a nós aquilo que permitimos. Quem sabe no nosso caminho evolutivo tenhamos faltado muito às aulas sobre o amor próprio. E o caminho certamente é longo, mas o primeiro passo precisa ser dado. A caminhada universal contra essa burrice sem fim.




Amém!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vida leva eu!

Cicatriz


Tenho orgulho das marcas que o tempo fez. Orgulho do meu coração que, mesmo já tendo se demanchado em mil partes, ainda bate. Orgulho dos meus remendos, das cicatrizes e mesmo das feridas que ainda estão abertas. Orgulho de todas os sinais de que a felicidade passou por aqui. Se eu tenho cicatrizes nos joelhos, é porque a bicicleta era boa demais para que fosse pilotada a uma velocidade 'segura'. Se tenho cicatrizes nas mãos, é porque o prazer de segurar aquilo que cortava ou queimava era maior que a dor do ferimento. E com o coração não seria diferrente... se há alguma marca, é porque o sentimento valeu realmente a pena.

Os joelhos têm marcas, mas as pernas andam. As mãos têm marcas, mas ainda agarram. O coração tem marcas, e ama a cada dia mais. Só aquilo que é verdadeiro é capaz de deixar alguma marca, por isso me orgulho muito de cada ferida curada ou ainda exposta que o meu corpo traga. São os tombos, arranhões, tropeços e decepções que fizeram de mim quem eu sou hoje. O meu ferimento é um espelho de uma parte de mim, de uma vontade, de uma experiência, de algo que eu desejei e fiz.

O meu ferimento é, definitivamente, o meu orgulho.



"O amor faz o tempo passar. O tempo faz o amor passar."

Mamãe Coragem

"Eu tenho um beijo preso na garganta
Eu tenho um jeito de quem não se espanta

(Braço de ouro vale 10 milhões)
Eu tenho corações fora peito
Mamãe, não chore
Não tem jeito
(...)
Eu por aqui vou indo muito bem
De vez em quando brinco Carnaval
E vou vivendo assim: felicidade

Na cidade que eu plantei pra mim
E que não tem mais fim
Não tem mais fim
Não tem mais fim..."


(Paula Toller)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu Vou Dizer...


Hoje ele me disse, de novo, como ele é sem graça. Que não tem nada de especial. E hoje eu vou dizer pra ele que eu não quero um cara todo tatuado, ou que fale cinco línguas, ou que já tenha tido todas as experiências possíveis e impossíveis. Não quero alguém que salte de pára-quedas, nem alguém que conheça vinte e cinco países do mundo, nem um que esteja concluindo a faculdade e já tenha a certeza de um futuro brilhante. Não quero um rico, nem o mais bonito e forte do país, nem um que dançe tango, pagode e lambada.

Eu vou dizer que eu só quero a ele, e o jeito que como ele segura forte a minha mão. Vou dizer que quero só as mensagens que eu recebo todos os dias quando acordo e as ligações preocupadas quando eu demoro a voltar pra casa. Vou falar pra ele que eu só quero aquele jeito que ele me aperta e morde a minha bochecha, que me abraça forte e me faz carinho. Quero a ele, que foi o único que consquistou a minha prima, que chora junto comigo no cinema e que me enche de surpresas e chocolates e patetas lindos. E que quero apenas a ele, sem terno nem gravata nem curso de violão. Quero aquele jeito de tocar a nossa música e eu só quero estar do lado, cantando baixinho.

Vou dizer, de uma vez por todas, que as coisas com que ele se preocupa tanto não me importam nada. Eu o escolhi, e nada mais importa na verdade. Eu quero só aquele jeito de me olhar e de não me largar um segundo, de ficar me prendendo e não me deixar ir embora, e daquele cafuné gostoso enquanto eu estou estudando. Vou dizer que eu me apaixonei, vou dizer que me encantei, e que ele esqueça de vez dessas bobagens. Ele é o meu guri, que me fascina e cada dia me surpreende mais, e é nele que eu penso o tempo todo.


Será que assim ele vai entender?
.
.
.
P.S.- espero que isso funcione pra acabar logo com essa coisa tua de insistir que tu és sem graça. tu tem a maior graça do mundo, que é a do coração sincero. ♥

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Bom, Ruim, Assim Assim


"Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bom sentir saudade,

Ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas da cidade

Pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você
*
Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não realizar
*
O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor não tem fim!

Bom é amar, ruim é amar... Bom é encarar a vida com fantasia.

Quando um poeta desaparece é bom colocar chapéu de Bogar que tudo pode solucionar

Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruim assim

E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim assim..."


(Pedro Bial)

A hora de mudar


- Você não deve se casar com ele sem amor. Ainda há um caminho longo a percorrer, Lara. Surpresas podem acotecer, alguém inesperado que a faça esquecer do passado.
- Se fosse fácil, a maioria das pessoas seriam felizes e não existiria livros de auto-ajuda, psicólogos, gente em depressão.
- Não se confunda, minha amiga. As pessoas têm que passar por provas, para melhorarem e esses meios as ajudam para que consigam ultrapassar as barreiras e evoluírem, como pessoas, como espíritos.
- Ah! Não me venha com esse papo de reencarnação, evolução, acho que isso é uma palhaçada, Marina. Não sei porquê acredita nessas coisas. Você é tão extravagante.
- Não é extravagância. Entendo que não acredite, mas pense nas coisas que lhe falo. Não precisa relacioná-las com o espiritismo, simplesmente reflita sobre o que venho lhe falando. Você é tão nova, tem tanto a conhecer. Por que se apegar a um rapaz que não ama? Por que está se castigando assim?
- Não estou me castigando. Ao contrário. Não vejo outra solução para mim. Já sofri tanto e ainda sofro por um amor impossível, não correspondido. É a única saída para me sentir amada. Maurício é um moço bonito, formado, de família rica. Pode me encher de felicidade. Vou fazer o que tiver ao meu alcance para fazê-lo feliz.
- Não se iluda. Você nunca será feliz se lhe faltar o básico: o amor. Não é o amor do outro que alimenta e sim o nosso. Como espera satifazê-lo nos seus sentimentos se você mesma não os possue? Uma pessoa amando, não basta. E vocês dois vão acabar sendo infelizes juntos. Tenho certeza que temos uma outra solução se refletirmos bastante para que você seja feliz. Um casamento é uma coisa muito séria. É uma união que a nossa sociedade considera até mesmo eterna, porque gastar um juramento tão intenso com alguém que não lhe enche o peito de emoção?
- Mas pode me encher de outras coisas. Companheirismo, orgulho, carinho.
-Nada bastará. Nada será suficiente. Você vai se arrepender, tenho certeza.
-O que me sugere então? Diga! Marina, você que vê sempre o lado bom das coisas. Você e seu otimismo, fala essas coisas porque nunca sofreu como eu. Nunca amou de verdade!
- Realmente, nunca amei, e acredito que você também não, querida.
- Como pode dizer isso? O que seria, então?
- Você tem sede de amar, de sentir um amor intenso, profundo. Uma paixão avassaladora, que a condene para sempre. É um problema das pessoas dramáticas, sofrem a mais. Você deseja amar! Mas amor não faz sofrer. O amor verdadeiro só traz conforto, paz, esperança. Só é feito de coisas boas. O que você sente por Ricardo não é amor e nunca foi. O amor nos dá alegria de viver, estusiasmo, prazer de estar aqui na Terra.
- Acho tudo isso tolice. Esse amor do qual você fala não existe. Só nas suas histórias.
- Lembre-se que a incapacidade de amar das pessoas não impede que o amor exista. É o jeito que as pessoas destorcem e modificam suas atitudes em nome do amor que as fazem sofrer. E acabam sentindo desespero, ilusão, sonhos que a vida vai destruir. O amor incondicional é a única fonte verdadeira de vida e chave para a felicidade suprema. E se não acreditar nele, realmente estará tão fechada que ele nunca acontecerá. Pro amor acontecer você precisa estar leve, livre, desempedida. Tem que ter o coração capaz de sentir o sentimento mais completo e divino que existe. Caso contrário, ele nunca escolherá o seu coração para fazer moradia.
- Pode ser, estou realmente fechada para novos amores. Me prendi a esse antigo e não consigo esquecê-lo. Até nos meus sonhos, ele me atormenta. Achei que casando com alguém que gostasse de mim, conseguria seguir com a minha vida, em paz.
- Você se sente só. O nome para o que você sente é solidão. Tem medo de continuar sozinha.
- É, pode ser.
- Se se casar com Maurício, esse estado não vai mudar.
- Como não? Ele estará todo o tempo comigo!
- A solidão é um sentimento que pertence a você, por isso somente você tem capacidade para modificá-lo.
- Como posso?
- O sentimento de solidão aparece sempre que você se abandona, abandona seus sonhos, seus ideiais, vai contra o que seu coração manda você fazer.
- O coração é estúpido, prefiro seguir a razão. Minha mãe sempre disse que pessoas que são racionais sofrem menos.
- Não, elas se iludem que sofrem menos mas tenho certeza que no fundo já negaram muitos sentimentos que sentiram e não tiverem coragem, força, ou por medo desistiram e escolheram o caminho da razão, muitas vezes o mais difícil. É preciso ser sábio para escutar o que o coração tem a nos dizer. Ele nunca erra. Nós é que somos poucos evoluídos para entendermos tudo que ele diz. Creia, Lara, a solidão é não ouvir o coração.
Chorando, ela abraçou a amiga, pedindo perdão por tudo que havia feito de grosserias.
- Sinto que estou desiquilibrada, Marina!
- Se acalme, tudo dará certo. Se até agora não deu, é hora de repensarmos. Entender os motivos para que se sinta assim. É pelos resultados que descobrimos se estamos agindo a favor da vida ou não. Você tem de ser verdadeira consigo mesma, natural. Não se sujeite a papéis sociais, ou não se submeta ao medo, ao desespero. Você precisa ser forte! A partir do momento em que for verdadeira com seu coração, tudo dará certo. As coisas vão fluir com facilidade, se sentirá mais leve e sua consciência vai deixá-la em paz, pois estará tomanado as atitudes certas, com você e com Maurício! Não se case com ele. Se você entender o que te faz mal e mudar, tenho certeza que seu coração abrirá as portas para alguém muito especial que possa realmente amar e ser amada!
- Vou pensar. Tudo isso me deu dor de cabeça. Vou descansar. Conversaremos mais, mas pode ter certeza, que sua conversa foi de grande ajuda. Obrigada, amiga.

O Dia

Tem dias que são cinzas assim. Nublados, de cara feia. Mas o que vale é tentar colorir o coração quando o céu não ajuda. De nada vale o sol batendo no rosto enquanto no peito bate uma imagem em preto e branco; vale mais a nuvem e quem sabe até a chuva na cara quando o coração pulsa colorido. Mesmo que ele não tenha um motivo especial pra se encher de cores nem de batidas empolgadas, a vida já e um motivo mais do que suficiente. O sol tá lá, atrás das nuvens. Basta, dentro de si, dar a ele um motivo para que se descubra das nuvens. E aí, por mais cinza que esteja, o dia fica uma aquarela sem fim.
*
*
"Dias de sol só com você
Com direito a horas a mais
E rimas iguais
Como eu e você."

Ah! Nada, não.


É quando a vida pára, quando o céu fica cinza, quando os livros não fazem diferença, quando as músicas já não te fazem dançar. E eu não posso chamar isso, esse momento em que nada faz o menor sentido e nem tem a pretensão de se transformar em algo melhor, de tristeza. Porque triste, eu não estou também. Mas não estou alegre, tampouco. Bem, existem milhares de aspectos emocionais que posso me encontrar, só falta definir qual. Melancolia? Muito drama, não. Talvez seja o dia de ontem, mais precisamente, ou o que ele significa no meu inconsciente. Porque conscientemente, eu nem lembrava da data. Porém, minha.. o que mesmo? Apatia? Ah, pode ser! Como ia dizendo, ela não é de hoje. É uma mistura de desentusiasmo com falta de interesse. Indiferença com as coisas. Ou com a maioria delas. Queria ficar num cantinho, lendo a Mafalda, até passar.

Já não dou os conselhos que dava antes, já não tenho a clareza que tinha antes, já não conto piada como antes, já não me movo como antes. Algo realmente significativo deve estar faltando. Simplesmente, parece que já não há o que eu não escrevi, já não há mais assunto, há um silêncio eterno, um olhar que não diz nada. É, acho que o nome pro que eu sinto é vazio. Um vazio de muita coisa, de tanta que eu não sei nem contar quantas são e nem descodificar quais são. Eu mesma digo que no camino o que importa é caminhar e nem sempre a chegada. Mas está difícil. E não são nem as pedras que estão lá para me incomodar, porque se fossem, eu ficaria contente em desviá-las como água de rio corrente. É a falta de tudo! Acho que agora até dá pra chamar de melancolia, de tão dramático que isso tá parecendo.

Não, sei. É simplesmente quando tudo pára. O meu mundo parou, já nem sei quando foi que aconteceu. Meu coração parou também de bater, acho que esse eu anotei até a data. A falta de um amigo novo. A falta de uma atividade nova. Uma conversa nova. Uma festa nova. Uma rotina nova. A falta de novidade, realmente. Quando tudo pára, como continuar pra que haja de novo algo novo? Tenho que contratar um bom engenheiro pra ele construir uma máquina que faça o meu "planeta L" voltar a girar. E dessa vez, mais veloz do que nunca. Porque a vida é realmente curta e o tempo passa, mesmo nos dias em que esse decide parar.

O que é que eu sinto? Ah! Nada, não. Deixa eu reclamar. Deixa pra lá. Que daqui a pouquinho, já volta a engrenagem da vida a funcionar.

"(...)
Mas digo sinceramente, na vida a coisa mais feia é gente que vive chorando de barriga cheia."

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Escravo da Alegria

"E eu que andava nessa escuridão
De repente foi me acontecer
Me roubou o sono e a solidão
Me mostrou o que eu temia ver
Sem pedir licença nem perdão
Veio louca pra me enlouquecer

Vou dormir querendo despertar
Pra depois de novo conviver
Com essa luz que veio me habitar
Com esse fogo que me faz arder
Me dá medo e vem me encorajar
Fatalmente me fará sofrer

Ando escravo da alegria
E hoje em dia, minha gente, isso não é normal
Se o amor é fantasia
Eu me encontro ultimamente em pleno carnaval"

(Toquinho e Vinícius de Moraes)
.
.
.
P.S.- ♥

domingo, 11 de outubro de 2009

Strange and Beautiful

"I've been watching your world from afar,
I've been trying to be where you are,
And I've been secretly falling apart, I'll see.
To me, you're strange and you're beautiful,
You'd be so perfect with me but you just can't see,
You turn every head but you don't see me. (...)
Sometimes, the last thing you want comes in first,
Sometimes, the frist thing you want never comes,
And I know, the waiting is all you can do,
Sometimes..."

sábado, 10 de outubro de 2009

...

"Seus
passos
são
compassos

da
minha
balada
e eu sei
que é assim,

seu lugar
é ao lado meu
até o fim."

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

All Star


"Estranho mas já me sinto

Como um velho amigo seu

Seu all star azul combina

Com meu preto de cano alto


Se o homem já pisou na Lua

Como ainda não tem o seu endereço?

O tom que eu canto as minhas músicas

Pra tua voz, parece exato."
(Nando Reis)

Viver de Incerteza


Será que vale tanto assim a segurança de saber exatamente para onde se vai? Eu venho desconfiando de toda a certeza que eu sempre gostei. Eu sou impulsiva, fato. Não adianta, pode me dizer pra fazer a coisa certa, a coisa errada, tanto faz, eu vou fazer aquilo que eu tiver vontade. Mas, por outro lado, sempre gostei de ter certeza do chão onde eu piso. Vão dizer que eu "não dou ponto sem nó", e vai ver seja esse mesmo o termo certo.

Só eu não entendo mais pra quê eu precisei de tantas certezas. Por que eu simplesmente não acredito no que me dizem, sem tentar interpretar sinais, entrelinhas, olhares, etc etc etc? Eu não saio pra festa se não tiver certeza de que vai ser bom; não sei gostar sem que gostem de mim e nem sei se isso é bom ou ruim; não ando se o terreno não for claro e seguro. Acho que deu disso pra mim. Eu preciso é exatamente daquilo que me falta: fechar os olhos e ter um pouco de esperança. Deixar de acreditar tanto nos meus sentidos e dar a mão pro meu coração me levar aonde for.

Eu vou tentar viver um pouco diferente: sair sem programar uma hora pra voltar, sair sem ter combinado uma companhia certa, sair sem destino por aí. Vai ver assim meu coração se abastece da esperança que tanto me falta, meu coração engrandece e numa esquina qualquer ainda sou surpreendida por algo realmente bom. Vou ver o sol nascer em outras bandas, eu cansei da vista da minha janela. Vou ver a vida de outro jeito, eu vou viver de incerteza.
*
*
"Certeza é o chão de um imóvel
Prefiro as pernas que me movimentam..."

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Como Vai Você

"Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
*

(...)
Eu só preciso saber
Como vai você..."
(Roberto Carlos)

Quanto Tempo Demora Um Mês


Procurei o significado de mês na wikipedia, coloquei no Google, fiz as contas. Mês é o tempo que a Lua demora para dar uma volta ao redor da Terra. Um mês dá trinta dias, que dão setecentas e vinte horas, que dão quarenta e três mil e duzentos minutos, que dão, numa média, algo como trezentos e oitenta e oito mil e oitocentos batimentos cardíacos. Bem, nada disso conseguiu traduzir as coisas que eu gostaria de dizer, então eu vou tentar ser mais simples.


Não há estatística, equação numérica, volta da Lua na Terra nem volta de qualquer coisa em qualquer outra coisa que vá traduzir ou somatizar as coisas que eu sinto agora. Não é o número de batimentos que vai conseguir traduzir todos os sentimentos que meus "tum-tum" querem falar. Eu queria fazer alguma surpresa, mas infelizmente não vou descer do ônibus com um pateta lindo e enorme embrulhado num papel vermelho e fita dourada. Então o jeito que eu encontro é te escrever, te mostrar pelas minhas palavras, tentar expressar nem que seja um pouquinho, a imensa felicidade que o meu coração sente.


Um mês foi todo o tempo que eu precisei para permitir que tu entrasse na minha vida e te tornasse uma (grande) parte dela. Um mês eu precisei para derrubar meus preconceitos e entender que não existe uma idade certa para ser feliz. Hoje eu só tenho a agradecer a minha (ou seria nossa?) maluquice de namorar. Tá valendo muito. Não importa a distância, nem a idade nem qualquer outra coisa. O que importa é a felicidade que toma conta de mim quando nós estamos juntos, é a vontade de te ver chegar e de não te deixar ir embora, é a esperança, os planos, os sorrisos, o tango.


Ainda não sei quanto tempo demora um mês pra passar, mas sei que ele pode ser tempo suficiente pra mudar uma vida. Ainda não sabemos muitas coisas um sobre o outro, mas sabemos que juntos somos mais fortes e melhores, o que é o mais importante. Só tenho a agradecer por tudo que aconteceu entre nós. Destino ou o fruto de um milhão de acasos, tanto faz. O que importa é que estamos juntos, e que eu não vou deixar que nada estrague tudo que estamos construindo. Um amor, a felicidade, uma história linda. Obrigada por tudo, tu me faz acordar todo dia me sentindo a mulher mais feliz e realizada do mundo. Feliz primeiro mês pra nós dois! ♥




"A vida inteira de um inseto
Um embrião pra virar feto
A folha do calendário
O trabalho pra ganhar o salário


Ser campeão da copa do mundo
Um dia em Saturno
Pra criança que não sabe contar vai levar um tempão..."




P.S.- e ainda tem gente que diz que o sete dá azar.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Vaidade e Amor




"Like anyone would be

I am flattered by your fascination with me

Like any hot-blooded woman

I have simply wanted an object to crave"



A vaidade humana é algo incorrigível. Por mais que tentemos, abandonar esse vício de se querer sentir desejada, amada, idolatrada é quase impossível se você já o tem. E como confundimos com felicidade. E como confundimos com amor. E como confundimos tudo. Incrível! Difícil dizer quando comecei algo sem ser movida por esse desejo de ser vista. Por quê? Tanta carência faria com que eu parasse de enxergar a realidade do interior dos meus sentimentos? Ou será que nunca ralmente consegui fazer isso? Estou desanimando, pois estou cansada de esperar que algo em um mundo feito para eu ser o centro das atençoes finalmete me ofereça um mocinho para que eu salve. Irônico, não? Ser salva, já não tem tanta graça.

Vai ver é a revolução feminina. Vai ver é a intertextualidade da mulher maravilha. Vai ver meu caso nem Freud explica. E vai ver eu já fui embora, há muito tempo, só esqueci de me despedir.

E quando tudo está absurdamente entorpecido de solidão, reaparece o que me deixa mais tranqüila: uma companhia agradável e prazerosa. Alguém que eu me sinta lisonjeada, encantada pela fascinação expressa por mim. Alguém que eu pense, que seja seguro, que seja sempre meu. É fácil. E triste. E triste. Me sobrou aquela carta esquecida dentro da gaveta, que eu nem sequer lembrava que ainda estava lá. Aquele em que eu pensava como estaria, somente em datas comemorativas. O que me fez juras e eu, simplesmente, desdenhei, esqueci. Uma atitude nobre para alguém que eu considero tão vaidosa, como eu. Ou tão carente. Ou ambos.

A solidão é uma teia na qual você se agarra, pensando estar seguro, mas pode ser delicada, frágil o suficiente para que se rompa e aí você cai em um abismo que ainda não tem nome. Esse buraco negro onde você não enxerga mais o que lhe trouxe ali, o mais longe da esperança possível. É preciso ter cuidado para não se acostumar com essa situação. E o mais difícil é não se curar com a vaidade e acabar amando ser amado. E só.

Ahhhh!


Parei para pensar em como a natureza é generosa. Fechei os olhos, e abri novamente. Não apenas olhei, mas admirei tudo que me rodeia. Começando pelos próprios olhos. Enxergue-se diante do espelho, não apenas sua roupa e como o seu cabelo talvez precise de uma escova, mas olhe para si mesmo. As bolinhas mágicas e coloridas que temos no rosto, as janelas da alma. Abra-as. De verdade. (...) Tem gente que diz que nada de bom acontece no seu dia, mas eu acredito que isso tudo seja uma questão de perspectiva. Abra os olhos: você pode ver. Levante-se, e você pode andar. Respire fundo e sinta o corpo todo funcionando e, amém, seu corpo funciona. Beba um copo d'água e você pode sentir o sabor. Vá até a rua e olhe para cima. Olhe para o céu. As nuvens, os pássaros, o sol e até uma borboleta intrometida na paisagem. Encontre uma amiga, e você presenciará muitas coisas boas em um só dia: você a vê, ouve, toca, pode falar e ainda por cima, é capaz de amar. Inclusive de se emocionar. E vai dizer que nada de bom acontece no seu dia?

Ser feliz não é questão de ter o melhor namorado da cidade (ou talvez de ter qualquer namorado que seja), nem de ter a maior conta bancária, nem se trata de ter o histórico amoroso mais invejável deste lado do oceano. Ser feliz é uma questão, pura e simplesmente, de ponto de vista. É saber valorizar cada pequeno milagre que acontece, diariamente, na sua vida. É poder andar, é poder respirar, é poder abrir verdadeiramente os olhos. É nunca perder a capacidade de se emocionar. Ser feliz não é ter tudo dando certo o tempo inteiro. Ser feliz é compreender cada uma das dificuldades e apreciar o quanto cada uma delas nos faz crescer. É entender que, para ser feliz, não se precisa estar sempre gargalhando. Meu coração ri à toa, mas o meu sorriso eu conservo para quem realmente o mereça. Felicidade é saber admirar. É aprender a valorizar. Felicidade é, na sua essência, o amor. Em qualquer forma que seja. Por qualquer predicado. É saber amar, é saber deixar alguém te amar.
Mesmo que esse alguém seja o sol que, de longe, o beija e aquece.
Basta você querer.
Porque ele, ele está sempre lá.
Ah, o amor...

*

"Love, la la love, makes the world go round."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Falando Sério

Sou um bicho desconfiado, muito, absurdamente desconfiado. Pra mim todo mundo é ruim até que se prove o contrário. Prefiro pedir desculpas e dizer que eu estava enganada do que acabar descobrindo que todo mundo me enganava. Meus amigos são sempre os mesmos. São poucas as pessoas que entram na minha vida, até porque eu muito pouco permito que elas entrem e se instalem. Isso deve ser até mania de perseguição, sei lá. Mas o que me apavora é que, quando eu resolvo dar um voto de confiança, eu sempre me arrependo.
Não sei mais, sinceramente, o que esperar das pessoas. Eu era tão boa em ler o que os outros pensam... O que será que foi feito do meu 'dom'? Não sei mais entender ninguém. Não entendo mais nem a mim mesma. Algumas pessoas ganham minha simpatia e, em seguida, se mostram o contrário de tudo o que pareciam e inclusive daquilo que pregavam. Vejo fiéis traindo, sinceros mentindo e os que se mostram encantados sendo, na verdade, os infectados pela síndrome de Don Juan. Conquistar todas, todas, sem nenhuma pretensão de futuro; apenas para aumentar o número de corações guardados na estante.
E cada dia mais me decepciono. Eu já não sou mais quem era antes. Minha alegria se foi. Acredite se quiser, um dia eu já fui simpática. Já fui querida pelos colegas. Alguma coisa no caminho se perdeu. Cansei de tanta gente que cativa e sem mais nem menos vira as costas, de gente que magoa e não tá nem aí. Hoje em dia eu prefiro viver assim, meu castelinho, meus brinquedinhos, meus amiguinhos. E quem estiver pelo lado de fora dos meus domínios, que fique lá. Abro a guarda quando me importo, ofereço os portões da minha fortaleza. E cada vez que eu me importo, me frustro. E cada vez que me frustro, me fecho. Estou aqui, trancada, meia dúzia de amigos e nenhuma expectativa de mais algum. Estou aqui, fechada. E será mesmo que eu ainda estou aqui? Porque eu não me reconheço mais, de verdade.

domingo, 4 de outubro de 2009

João e Maria

"Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
*

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?"
(Chico Buarque)

sábado, 3 de outubro de 2009

Idas


Tanto passa por nós. E passa mesmo. Uns vão sem avisar. Outros se despedem de mansinho, com pequenos gestos, com pequenos dias. Tem aqueles que declaram o sempre e na manhã seguinte, batem a porta, sem dó e nem piedade. Ainda há os que partem sem motivo, repentinamente, notamos que não estão mais lá. Os que expulsamos por boas razões ou os que não nos importamos com a presença, e muito menos com a ausência. Os que demoram a decidir, mas acabam por fazer as malas. Os que mentem, mas que, na verdade, não partem, porque nunca realmente chegaram. E há os que no prometem nunca partir, mas que acabam indo. Há os que não prometem, mas imaginamos que sim, o que não muda a consequência.

Mas de todos que passam, há o pior tipo. Aquele tipo que passa e leva muito de você, como se levasse um pedaço da sua existência, do seu passado, da sua história. Deixa muito, muito de memória. Nos faz entender o poder da palavra que só o brasileiro sente: saudade. Compreendemos o quão dolorosa é a dor de perder alguém, mas mais que alguém, perder o estímulo, a esperança, o brilho. O quão difícil pode ser tentar esquecer quando o destino parece sempre querer nos colocar cara a cara. Os piores, ou, geralmente, o pior, é aquele que leva um pedaço do nosso coração. E com este pedaço se vai tudo que um dia achávamos ser infinito. A porta permanece aberta, emperrada, não fecha de jeito nenhum. Já mandamos consertar, mas ela continua lá, torta. E desse jeito torto que levamos a vida, nas fronteiras do "não dá mais" e do "não consigo". Por mais que haja aqueles que partem, que partem o nosso coração também, nunca vamos aprender a dizer adeus àqueles que fazem a diferença nos nossos dias e no seu conjunto, na nossa vida.

A vida vai se tornando uma sucessão complexa de idas e vindas que às vezes não conseguimos virar totalmente a página. Deixamos dobrada aquela folha especial, pra podermos voltar quando quisermos, mesmo que as palavras perteçam ao passado e que na próxima página, o mocinho fuja com a donzela e... você? Ora, você é só a leitora. Trate de escrever o próprio livro, só assim aquela porta se fechará, para sempre.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Resposta

"Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou prá trás
Também o que nos juntou...
.

Ainda lembro
Que eu estava lendo
Só prá saber
O que você achou
Dos versos que eu fiz
Ainda espero
Resposta...
.

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar
Que ninguém mais pisou...
.

Você está vendo
O que está acontecendo
Nesse caderno
Sei que ainda estão...
.

Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite...
.

Em paz eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante..."
(Skank)

Atado


Quando eu penso que estou fazendo as coisas certas, talvez pela primeira vez, vem algo e destrói as minhas certezas. Não adianta, eu meto os pés pelas mãos. Sempre. Emendo fins em inícios, colo tudo o que consigo e o que não dá certo eu enfio numa gaveta e finjo que não existe. Não deixo meu coração se curar. Ele está sempre surrado, por mais que eu esteja feliz, algo lá dentro incomoda. Eu não dou tempo ao tempo, eu não sei dar tempo, não sei agir com calma, não sei deixar pra depois. Droga.


Meus sentimentos nunca perdem a voz naturalmente. Eu não tenho paciência para esperar que eles se calem, então quando começam a incomodar, eu os amordaço e atiro num canto qualquer do meu coração. Penso que o problema é deles. Mas não é nada, o problema é meu. Ouço músicas e lembro de quem eu não deveria lembrar, meu coração dói como não deveria doer, as lembranças voltam do lugar de onde nunca deveriam ter saído. Isso me atordoa e faz questionar a felicidade que eu sinto. Estou feliz? Certamente. Mas me pergunto se alguma hora esses sentimentos guardados não vão voltar. E todos junto, como uma maré que sobe e retoma da areia todas as conchas que lhe foram roubadas.


Eu não sei o que fazer, parece que estou perdida em mim mesma. Se não é amor, se não é saudade, o que é, porra? Eu não sei. Mãos e pés atados, agora é o meu coração quem me amordaça e faz refém de todas as coisas que eu mesma coloquei lá dentro. Vai ver ele quer me mostrar que não há mais espaço, museu lotado, fechem as portas. Eu preciso me organizar. Limpar as estantes, tirar a poeira e jogar muita coisa fora. As que eu escondo até de mim mesma, porque não tenho coragem de eliminar. E eu devo, definitivamente, estar ficando louca.


"You're bout to wreck your future

Running from your past

You need to slow down, baby..."

As Canções Que Você Fez Pra Mim

"Eu acho que você já nem se lembra mais..."