quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Na rua, na chuva, na fazenda.


Seria ótimo ter um grande amor, daqueles pra vida inteira. Um amor de arrebatar o peito, de deixar sem fôlego, de tirar os pés do chão e a cabeça do lugar. Seria maravilhoso morar feliz com esse amor, numa casa de frente pro mar, crianças e o labrador brincando felizes no pátio, flores no aniversário, brincos de pérolas no aniversário de casamento. Seria tudo de bom viver um amor de cinema. Mas, melhor ainda, seria viver um amor da vida real.
Um grande amor, mesmo que não pra vida inteira. Um amor mansinho, suave, de arrancar sorrisos e fazer levitar o coração. Um amor sem cachorro, nem gato nem galinha. Um amor sem filhos (pelo menos por enquanto). Um amor eu-sem-você. Dividir um 2x2 com esse cara, alugar um kitinete na praia durante o verão e dar longos passeios brincando de pega-pega pelo caminho. Um amor que não precise de jóias, mas que saiba que meus olhos tem a cor de esmeraldas. Um amor construído em cima de respeito e parceria, de conversa e atenção. Um amor que entenda o quanto ele gosta de trocar compulsivamente os canais, e que ele nunca consegue lembrar de devolver o refrigerante para a geladeira. Que entenda que ela chora, e muitas vezes não tem motivo. Que ela arranja motivos pra brigar, quando muitas vezes ela só quer chamar a atenção e ganhar um carinho. Que ele se importa muito com o seu sono pela manhã, e que não é bom convidá-lo para correr na praia a essa hora. Um amor que entenda que todo amor muda, e que ele precisa ser cultivado e muito bem nutrido.
Um amor que seja lindo quando se acorda, mesmo com bafo; debaixo de chuva, mesmo com lama até as canelas; em cima da cama, mesmo quando a tpm encontra com ela. Um que seja, ao menos, apaixonante. Porque ter um amor de cinema é fácil, quando não se vê o que há por trás das câmeras. Amor real que é difícil, pois não há bastidores nem chance para repetir aquele sorriso que não foi dado. Amor cultivado, sentido, sonhado. É alguém que você gostaria que estivesse sempre com você... Na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê.

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