segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Final


Hoje eu vi o último episódio de Sex and The City. E é claro, como todos os finais, acabou tudo bem. Eu sempre achei tão real a vida destas 4 moças. Tão as nossas vidas, nada fantasiado, nem exagerado, nem romantizado. Eu me via lá. Via minhas melhores amigas lá também. Então eu achei que o final ia ser algo real também: alguma coisa tinha que dar errado! Mas não deu.
Miranda estava casada, morando em Brooklyn, no subúrbio de NY, porém satisfeita com a vida que estava levando, afinal, ela tinha uma bela família: um marido paciente e carinhoso e um bebê "gorgious". Apesar da mãe dele estar esclerosada e ir morar com eles, ela colocou o amor em primeiro lugar. Tinha uma bela carreira e era uma mulher inteligente. E é claro, Carrie tinha voltado de Paris para NY, o que deixou Miranda profundamente feliz. Carrie, sua melhor amiga e a personagem principal, depois de ter tentado morar com seu namorado russo na cidade luz, voltou para a cidade que nunca dorme, com o amor de sua vida, "Big". Uma vida promissora com ele começava e ela estava transbordando de alegria, finalmente o cara que a enrolou durante seis anos percebeu que havia perdido a mulher de sua vida, como ele mesmo disse, "Carrie, you are the one". Ela não pôde resistir, porque ele também era o "the one" de sua vida. E NY era absurdamente sua cidade. Nada a tiraria de lá. Nunca mais. Charlotte recebeu a adorável notícia que seu futuro filho chegaria em seis meses, ele vinha da China. Tudo que ela mais queria era ser mãe. Já que não conseguiu engravidar por infertilidade, optou por uma rota alternativa e, convenhamos, maravilhosa. Além do mais, ela tinha um marido sensível e brilhante e sete cachorrinhos em casa. Samantha acabou com um namorado lindo e que a amava acima de qualquer coisa, estava vencendo o câncer de mama e deu a volta por cima, como dizem por aí.
Então, eu pensei. O que vem agora? Por que os finais são sempre felizes? Será que teremos que chegar a um final na nossa vida, para sermos felizes? O que eles querem nos dizer? Quando se trata de amor, é possível que se tenha um final sereno, tranqüilo, alegre? Será que não vamos querer algo diferente depois de um certo tempo? Será que para Carrie ficou tudo bem? Eu sei, é ficção. Mas era tão real, é como se estivesse vendo meus momentos lá, meus pensamentos, minhas amigas. Tudo bem, Rio Grande é bem menor que New York, mas as pessoas não mudam tanto.
Enfim, o que me intriga é se quando se trata de amor, temos que ligar sempre finais a felicidade, paz e serenidade? Carrie passou a vida inteira dela trocando de namorados, casos, flertes em busca do amor verdadeiro. E por mais que ela procurasse em outros, sempre lembrava do Big que a machucou inúmeras vezes e não lhe dava o valor que ela gostaria, pois não queria compromisso, apesar dos seis anos de encontros aleatórios. Será que o nosso "the one" existe, sempre? E se existe, será que o encontraremos? Será que temos mais de um? E será que só o encontraremos no final? Ou será ele o próprio final?

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