sexta-feira, 17 de julho de 2009

Choro

Aquele choro trancado, guardado, engasgado. Aquele choro de soluçar, que parece que não vai acabar nunca e que dói como se alguém atravessasse uma espada pelo coração. Uma dor dilacerante, que vem de dentro pra fora. Choro de culpa, de angústia, de dor, de arrependimento, de raiva, de amor ou daquela saudade doída. Choro que lava, que incha o rosto, que encharca os punhos da blusa.


Choro de ouvir a tua voz. De pensar em te escrever. De saber que nada disso tá certo. De eu querer te deixar ir, e não conseguir. De ver todos meus dias sem graça. De saber que tenho culpa. De não te ver voltar. De saber que tu não vai voltar. De tentar entender. De me esforçar pra seguir os conselhos que recebi, mas de só querer fazer o contrário. De chorar agora tudo que guardei nas últimas semanas. Eu e essa minha inconstância sentimental, um dia me mato porque tu foi e no outro eu não quero que tu volte mais. Passou a minha raiva, só restou o choro. Eu vou me afogar em lágrimas, e pra ti não vai fazer nenhuma diferença. Nada que eu diga, sinta ou faça, vai fazer diferença ou te fazer voltar. Nada vai fazer com que tu olhe de novo pra mim. E, por enquanto, nada vai calar meu choro.


[...]


"Pra dizer que eu choro toda noite ao lembrar
Não dá
Pra dizer tudo que o meu coração quer te falar
Não dá
Pra dizer o que eu sofri sem você."

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