domingo, 25 de abril de 2010

Vale


Milhares de vidas no meio de uma vida que eu não vivi
Em minhas peças os personagens não possuíam sombras
Meu passado sugava o ar das brisas levadas por ti.
Havia estações repetidas, reescritas, vestidas pela solidão.
A verdade era a melodia perfeita praqueles que não sabiam ouvir.

A direção do olhar transforma as paisagens
A beleza dos acontecimentos está na leveza dos perfumes
Exalados pelas flores do nosso jardim

Todos os sinais singelos, os truques do tempo,
Os pássaros livres dos meus diários
Permanecerem puros, secretamente intactos com suas asas sonhadoras
No fim do vale para enfeitar andarilhos solitários


O meu amor é a imensidão do meu ser
Maior do que tudo que você desejou viver, com os meus gestos humanos
Será o meu amor a minha essência imortal?
Escuto sua alma suspirar, distante de mim.

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