sexta-feira, 11 de junho de 2010

É

É tanto, é tão pesado e tão complexo e ao mesmo tempo é tão pouco, tão leve, tão bonito, tão colorido e tão simples. É tanta contradição, é tanta confusão. São tantas as coisas que eu gostaria de dizer que eu não consigo organizar nada de um jeito mais ou menos coerente, como já diria Kafka. Não consigo ordenar meus pensamentos, não quero enxergar os sinais que a vida me dá. Por mais que sejam eles tantos, tão gritantes e óbvios, eu ainda busco uma rota alternativa. Eu vou fugir daqui, vou pra qualquer lugar levando só a mochila e um coração meio colado, meio caído, meio qualquer coisa. Esse coração que eu faço questão de pisotear e deixar que seja chutado, constante e violentamente. Esse coração, que bate tão devagar, já vai pensando em parar de bater. Em jogar a toalha. Não há mais bordas, os cacos estão muito finos para serem colados.
Já não é mais um coração, são cacos de cristal. Já não sou mais eu, sou o passageiro de qualquer lugar.
Sou não sei quem, vim de não sei onde, vou pra lugar nenhum.
As always.

Um comentário:

  1. Get up, get out, get away from these liars
    ´Cause they don't get your soul or your fire
    Take my hand, knot your fingers through mine
    And we'll walk from this dark room for the last time

    Every minute from this minute now
    We can do what we like anywhere
    I want so much to open your eyes
    ´Cause I need you to look into mine

    Tell me that you'll open your eyes

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