quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Prezado Gênio...


Eu não vim lhe pedir um milhão de reais. Nem que eu não sofra nunca mais de tpm. Nem pra que a minha maldita unha encravada deixe de incomodar de uma vez por todas. Nem peço para ser a presidente de uma multinacional, nem para passar de primeira no exame da OAB, nem para ter todos os homens do mundo aos meus pés. Não quero ser linda feito Gisele Bundchen, não quero um carro conversível nem uma montanha de sorvete. Não quero ser imortal, nem voar nem conseguir ler a mente das pessoas. Dispenso até essa coisa de três desejos, a gente poupa tempo e economiza os pedidos pra alguém mais desesperado. Eu quero uma coisa só, mas aí o senhor se vira pra conseguir.


Eu deseeeeejo... que o meu coração seja simplificado. É, agora o senhor pode se escabelar e dizer que era mais fácil conseguir me fazer criar asas. Quero saber o que eu sinto, pelamordedeus. Que ele funcione feito máquina, com direito até às luzinhas coloridas. Quando quer, luzinha acende; quando não quer, luzinha apaga. Luzinha pra amor, luzinha pra encanto, luzinha pra descomplicar o fim do túnel. Que táá escuro aqui dentro.


Quero poder ter certeza das coisas que sinto... amar porque é de coração, e não mais por arrependimento, por culpa, por medo de não ter de quem gostar. Quero ser simples, quero ser preto no branco. Ou gosta ou não gosta, ou quer ou não quer. E ah, uma coisa muito importante: uma coisa de cada vez. Não quero mais que meu coração vá oscilar entre duas pessoas, entre duas situações. Quero que ele tenha sirene contra o comodismo, e que apite enlouquecidamente até que me livre das minhas acomodações. Não tô pedindo pra escolher por quem me apaixonar, nem pra que tenha um botão pra que eu deixe de gostar instantaneamente de alguém que por acaso não me retribua o amor. Só quero saber o que eu sinto. Só isso. Será que o senhor consegue?


P.s.- e se o senhor não conseguir, a montanha de sorvete é de creme, por favor.

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