terça-feira, 22 de setembro de 2009

Não é Saudade.


É qualquer coisa, mas não é saudade. Reviro dentro de mim os álbuns cheios de recordações, com pessoas que já foram tão importantes e que hoje não significam mais nada, ou mesmo com aquelas que ainda significam mas que finjo que não possuem alguma importância.


Talvez seja a vontade que me ocorreu, hoje, de reviver os momentos que guardo nas minhas fotos mentais... Uma noite de lua cheia na beira da praia, um luau e um colo. Quis voltar àquela noite da gelatina de uva, reviver aquele primeiro beijo, te abraçar de novo, quis pés na areia e meu cachorro no colo, quis aquela música tocando baixinho, a garrafa de vinho. Ver de novo a cor dos teus olhos, o jeito que tua mão encontrava a minha, te reencontrar morrendo de saudades e passar a noite olhando as estrelas do céu do teu quarto. Quis sentir de novo o meu coração parar, de tanto bater.


Hoje tudo traz as memórias, o passado, aqueles que já não tem mais nada com a minha vida. As lembranças sufocam, e logo agora eu não sei mais nada de ti. Me obriguei a esquecer teu telefone, mas o teu cheiro reapareceu. Na minha blusa branca, no meu caderno, em mim. Inexistente no meu presente, mas sempre vivo no meu passado. E, de novo, vai passar.

Um comentário:

  1. Perfeita descrição de como me vejo às vezes sentada no ônibus, indo pro trabalho, quando fecho os olhos e começo a lembrar dos encontros e desencontros da vida, da vontade que dá de voltar naquele instante que parecia ser pra sempre.. adorei!

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