quarta-feira, 3 de março de 2010

É pra sentir, sentindo


Hoje aprendi uma coisa. Alguém, além de me dizer, me mostrou que “sentimentos bons a gente não precisa entender, só precisa sentir”. Com essas palavras e com os gestos mais singelos me fez enxergar diferente. Fez-me ver que perdi tempo, perdi as contas de quantas vezes tentei transformar em palavras o que sentia, mesmo quando era bom. Ou principalmente quando era. E para quê? Para me convencer? “Para entender, por quê?” Ele riu. Faria com que sentisse mais? Com que sonhasse mais? Com que voltasse atrás? Não. É essa mania estranha que tenho de fazer de conta que tudo fica mais simples, mais visível quando eu digo, quando eu leio.

“Mas sentimento bom é para se sentir e não para entender.” Ele lembrou. Por querer entender, pensamos e bolamos razões e estratégias para agirmos de tal forma, para estarmos ali, para ficarmos assim. E então, perdemos tempo de sentir. Perdemos momentos. Perdemos vida.

Se os sentimentos não são bons é um sinal vermelho. Motivo para que mudemos algo a nossa volta que está errado e, sobretudo internamente. Mas se os sentimentos são bons, se estamos felizes, se estamos em paz e tudo gira de acordo com a nossa órbita, sinal verde. Sigamos em frente. Não há nada o que temer. Deixemos que os dias se tornem mais quentes, que as flores fiquem mais perfumadas e as conversas mais interessantes. Não nos sintamos ameaçados por não saber explicar. Nada é constante, pois as mudanças são a visita da verdade em nossos corações. Por isso, nos reajustemos às modificações que ocorrem e tiremos o melhor das situações. Aprendamos a sentir mais. A nos deixarmos levar pela emoção. Há certas eras que demoram a chegar novamente. Aproveitemos o coração bater mais veloz, os olhos brilharem e até o frio na barriga. Sem se programar, sem se render. Só deixando a emoção reinar. A cabeça está de férias!

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