quinta-feira, 14 de abril de 2011

Felicidade

“Era uma vez uma senhora que desde menina tinha uma vontade enorme de possuir um desses copos antigos, todos trabalhados a ouro e salpicados de florinhas multicolores que trazem desenhada em letras finas a palavra Felicidade.
Um dia ela descobre na Casa Rola, um local em desordem, o tão desejado copo, entretanto não pode levá-lo porque o proprietário da loja queria muito pela raridade. Decepcionada volta para casa e pára de pensar no copo, até que um dia um incêndio destrói a Casa Rola. Ela, então, passando pelo local descobre que uma loja vendia os restos do incêndio e lá encontrou o copo, por uma ninharia o comprou. Em casa, constatou que havia uma rachadura no copo bem sobre a palavra felicidade. “A senhora guardou o copo assim mesmo, conserva-o com carinho e teme que possa quebrar-se de vez. Mas sempre que perto dela se fala em felicidade, se existe ou não, se é questão de sorte ou luta, recompensa ou acaso, se dura ou é efêmera, e se qualquer um pode obtê-la, a senhora de minha história não diz nada, e suspira pensando no copo.”

Maluh de Ouro Preto, descoberta ao acaso na noite de ontem, pelo aniversário da doação do seu acervo.

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