sexta-feira, 5 de maio de 2017

Óculos escuros

Quero que saibas de pronto
Tocaste-me como poucos fizeram
Depois de te conhecer, não te quero mais desconhecido
Envolves-me com a tua arte, na tua voz rouca de insône,
De quem gosta de devorar a madrugada como eu
De quem gosta dos silenciosos beijos telepáticos dados em um outro sentir
Eu te acho mesmo tão bonito
Com teus olhos cansados e teus óculos escuros
Lembro-me do teu sorriso invadindo meus sentidos, pintado no teu rosto com tamanha sintonia
Teu interesse eu já percebia
Da tua energia de me observar de longe, pela tua câmera desfocada, eu percebia...
Surgido do que temos mais em comum, do nosso sensível caminhar por entre as coisas, por entre as ruas duras
Tu és um refúgio, um álibe, um brinde
Surgimos desta nova criação, do desenhar confissões românticas no papel, de sermos isso, de uma essência fluida, de leveza, de inexplicável encontro de sintonia plena,
 do se permitir permutar e flutuar por entre tudo.
Anota meu endereço, vem tomar café comigo, vem estar comigo.
Que não seja permitido, mas te quero nas minhas entranhas.
Porque te quero assim e não sei te querer de outro jeito.
Porque não te querer não me parece ser a vida, seria outra coisa, uma negação disso que tenho de mais bonito em mim e que tu o tens também...
Esse encantamento da não razão, do sonho, da fantasia.

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