sexta-feira, 5 de maio de 2017

Da beleza

O mar tem mesmo disso
Do ser leve, do ser forte,
Do saber que pode ser maior
Mas sem porque, não quer.
Assim como o mar pela manhã,
tu me chegaste de mansinho, tomando-me pelos pés, depois ventre, depois tudo
Como maré baixa, foi chegando, onda a onda,
Trazendo-me pra perto, curando-me dos males,
Fazendo do meu corpo morada, da minha pele salgada
Um caminho para o teu querer.
Assim como com o mar, esse meu encontro nunca se desfez
Não se esquece algo assim tão grandioso, belo como ele só pode ser.
Desejo entrar-te nas profundezas,
Mar adentro, onde não haja mais luz, nem perder,
Somente a própria beleza desse azul
Onde a minha morte seja a tua vida,
e que eu renasça dessa ferida
que é amar até morrer.

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