quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dezembro


O mês da correria, dos presentes, dos planos, dos sonhos, das reformas, consertos, do cartão estourado, da fila na Renner, dos números esgotados, dos exames, do sufoco, das expectativas, das esperanças. É o mês do Natal, dos anjinhos, do jingle-bells, da família reunida para comer peru ou chester ou algo que o valha, de comer frutas em calda, frutas cristalizadas, de dar pulinhos no mar, de reescrever listas com objetivos que sabemos que jamais serão cumpridos. Dezembro é o mês de arrumar o que está errado, ou pelo menos tentar. Dezembro é o mês da (re)conciliação, é o mês em que os sinos badalam enlouquecidamente, é o mês dos caminhões enfeitados da coca-cola. Mas, além de tudo isso, dezembro é o mês do amor.

É onde podemos dizer sem medo e sem vergonha todas aquelas coisas que desejamos a quem amamos, é o mês onde o coração se enche de esperança e bons sentimentos e é em dezembro que almejamos ser pessoas melhores para o próximo ano, prestes a começar. Admito, eu adoro o Natal e o Ano-Novo. Por mais que eu saiba que grande parte das minhas metas não vão ser cumpridas, só o fato de criá-las já me faz perceber que quero ser uma pessoa melhor, não só para os outros mas também para mim mesma. E se pensarmos um pouco melhor, acabamos cumprindo metas que nem estavam no caderninho, para compensar aqueles quilos que prometi perder e não perdi. Fiz o bem a algumas pessoas que nem entraram na lista, fiz o bem a mim mesma com algumas pequenas atitudes, então acho que o saldo desse dezembro é positivo.

Com certeza ainda há muito a melhorar. Quero ainda poder dar muito mais do que eu julgo possível; quero, como grande parte das pessoas nessa época do ano, ser uma pessoa melhor e mais feliz. Quero me sentir completa, amável (sim, sem ser amável não se pode ser amada) e realizada; quero estar satisfeita. O balanço desse ano é positivo, a lista não teve todos os itens realizados como eu sei que nunca acontece mesmo, mas itens muito mais importantes, que eu mesma havia esquecido de anotar, acabaram por cumprir-se. E fazer o bem, ficar feliz, é para mim muito mais importante do que a promessa de manter o quarto limpo ou daquela meia dúzia de quilos, que certamente vão ficar para 2010.

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