terça-feira, 31 de agosto de 2010

As sutilezas de um amor

"Qualquer frase, em se tratando de nós, que absolutize o amor é um erro. Eu arriscaria dizer que absolutizar o amor é um erro. O amor é o mais relativo dos sentimentos, e aí, meu amor, começamos com o primeiro dos meus paradoxos, afinal essa sentença absolutizou no relativo. Mas explico, amor, o amor é relativo porque ele é individualizável, ele é só nosso e de mais ninguém, o ser não compreende o todo para amar, apenas tenta compreender o seu par, o seu lado... Nisso a razão vira fábula, somos sentimentos, sentir, amar... o amor é a própria condição da alteridade quando o outro falar por si sem dizer nada, o amor é uma amizade rasgada, o amor é um par de olhos verdes e um par de olhos castanhos, o amor é um sorvete, o amor é um milkshake, o amor são quatro letras perdidas no mundo que só ganham sentido conosco, mas eu preferiria dizer com-nós... e quando falo em nós, falo em nós mesmos (eu e tu, tu e eu), essa conjunção improvável de belezas dentro de toda a improbabilidade que é amar. O amor é esse desaguar num e no outro, sem sabermos muito bem como é o fenômeno físico de um rio desaguando no outro, mas tendo a certeza absoluta que sabemos muito bem o que essa expressão significa. O amor é com açúcar, com afeto. O amor é grand hotel. O amor é quem te viu¿ quem te vê¿ o amor é tudo que podemos dizer, porém pouco dele conseguimos falar. O amor é a falta de luz e mesmo assim a diversão. O amor é a foto com teu sorriso cristalizado. O amor é aquela foto. O amor é caminhar de mãos dadas. O amor é estar ao teu lado. O amor é a cabeça no meu peito. O amor é um dia rolando na cama. O amor é roubar a internet do hotel só pra ver o que escreveste. O amor é ficar apreensivo à 1 da manhã. É, o amor é injustificável na sua justificativa. Contudo uma coisa preciso dizer: eu te amo! Obrigado por fazer parte da minha vida."

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