sábado, 22 de abril de 2017

que de leve, todo

E eu estava ali, toda mal contida no meu ser,
paralisada por uma até então desconhecida entorpecência.
Eu estava a admirar o meu novo amanhecer
por meio do toque da tua mão na minha existência.
Eras mais do que desejo de arder...
Eras um encaixe, um ruído dilacerante,
Uma dor de prazer de sentir-se envolver em um canto distante,
Eras um chamado para viver de tão leve flutuante.
Não sabia o que fazer com o tamanho desse ser,
Pois com toda sua história, me tomava a memória
fazendo-a insignificante, de passado quase alucinante,
meros caminhos errantes
me levariam até você.
E eu fitei meus erros que se enfileiravam diante de mim,
e perdoei-os, dizendo-lhes adeus de leve, mas com todo o meu querer
Minhas linhas mal traçadas haviam se findado
Pois se encaminhavam, se tramavam e se desenrolavam
No desfecho de te conhecer.

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