sexta-feira, 29 de março de 2013

Relacionamentos são que nem sapato. Conclusão depois de ficar meia hora olhando pra todos os sapatos novos que eu tinha no guarda roupa, praticamente que eu nunca usei com medo de estragar, ou porque não são confortáveis realmente. A verdade é que nenhum sapato no início é confortável. Causa bolha, calos, assaduras, arranhões. A gente demora pra se acostumar a eles. Melhor dizendo, a gente demora pra se adaptar ao novo jeito de andar com eles. Com certeza tropeçamos e queremos logo tirá-los no final do dia, com aquela sensação de alívio do pé descalço. Pois é. Aqueles sapatos que antigamente machucavam nossos pés, depois de um tempo, se tornam um encaixe perfeito.
Enfim, depois de meia hora fitando meus novos pares, fiquei procurando aquele velho, de longa, longa data, pensando que eu infelizmente e provavelmente o teria doado. Foi quando eu vi ele escondido, embaixo de todos os outros, esquecido há um tempo. O preto não brilha tanto, o salto está meio torto, o bico esfolado. Mas ele é familiar. É conhecido. Meus pés cansados se sentem em casa com ele. Muito melhor que começar tudo de novo com um novo par: duro e sem nenhuma história pra contar. Vou aproveitar os meus velhos sapatos... enquanto meus pés ainda não estiverem prontos para um novo relacionamento.

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