quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Ela se sentia forte, então, por que a lástima? Por que a dor? Afinal, a ampuleta já havia sido quebrado. Era suficiente. Ela tinha que continuar lutando. Não havia escolha. O caminho era um só. O árduo caminho de se estar só.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Letter
aconteceu no sonho, não lembro mais dos detalhes, mas lembro de acordar e
te ver dormindo do meu lado.
já havia passado do meio dia e fazia Sol, assim como hoje. Eu te ouvi
respirar, me acalmando. Era como se pudéssemos falar sem palavras. Eu me
pergunto, como e quando nós aprendemos isto. O nosso silêncio. Essa
linguagem secreta. Eu só sei que de alguma forma nos nossos silêncios,
juntos ou separados, eu te ouvi. E agora estou aqui com estas palavras,
estas palavras inúteis, quando tudo que eu queria era estar ao teu lado
de novo.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Invisível Visibilidade
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Mas aí..
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Letras miúdas
Letrinhas miúdas subiam ao som de uma música qualquer
Vi seu primeiro nome por entre os nomes desconhecidos e para mim, era mais como um letreiro
E pensei que um desconhecido em minha vida, um dia tu o serias também
Nossas cenas se repetiam no cinema interrompido do nosso roteiro.
E casualmente, seu nome em letrinhas miúdas, voltaria a ficar.
Para onde estávamos indo? Nos perdemos em alguma encruzilhada do nosso mapa mal traçado.
Não sabíamos a hora da partida e perdemos a largada,
Chegando em lugar nenhum, onde todos os amores mal resolvidos chegam.
Onde?
Não está mais.
domingo, 16 de setembro de 2012
Permanecido
Me falas de saudades
Me falas dos resquícios de mim deixados por todos os lados
Nas gavetas das nossas despedidas.
E eu te falo de sonhos. (Não dos que tenho contigo, meu orgulho me cala).
Te falo de metas a serem saboreadas. Tento mostrar que o caminho é mais que a chegada.
Que os sonhos quando são grandes não demandam de tamanha pressa para serem alcançados.
Eles sobrevivem a longas distâncias, aguardam longas esperas em relógios quebrados.
Esforço-me ao dizer que para andar, não se precisa de calçados.
E que me deixes viva nos batimentos ligeiros e descompassados do teu coração.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Nessa Segunda Azul
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Não Estou de Dieta
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
A Fonte Secou
domingo, 12 de agosto de 2012
Pai
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Retomada
sábado, 9 de junho de 2012
Igual a Qualquer Um
Nem diga nada muito diferente,
Nem faça teorias sobre a gente,
Nem fale dessa angústia que me invade.
Amor, Saudade, Beijo, Despedida.
Um saco de figuras repetidas,
Tão gastas que já não te digam nada.
banal como as canções do rádio,
Replay de algum clichê, lugar-comum
Vai te deixar feliz e comovida
E te fazer igual a qualquer um.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Quanto mais segura me sinto, mais reconheço do que preciso. E confesso precisar de coisas diferentes a cada dia que nasce. Mas a busca é minha, as respostas são minhas também. Ninguém pode me dar o que eu não tenho. Ninguem pode plantar algo que não esteja pronto para ser colhido daqui a um tempo. E eu só enxergo o que reconheço. Minhas vistas muitas vezes limitadas não veêm a forma do que se apresenta diante de mim. Mas não há dor perdida. Não há magoa irrecuperável. A vida sempre escolhe certo de alguma maneira. Essa energia maravilhosa que nos move, nos empurra para frente. Estamos interligados de maneira que nem imaginamos. Nunca estamos sozinhos. E isso me faz sentir algo próximo de certeza. A certeza de que no fim, tudo dá certo.
sábado, 26 de maio de 2012
Continuar
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Único caminho
Venha de mansinho. Chegue, assim, devagarinho. Sem fazer muito barulho que eu não gosto de confusão.
Não me pegue pela mão. Não ande na minha frente. Não finja estar contente.
Não procure gostar do que leio, do que escrevo ou até mesmo do que falo.
Seja crítico, meu amor, seja sincero.
Não fale comigo quando não quiser falar, não me diga que me adora por conveniência.
Não desista de mim, meu bem. Apesar de querer, todos os dias, um pouquinho, desistir.
Não deixe de querer desistir porque é a tua vontade maior que fiques que te faz ficar.
Não deixe de me dizer bom dia e nem agradecer pela minha preocupação.
Não me deixe completamente nua. Eu não sei ser nua, nem quando nasci.
Não me deixe esperando... numa conversa, do outro lado da linha, no meio de uma multidão.
Não se irrite com minha ingenuidade, nem com a minha preguiça demanhã.
Não se queixe da minha mania de viajar por galáxias distantes em busca de mim mesma. Às vezes eu não te levarei comigo.
Não grite comigo, mesmo quando quiser, mesmo quando quiser muito.
Não me trate mal, se não quiser me tratar bem, suma por alguns dias.
Não banque o interessado, não desminta mentiras minhas, finja que acredita nelas. Um dia eu conto a verdade.
Não faça piadas desnecessárias, não ria dos outros na minha frente, não condene minha família desestruturada.
Não mude de humor muito seguido, não durma de mau humor comigo.
Não me deixe maluca, ou deixe, mas só quando for a última opção para me chamar a atenção. Eu sei que posso ser distraída.
Não me exiba para seus amigos, não me esconda deles também.
Não me ofereça um cigarro, jamais.
Me compre bebidas às vezes, whisky, de preferência.
Não me leve para o pagode, para o sertanejo, para o samba reggae rock, "whatever".
Deixe tudo claro, tudo certo, tudo limpo para facilitar as coisas para a minha imaginação e para a minha insegurança.
Não tente me convencer, não tente me persuadir, não tente usar palavras complicadas para me confundir.
Sim, não me confunda. Jamais.
Me faça um café forte de madrugada quando eu estiver escrevendo coisas que nunca lerás.
Me olhe enquanto eu estiver ocupada, sem que eu perceba.
Me surpreenda todos os dias.
Me faça voltar para tua cama por desejar algo a mais. Me faça lutar por algo a mais em nós.
Entre no mar comigo, entre fundo, onde há tubarões. Se arrisque.
Reserve um jantar para nós dois, reserve um olhar especial para mim e um sorriso, "it would be nice too".
Seja intenso e não reclame da pimenta que eu coloco na comida que eu fiz, é claro que eu não gosto de cozinhar e é melhor se acostumar com isso.
Não reclame demais de mim, não me canse. Eu me canso fácil de reprovações. Eu não sei falhar bem.
Não aponte o dedo para mim. Não diga "eu te avisei".
Não reclame do meu salto. Do meu batom. Da minha roupa e do meu cabelo. Ele não é liso, sorry.
Não desconte os problemas em mim, não aja como se não soubesse o que está acontecendo.
Não seja relapso, por favor! Nada pior que alguém que não se importa e finge que é sonso.
Não me mande flores. Não escreva cartões comuns. Não diga que está com saudades sempre.
Não me deixe mal acostumada. Faça-me duvidar da realidade e depois me mostre como estava enganada.
Conte-me uma história antiga, conte-me do seu dia, conte-me algum sonho.
Me inclua no seu futuro. Me escolha para estar nele.
Não me descarte facilmente. Valorize meu jeito diferente.
Não reclame que sou muito calma, que sou muito lenta, que sou devagar. Eu gosto de andar devagar.
Não me dê relógios. Nem perfumes. Nem bolsas.
Não exija demais de mim. Não me iluda. Não me teste.
Não reclame que eu gosto de comer a sobremesa antes ou que eu bebo muito. Eu não vou beber cerveja, também.
Não me chame de louca. Nem quando eu parecer louca.
Não se esconda de mim, não me deixe no escuro. Não pare no meio do caminho.
Tenha coragem para enfrentar nossos problemas. Não deixe que os empecilhos da vida tirem o que temos de melhor.
Não se acostume comigo, mas me conheça melhor que ninguém.
Tente me entender. Tente mesmo. Eu nunca te faria mal.
Eu vou escutar música alto, vou deixar tudo uma bagunça, vou estragar seu adoçante por apertar demais a embalagem.
Vou esquecer de alguma data, vou esquecer de algum prazo, de algum evento. Vou esquecer.
Vou cantar muito, o tempo inteiro. Compre fones.
Vou reparar em coisas esquisitas, e perguntar coisas esquisitas. Vou ter atitudes esquisitas. Não me julgue.
Não esteja comigo querendo estar em outro lugar. Não converse comigo enquanto coma, no telefone.
Não me desaponte freqüentemente. Não me suje de falsas esperanças. Não me diga coisas óbvias.
Não exija minha simpatia com quem não gosto. Não exija que eu fale quando não quero. Não insista. Nunca insista.
Não me encurrale. Não me abandone também.
Eu já pedi para ficares? Pois, fique.
Fique a vontade, fique o tempo que quiser, fique sem razão, ou por umas mil.
Fique não por ser o único caminho. Mas por, na verdade, ser.
sábado, 5 de maio de 2012
Ventos fortes
terça-feira, 17 de abril de 2012
Carta para Gabi
quarta-feira, 11 de abril de 2012
O azul pintado de claro entrava pela janela do meu quarto, me fazendo parar por um segundo e me assustar com a velocidade com que o tempo havia passado por entre meu café gelado, minhas mãos trêmulas e meus olhos cansados. Eu podia sentir meu esforço se esvaindo por debaixo da porta com a fumaça que meu incenso queimava. Meu esforço tão interligado com meu desespero na tentativa de fazer com que ela acreditasse em nós. E como se planta uma ideia na mente de alguém? Como seria possível?
A imagem de um futuro sem a presença dela nos meus dias matava o que havia de mais bonito em mim: esperança. É tão doloroso rasgar os sonhos, romper os elos, esconder o sentimento numa caixa para ser esquecido lá. Como é difícil ir em direção contrária a do coração. Parecia inútil. Já estava desistindo quando talvez o que ela quisesse fosse a demonstração do meu afeto, do quanto eu me importava, do quanto a queria. Foi no momento que disse adeus, então, meu bem que ela mais uma vez se rendeu a mim. Exatamente como da primeira vez em que assustada me olhou, inundada por aquele sentimento de entusiasmo e medo.
Nossas histórias são fragmentadas, nossos dias são cortados em mil pedaços, nossos finais de semana programados. Mas eu queria acreditar. Eu precisava acreditar por mim, por nós dois. Não podia demonstrar cansaço, desânimo e muito menos apatia. Mesmo quando me sentia fraco, era necessário mostrar a ela que era possível. Tinha medo que ao primeiro hesitar ela fugisse de mim mais uma vez. Mas era cansativo ser mais forte do que eu mesmo poderia ser. Era renovador, mas cansativo. Eu me inventava todos os dias para ela. Fazia-me o mais interessante e paciente possível, nada poderia atrapalhar nosso amor. Pudera...
E agora eu estava aqui, de joelhos para ela novamente. Esquecendo tudo que havia feito, para poder fazer mais. Somente para vê-la sorrir, para vê-la caminhar ao meu lado pelo canto dos meus olhos e me sentir bem. Mas me sentir bem mesmo, como se a vulnerabilidade da vida não existisse, como se aquele momento fosse eterno. E para mim, na realidade, era. Eu recomeçaria quantas vezes fosse preciso, eu partiria da onde ela estivesse, eu iria continuar o que havíamos começado infinitamente.