quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Pequeninha

São inesgotáveis as palavras que direi, pois sinto um vazio que jamais sentirei.
Nada me protege dessa dor que é te perder, sinto-a tão profunda, que de tão imunda, me joga pra fora do meu ser.
Seus pequenos olhos a me olhar, sua pele quente a me tocar, tudo se desfaz no tempo do meu sonhar.
Levo-te comigo na minha garganta, onde permaneces um nó que não me desce, insiste em me torturar.  Eu Nunca pedi para assim te amar.
Simplesmente esse sentimento se instaurou e não cansou de brotar.
Como me deixei tão ingenuamente levar?
Amei tão sozinha, me tornei tão pequeninha só para te contemplar.
E hoje quando te vi, Deus sabe o que eu sofri, de não poder mais te amar.
Dizem que o caminho machuca, que o chão tem espinhos, que o sol queima e o frio pode paralizar. Lembro-me dos verões contigo, do nosso abrigo todo no meu cuidar.
Lembro-me das noites que eu não dormia só pra poder te admirar.
E agora que sei que danças em outros abraços, te permites estar em outros laços, e em outras águas mergulhar
 eu que me demorei tempo demais, sinto agora toda a dor desse amor

que não que cessa de durar. 

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