quarta-feira, 14 de junho de 2017

Aurora

Desenho à mão estas palavras que se borram pela sombra da tua luz
Ganham vida
Porque és isto, de uma amizade não vista, de amar sereno
Nos tocamos no olhar de quem não entende a vida
Mas sente-a nas suas dores, na loucura da construção do não sentido ao tentar sentir tudo
Queremos engolir o mundo, mesmo que entale na garganta, mesmo que isso nos mate
Queremos mesmo é morrer de viver!
Temos disso de saber da ingenuidade tardia
Dos sonhos roubados, da inocência perdida
De um otimismo trágico, do bailar nos pedadelos
Do encostar de mãos frias
Na verdade, não entendemos quase de nada, só pairamos embaixo de um céu estrelado e por ora todas as coisas parecem boas e mansas.
E o mundo parece um bom lugar para depositar esperanças e encontrar amores
Ao som da musica que tocavas hoje, teu cabelo escuro reluzia, soavas tão delicadamennte bonita
E única no meio de tantas pessoas.
Meu coração se sentia abençoado por te amar
Em tuas mãos um violão desafinado. Em tua voz um espanhol nativo
Tornavam aquele momento
Eterno em mim
Memória que não venderia, que vale por mil
Era a tua voz que entrava em mim e voltava pra ti vívida
Intensa
Capaz de acordar qualquer um nesta cidade
Capaz de me fazer acreditar no amor de novo
Em uma noite dessas quaisquer de inverno.

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