segunda-feira, 27 de março de 2017

sol da manhã

Manhã. O sol entra lentamente pela janela iluminando o quarto. A casa em completo silêncio. Já consigo te imaginar esperando meu café recém passado, sentado em minha cama com um livro aberto no colo e a mente distante. Chego devagarinho, sento na beira, fico te observando na sua beleza amanhecida. Deslizo minha mão sobre as tuas pernas, por debaixo do lençol, fecho os olhos e sinto meu corpo esquentar. Lembro do café, e te alcanço. Tu me olhas, bebes um ou dois goles, e vens para perto de mim, o lençol que escorrega te deixa nu e eu começo a beijar a tua nuca, o teu ombro colocando minha língua quente na tua pele de inverno. Tu não dizes nada. De olhos fechados, me pergunto como te fazer sentir algo que nunca sentiste, descobrir teus prazeres escondidos, teus desejos ocultos. Pego o café da tua mão e ponho sobre a mesa. Te beijo a boca ainda quente e amarga, sentindo todo meu corpo entrar em sintonia com a tua língua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário