domingo, 27 de dezembro de 2015

Silêncio

Não sei a quem visitas à noite. Nem o que bebes de manhã. Não pude conhecer teus hábitos. É só teu olhar que ficou em mim. E as músicas que ouvimos juntos passam por mim como fantasmas que gritam cada vez mais alto teu nome. Eu sei, vai ficar tudo bem, é o que Alabama Shakes diz.  Um dia vou te encontrar por acaso cruzando os corredores da faculdade ou em uma festa qualquer de tantas que gostamos de ir, ou quem sabe te encontro solitário, em um sábado de tarde, em um inverno frio, lendo algum livro que provavelmente está na minha estante. Porque somos feitos de coincidências, eu e tu, porque somos feitos de algo que chamo de identidade. Não entendo do nosso encontro, foi mais como um teste para mim. Acho que repito de ano e não aprendo a lição... Sei que não me esperas. Sei que não pensas em mim. Sei que em outros braços estás. Fico feliz. Mesmo. E fico pensando no quão feliz eu teria te feito também, naquele doce mês de agosto.

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