sexta-feira, 10 de julho de 2015

O quão difícil é fechar a porta pra uma paixão? Mesmo que ela nos mate, que ela sugue nossa energia de um jeito que nem achávamos que era possível? O quão difícil é deixar as coisas para trás?
Para mim, muito. É como se eu tivesse Phd em resgatar as coisas. Para quê deixá-las quietas, sem vida, enquanto podemos fazer uma bagunça naquilo que chamamos  de amor? Pois bem, eu chamo.
E essa fase da minha vida, permeada por alívios e dores, quase que ao mesmo tempo, tem me deixado confusa. Por um lado sigo com a pequena esperança, mas nem por isso menos forte, de que as coisas vão mudar, meu príncipe vai me reconquistar em seu lindo cavalo branco, seremos felizes como sempre imaginei que seríamos, porque eu mereço. Ou... eu me afasto desse sonho que provavelmente nunca se tornará realidade, vivo a minha vida em paz, procurou outros sonhos. Simples, não? Pois então, não. É como se o diabo viesse te tentar toda vez que tu vai fechar os olhos. Como se tu estivesse em abstinência de uma droga. Como se de repente, não houvera mais ar suficiente para respirar direito. Tu pensas em mil loucuras que se misturam e se embaralham na sua cabeça antes que tu consigas ao menos entender porquê está sendo tão difícil fechar essa porta. Qual o problema, sabe? O que te prende no passado? Eu não sei. Para mim, só sei que não tem sido fácil. É como se cada vez que falássemos, uma faísca de alegria surgisse que pudesse fazer com que a gente pulasse vários capítulos tristes e fosse direto pro final feliz dessa história. Eaí, às vezes, caio na real sem nem tentar. Penso que escrevi a maior parte da história sozinha e muitas vezes na solidão do meu quarto escuro e frio. E também penso que o tempo não vai mudar a maneira que ele se sente comigo, e a maneira que ele age comigo. Falar que ama é muito fácil. Mas eu nunca enxerguei realmente amor nas coisas que ele fazia. E no final das contas, sempre isso que pesou mais eu acho. Então, por que tão difícil me manter longe? Eu não sei. É como se houvesse um laço, um pacto absurdo que nos unisse em algo maluco. Não me resta nada além de deixar que o tempo me mostre meus erros e acertos, e que algum dia, eu entenda que isso não era nem perto de amor.

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