domingo, 2 de outubro de 2011

Pro Inferno

Passei dias tentando engolir a minha grosseria e procurando encontrar uma maneira mais sutil e elegante de dizer que desejo, do fundo do meu coração, que você vá pro inferno (porém, infelizmente, não consegui). Sejamos francos: desejo que você vá pro raio que o parta e tenho certeza absoluta que o sentimento é recíproco, simples assim. Sem hipocrisia, sem sorrisinhos, sem aquela baboseira de você me perdoou (até porque eu não lembro de ter lhe pedido perdão por porra nenhuma). Para eu chegar ao ponto de usar o você, pra dizer que você vá aonde quiser, desde que me erre, é porque quero deixar cada vez mais claro que não há nenhuma ligação que você pensa que há - ou que algum dia houve. Não há ressentimentos, não há mágoas e, believe me, isso não é papo de recalcada pós-pé-na-bunda. Francamente, não gosto e não vou desperdiçar o meu latim tentando deixar ainda mais claro o que já tentei explicar com o meu silêncio e a minha indiferença. Você não faz diferença. Nenhuma, sério. Não há nada que nos ligue e não há nada porque nunca houve nada nem quando deveria ter existido.
Desejo, de verdade, que você vá aonde quiser.
Não vou mentir dizendo que quero que você seja feliz porque quero mais que você se exploda, que suma, que evapore do mundo sem deixar rastros e sem atravessar o meu caminho nem por engano. Se uma bomba cair na sua cabeça, pode ter certeza que não fui eu que mandei jogar, mas que ficarei feliz em receber a notícia. Não sou, nunca fui e não é do meu tipo ser rancorosa, nem raivosa, nem ignorante. Mas você merece. E eu desejo de verdade que você se f***.
Com todas as letras, em tudo, com todos.
Se com silêncio você não entende, deixo claro através de palavras:

Queridinho,
vá pro inferno.
Com alegria,
Gabrielle


Agora me sinto cem quilos mais leve.

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