sábado, 11 de julho de 2009

Sobre a paixão e afins


O que será que faz nos apaixonarmos por uma pessoa? O que faz despertar em nós aquele sorriso bobo, as asas nos pés e as borboletas no estômago? Cientistas dizem que é o cheiro, uma explosão hormonal. Muitos filósofos e religiosos acreditam que é o encontro de duas almas gêmeas, predestinadas. Eu acredito que não haja explicação. Teorias à parte, é engraçado tentar imaginar porque é justo por aquela pessoa que não gosta de nada que você gosta, que seu coração bate mais forte. É por ela que as mãos ficam suadas, que o sorriso fica fácil e os olhos brilhantes. Seus gostos, opiniões, são completamente diferentes. Suas preferências não batem. Escolher um filme, um sabor de pizza e uma trilha sonora que agrade aos dois é missão complicada, digamos que muitas vezes impossível. Mas o prazer de ter aquele alguém ao seu lado é superior do que a sua aversão aos filmes de guerra que ele tanto adora.

Paixão é uma coisa esquisita, ou pelo menos eu acho. De um dia pra outro, aquela pessoa que era só mais uma na multidão, passa a ser a sua fonte de inspiração para cartas intermináveis, a razão de todos os sonhos do coração e o pensamento incessante naquele alguém. E também, de uma hora pra outra, acaba. Aquela magia, o encantamento, desaparecem. Se a paixão não encontra forças suficientes para se transformar em amor, o sentimento morre e aí ninguém sabe o que fará o coração disparar de novo, nem quanto tempo isso vai levar.

Muitas vezes me pego pensando que seria bom se dentro dos nossos corações houvesse dois botões, algo como liga e desliga. Teríamos controle dos nossos sentimentos, nos apaixonaríamos pelas pessoas 'certas' e não sofreríamos tanto. Mas aí penso um pouco melhor, e a mágica de se apaixonar pelo novo, pelo desconhecido, vale o risco. Vale uma dorzinha depois, um pouco de choro e alguns dias com aquela sensação de que o mundo pode acabar e eu quero morrer. Porque se tudo fosse conhecido, não teria a menor graça. É boa essa coisa que nosso coração tem de nos pregar algumas peças, é bom sabermos que tem coisas que simplesmente não podemos controlar. É ainda melhor quando esse sentimento vem, nos arrebata e percebemos que é recíproco. A natureza sabe o que faz, e que me perdoem os cientistas e filósofos e religiosos, mas amor é pra sentir e não pra entender.

2 comentários:

  1. o meu vcs fizeram algum curso de filosofia???
    e eh realmente melhor quando eh reciproco.. que se foda o medo, a cartilha de bons modos, coisa boa eh se apaixona! e a parte ruim é boa tambem, pq se nao foce ela a gnt nao ia dah valor a parte boa que vem depois! eh o clico vicioso mais gracioso da natureza!
    E VIVA A PAIXAO E O SEXO OPOSTO! HAHA (ou nao.. ahuiehuia)

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  2. Gabi . . . show!!
    Amor, é . . . imensurável, incompreendido, nao ve sexo, nao ve cor nao ve religiao, o amor é cego, apenas chega e fica . . .
    Acredito que o amor é "indefinível". A tentativa de definir o amor é o mesmo eu querer colocar o ocenao em um frágil copo d´agua!! Mas talvez isso te alegre: Apesar de ser grandioso, pode ser sentido por qualquer coração que esteja disposto a isto. Ja dizia um tal filósofo que "quando tentarmos entender o amor . . . explica-lo, qualifica-lo e quantifica-lo é porque já nao está se amando." Amor

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