quarta-feira, 22 de julho de 2009

Medo



O medo controla você ou é você que o controla?
O medo é instinto. Ele provoca em nós um estado de alerta com direito à liberação de hormônios, como a adrenalina, acelaração de batimentos cardíacos e tremores. Aparece quando nossa mente reconhece algum perigo, provavelmente já presenciado para que nosso cérebro relacione os fatos e sinta a ameaça.
Se vivessemos ainda na selva, deveríamos estar atentos em tempo integral com medo dos predadores escondidos entre o verde que nos cercaria. Seria normal, racional e muito inteligente de nossa parte. Puro instinto, na verdade, para sobrevivência. Mas e quando se trata de amor? À quê estamos tentando sobreviver? Seríamos presas fáceis?
O medo é o nosso maior perigo. É contra ele que devemos lutar. Não deixe que ele forme um exército de proteção para combater as pessoas, as oportunidades, o coração. Ninguém está insinuando que você não tenha sofrido e que o medo seria uma precaução natural, mas lembre-se: cada livro tem uma história. Mesmo o personagem principal não é exatamente igual como era na edição passada. Aprenda com seus erros. Mas abandone as mágoas causadas por eles, porque se não fossem os erros, não teríamos condições de crescimento espiritual. Perdoe. Somos todos humanos. Cure suas feridas. Não deixe que elas interfiram na sua vida, nem que o façam temer outros arranhões. Arrisque-se. Não deixe que o medo tire sua coragem de recomeçar. Acredite em si mesmo, mesmo a vida tendo pregado boas peças em você. Sempre é tempo para acreditar. Medo é para os fracos. Para aqueles que querem pouco. Que desistem antes mesmo da batalha começar. O medo é mesquinho, é egoísta, só pensa em si mesmo e no seu bem estar. Estamos longe do instinto para sobrevivência. Já estamos bem evoluídos para recorrermos ao medo nas relaçoes que deveríamos entrar de cabeça e nas chances que a vida nos oferece para sermos felizes. Não deixe as oportunidades passarem por você sem serem notadas ou desperdiçadas. Tente. Simplesmente tente. Nunca se sabe quem colocará o anel de noivado no seu dedo. Poderia ser aquele que você achava muito complicado, que o causava ansiedade horas antes de encontrá-lo. Ansiedade é a sutileza do medo. Não deixe que seu coração fique acelerado pelo medo e sim por outro tipo de sensação muito mais prazerosa. Tenha mais confiança em si mesmo. Acredite que nada acontece por acaso, que nossos caminhos são muito bem traçados e seríamos tolos demais se observássemos nossas vidas do outro lado da janela.
Não use mais o medo como desculpa para desistir, para não tentar, para fugir. Isso seria uma mentira, aquela que você conta para si mesmo e que não tem conserto. Pois o principal prejudicado, seria você mesmo. Banido de viver a própria vida por si mesmo. Você não acha que a vida é muito curta para desperdiçarmos momentos, pessoas, encantos? Em troca? Um peito apertado, vazio, cheio de remorsos e rancores.

Engula o medo, antes que ele o devore.

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