Ela precisaria enfrentar um grande caminho para encontrar aquele que eu nem sei que é; precisaria inventar desculpas e passar um dia inteiro fora. Todas as suas amigas não puderam ir, e vendo a tristeza que ela ficava, resolvi que a acompanharia na 'aventura'. Planejamos tudo, ia ser perfeito. Só que não contamos com o fator clima, e hoje amanheceu um dia arquitetado por São Pedro para que a pobrezinha não fosse. Mesmo assim, ela quis ir. Aí eu tive que intervir.
Liguei para ela, minha casa com água até a calçada e eu sem guarda-chuva nem botas nem jaqueta, e disse que não poderia mais ir. Que não contava com o tempo desse jeito. O telefone ficou mudo do outro lado, eu sabia que tinha partido o coração dela, que ainda guardava uma última esperança de ir ver quem ela tanto desejara. Pensando, vi que aquilo não era pra ser. Mas também não era para eu ter colocado na conta um coração partido.
Primeiro, as amigas não puderam ir. Depois, eu não tinha meio de ir. Depois, a chuva. Se eu disser isso pra ela, é capaz que ela me dê um soco, mas eu acredito seriamente que isso não era pra acontecer. Não me pergunta o porquê. Não me pergunta nada. Só sei que foi uma soma muito grande de 'acasos' para que ela não fosse. Vai ver algo melhor a espere à frente, e por isso não possa acontecer tudo aquilo que ela sonhou, planejou, calculou. Eu continuo acreditando em destino, e que quando as coisas realmente tem que acontecer, elas acontecem. Se não foi dessa vez, definitivamente, não era pra ser.
Vou voltar pra cama, com um enorme sentimento de culpa, mas tentando me convencer que nada é por acaso. Algum dia vou ter a certeza disso, eu espero.
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