É qualquer coisa, mas não é saudade. Reviro dentro de mim os álbuns cheios de recordações, com pessoas que já foram tão importantes e que hoje não significam mais nada, ou mesmo com aquelas que ainda significam mas que finjo que não possuem alguma importância.
Talvez seja a vontade que me ocorreu, hoje, de reviver os momentos que guardo nas minhas fotos mentais... Uma noite de lua cheia na beira da praia, um luau e um colo. Quis voltar àquela noite da gelatina de uva, reviver aquele primeiro beijo, te abraçar de novo, quis pés na areia e meu cachorro no colo, quis aquela música tocando baixinho, a garrafa de vinho. Ver de novo a cor dos teus olhos, o jeito que tua mão encontrava a minha, te reencontrar morrendo de saudades e passar a noite olhando as estrelas do céu do teu quarto. Quis sentir de novo o meu coração parar, de tanto bater.
Hoje tudo traz as memórias, o passado, aqueles que já não tem mais nada com a minha vida. As lembranças sufocam, e logo agora eu não sei mais nada de ti. Me obriguei a esquecer teu telefone, mas o teu cheiro reapareceu. Na minha blusa branca, no meu caderno, em mim. Inexistente no meu presente, mas sempre vivo no meu passado. E, de novo, vai passar.
Perfeita descrição de como me vejo às vezes sentada no ônibus, indo pro trabalho, quando fecho os olhos e começo a lembrar dos encontros e desencontros da vida, da vontade que dá de voltar naquele instante que parecia ser pra sempre.. adorei!
ResponderExcluir