Quantas vezes já pensamos que algo nunca iria ter fim? Quantas vezes choramos por um coração partido, por acreditarmos que ele nunca mais conseguiria se recompor, não sabemos. Não teríamos dedos para contabilizar as inúmeras ou, ao menos, diversas vezes em que juramos que aquilo seria eterno. Sejam amores, amigos, dores, alegrias, certamente todos já pensamos que algo duraria infinitamente. Fosse aquela dor que arrebatava e partia, desmanchando o peito em centenas de cacos e que, com o tempo, acabamos por colocar de volta no devido lugar ou fosse por aquela felicidade de enxergar dias azuis sem fim.
Quantas vezes pensamos que não poderíamos suportar? Que o fardo era pesado demais, que a força não seria suficiente e que o corpo a qualquer momento poderia desmoronar de tamanha exaustão... E aqui estamos, depois de tantas provas e certos de que muitas mais estão por vir e que, muito provavelmente, nos tratão muitas mais dificuldades e lições do que jamais poderíamos imaginar. Aqui estamos, mais fortes do que viemos e mais fracos do que estaremos amanhã; muitas vezes convictos de que o que possuímos hoje é eterno, até que o vento mude, a maré suba e tudo nos seja arrancado novamente.
Cada vez mais me convenço de que talvez o caminho seja buscar a felicidade, a satisfação imadiata e não crer que tudo que nos é dado nunca será tirado. Por mais que lutemos por nossos sonhos, não estamos livres deles serem arrastados por uma das muitas tempestades que assolam nossas vidas de tempos em tempos. Cada vez mais resisto ao sempre e ao nunca, ainda mais quando ouço Cássia Eller me ensinando lentamente na sua canção que, não adianta... O pra sempre, sempre acaba.
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