Estava assistindo a este filme hoje, "Banquete de Amor" e me deparei com um momento em especial. De todos os belos momentos que o filme apresenta, especialmente um me instigou mais. Me fez refletir. Enquanto meu amigo achava tudo aquilo muito simples, eu mergulhei naquela situação, me pondo no lugar da personagem. O fato é que ela se casava com um homem que não tinha certeza se amava. No fundo ela sabia a resposta sincera, mas não é tão simples sermos francos conosco. Talvez seja a parte mais difícil nos relacionamentos e o maior prejudicado somos nós mesmos. Eu falei "deve ser horrível casar com alguém que tu nao tenha certeza amar." Meu amigo, espantado, falou alto "Não sei prá quê casar então!!!!" Por conseguinte fiquei refletindo: ele não sabe o quanto as pessoas podem ser complicadas, o quanto elas podem se enganar, mesmo que insconscientemente, e o quanto elas são fracas e inseguras. Afinal de contas, ela estava casando, segundo ela mesma, com um cara que não era feio, não era arrogante, não era ciumento, não era rude, não era mal educado, não era casado, não era nada mal. Faltou ela dizer o mais cabível negativo que ela não disse. O "não o amo". Complicado admitir o que não é o ideal. No fundo ela queria amá-lo. No seu íntimo ela sabia que esse coletivo de adjetivos que o caracterizavam como uma pessoa não isso ou aquilo, o tornava verdadeiramente amável, porém não por ela.
Eu fiquei imaginando, na hora do sim, o desespero interno. Várias vozes gritando ''não faça isso com sua vida!'" "Fuja!" "Saia correndo, agora!". Apesar de tudo isso, a gente diz sim. Sim à rotina confortável, ao embaraço de laços tão indestrutíveis quanto pó e tão confusos como a neblina. Por que aceitamos o amor acomodado ao invés da paixão devastadora? Por que e para quê a pressa? Será medo de nos encontrarmos sós? Mas de que valem relações construídas e baseadas em falsos sentimentos? Ou até mesmo não falsos, mas "não amor"? Será mesmo preferível ter uma companhia agradável do que continuar na luta pelo grande amor?
Eu duvido muito. De todas as personagens do filme, era no lugar dela que eu menos gostaria de estar. Até mesmo a mocinha que casa e seu jovem esposo morre, ela esperando um bebê dele. Que triste, mas tudo menos a mulher desiludida por não amar seu companheiro. Eu gostaria de sentir o que aquela outra, sim, sentia. Era amor. E tantos outros que sofrem, mas o sentem nas veias de seus corações junto de todas as sensações causadas por todos os hormônios liberados pelo sentimento chamado de amor. Não quero passar por tal sensação de estar jogando minha alegria fora, minha vivacidade, minha liberade, minha esperança. Quero estar nas nuvens no dia de meu casamento e com toda a certeza dizer sim. Sim para a vida, sim para o amor.
A vida também me ensinou uma lição hoje. Aquela que a moça do filme não aprendera antes de dizer o sim. Uma atitude complicada, mas uma vez decidida, imbatível. Ela é perfeita por obter equilíbrio, por conseguir a verdade e seguir o caminho do coração. O segredo está em sermos sinceros. Em não nos iludirmos, tentando sentir algo que não sentimos. Afinal, não podemos culpar ninguém por amar outra pessoa. O amor não se escolhe, é a mais pura e bela obra divina. Quem somos nós, quem sou eu para julgar o que é melhor? Nossas vidas está em Suas mãos. Nosso único dever é saber ouvir, sentir, enxergar o que o nosso coração tem a nos mostrar. Nada é por acaso, tudo tem uma razão, mesmo pequena de ser, o que acarretará consequências nas nossas vidas. Acredito que quando fazemos o bem, ele retorna. Então se hoje recebi um não, amanhã muito bem posso ver tal momento como um aprendizado, como algo que tenha me tornado mais forte, mais integra, mais equilibrada. Estou sendo paciente e tolerante, acreditando que tudo isso não é e nem será em vão. Nada é. Um dia ainda vou agradecer pelo dia de hoje. Tenho certeza. Mesmo no presente, já vejo que as coisas darão certo, porque todos os envolvidos estão agindo de boa fé, sendo maduros e sinceros.
Portanto, que os mistérios e as incertezas de hoje se clareiem com o passar do tempo, o encarregado de nos mostrar o que o futuro nos reserva.
Adoreii ler sobre o filme, me deu mais vontade
ResponderExcluirde ve-lo!! o// ai, tenho certeza que vou chorar
ehheheh!! Sentimental pouco ehhehe =))