Começar a contar anos em décadas.
Amores em décadas.
Primeiras vezes em décadas.
Não há mais nada de novo. Sem tédio, mas também sem novidade.
Meu corpo disponível a nutrir, criar, embalar e desenvolver outros seres.
Ser mãe é perecer no paraíso.
"Nunca mais outros corpos", ela dizia no poema. Naquele poema onde enterrei a última primeira vez aos pés de um manjericão em flor. Ele mata o manjericão, mata o poema, retorce suas raízes, cavouca as entranhas da terra. A terra que por último saiu de mim.
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