Viraste minha inspiração. Poesia
advinda da dor.
Todo mundo precisa de uma
fonte. Uns bebem água, eu bebo amor.
Na nossa correnteza de
palavras, quase promessas, era razão para o nosso viver.
De que vale tanta certeza se o que nos faz seguir em frente é o não saber?
Me falas de saudades, me
contas do teu dia-a-dia e reclamas da minha ausência, na mais pura ironia.
Me falas de saudades, do
vazio na tua cama, no banco da moto, na tua nuca sem a minha boca.
Me falas dos resquícios de mim deixados por todos os lados
Nas gavetas das nossas despedidas.
Me falas dos resquícios de mim deixados por todos os lados
Nas gavetas das nossas despedidas.
E eu te falo de sonhos. (Não dos que tenho contigo, meu orgulho me cala).
Te falo de metas a serem saboreadas. Tento mostrar que o caminho é mais que a chegada.
Que os sonhos quando são grandes não demandam de tamanha pressa para serem alcançados.
Eles sobrevivem a longas distâncias, aguardam longas esperas em relógios quebrados.
Esforço-me ao dizer que para andar, não se precisa de calçados.
Te digo que podemos ser donos do nosso tempo, apesar
de sabermos que o tempo não pára.
Te peço em silêncio que me deixes por perto, que eu seja qualquer sorriso escondido na tua feição.
E que me deixes viva nos batimentos ligeiros e descompassados do teu coração.
E que me deixes viva nos batimentos ligeiros e descompassados do teu coração.
Te pergunto calada, o que sobraria se a saudade
fosse sufocada?
Se minha foto ficasse amarelada no fundo da tua confusão?
Me falas de família, de trabalho, de bares.
Eu te pergunto por que tamanha solidão?
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